Hera recebe sua filha com um belo abraço e convida-a para entrar em casa.
— Ah minha filha! Que saudades! Porque demoraste tanto, minha flor? - perguntou Hera com um tom de voz emocionante e com um brilho intenso em seus olhos.
— Minha querida mãe! A senhora não mudou nada mesmo! - diz sorrindo Zuleika.
— Hoje tinha bastante trânsito, por isso demorei. Já agora... estou faminta mãe!— Ora, entra filha, temos visita cá em casa.
Zuleika então dirige-se para a sala com a sua mãe, onde encontra os seus irmãos a conversar sobre os seus relacionamentos com Peter.
— Boa tarde a todos... - saudou Zuleika com um sorriso no rosto.
— Boa tarde Zuleika! - responderam todos, excepto Peter.
— Porque demoraste tanto filha? Já estávamos preocupados! - pergunta Richard.
— Ora pai, tinha muito trânsito hoje!
Enquanto isso, Peter não parava de olhar para os olhos de Zuleika. Parecia que ele havia encontrado um diamante muito raro e brilhante, visto que ficou sem piscar os olhos durante quase 2 minutos.
— Ah senhor Peter, desculpe-me! Esqueci-me de revelar um lindo detalhe. Eis ele! - disse Richard alegre.
— Esta aqui é a filha que a vida me deu! Apresento-te a minha filha Zuleika.Peter ficou sem palavras por alguns segundos... sentia um calor que nunca havia sentido, nem no pior Verão de Manchester. Mas afinal o que era aquilo? Será que estava doente? Será que o clima não estava favorável para si?
— Então Peter, não me vais cumprimentar como um homem? - pergunta Zuleika com um sorriso no rosto.
— Ah... desculpa-me. Sou Peter Willard. Prazer em conhecê-la menina Zukeila!
— Zuleika! Este é o meu nome! - diz Zuleika arrogantemente.
— Desculpe... - respondeu Peter.
— Nunca ouvi um nome idêntico em toda a minha vida.— Entendo. Bem, agora irei comer alguma coisa. Boa continuação senhor Peter.
— Chame-me de Peter, por favor. Sou um jovem tal como tu.
Então, Zuleika retira-se da sala e vai para a cozinha preparar algo para comer. Mas Peter? Ah Peter não conseguia mais ficar atento em qualquer conversa que tentasse ter com os outros filhos de Richard. E rapidamente pede ao motorista que o levasse para casa pois não se sentia nada bem.
— Acho que chegou a altura de retirar-me. Foi um prazer conhecer todos vocês.
— Aguardamos pela tua visita mais vezes Peter! - responde Hera.
Então, Peter vai-se embora sem sequer despedir-se de Zuleika, sentindo um enorme peso na consciência.
A caminho de casa, Peter estava muito pensativo. Ele não sentia mais frio... muito pelo contrário. Estava ardente. E era como se o calor tivesse invadido todo o seu corpo. Seria este o início de uma doença grave?
Chegando a casa, o clima estava estranho. Não parecia que era o inverno mais frio de Manchester. Notando isto, preocupado com Peter, Richard pergunta:
— Senhor, passa-se alguma coisa consigo?
— Sinto-me muito quente Richard! Acho que preciso de um banho e um descanso profundo...
— Entendo senhor... - respondeu Richard - mas o senhor não precisa de mais nada?
— Caso eu precise, chama-lo-ei! Obrigado pela preocupação Richard. Mas agora preciso de ficar sozinho.
Então, Richard retira-se da casa da família Willard e retorna para a sua humilde casa, deixando então Peter ter o descanso que precisava. Enquanto isso, Peter vai reflectindo intensamente sobre o seu dia. Ele não parava de pensar naqueles olhos cor de mel, aquele tom de pele achocolatado, nos cabelos grisalhos e sedosos, naquele cheiro intenso e provocante de Zuleika.
— Mas o quê que eu tenho meu Deus?! - pergunta Peter a si mesmo.
Repentinamente, Peter recebe uma mensagem no W******p de seu pai:
"Querido, espero que esteja tudo bem. Queria avisar-te que estarei ausente por mais alguns dias, juntamente com a tua mãe. O Richard amanhã irá entregar-te um valor em libras para fazeres o bolso. Abraço e cuida-te".
Peter, triste com a ausência de seus pais, decide descansar um pouco... até que o seu telefone recebe mais uma mensagem. Desta vez, de um número desconhecido:
— Encontra-me no parque hoje às 9:30. Por favor não demores.
- Quem és tu? - pergunta Peter curioso e surpreso.
— Acho que tu sabes quem eu sou. Não demores por favor.
— Não irei aparecer caso não digas quem tu és! És tu Chloé?! - perguntou o rapaz já com algum fervor.
— Tu é que irás perder então...
Peter, sem dar muita importância de início a esta conversa, atira o seu telemóvel para o outro lado da cama e delicia-se com a quentura de seus lençóis e conforto da sua cama.
Enquanto isso, Richard chega a casa e encontra Zuleika a ver as fotos de seu álbum. Era o álbum que ele tinha as suas melhores recordações durante a sua vida laboral. Surpreso com isso, pergunta a sua filha:
— Menina, porquê que estás a mexer nisso?
— Ah pai... que susto! É que eu queria saber mais sobre o seu emprego, como o pai fez para nos sustentar durante estes anos todos.
— Ora filha! - responde Richard alegre - Eu gosto do que faço e sinto muito orgulho nisso. Vês esta foto aqui? Eu comecei a trabalhar com apenas 17 anos, quando a tua mãe ficou grávida do teu irmão. Na altura eu ainda tinha o teu avô em vida e eu trabalhava com ele no restaurante dele. Vês esta segunda foto? Aqui eu já tinha quase 30 anos, não me lembro mais em que ano foi... - esboça um sorriso maroto.
— E o quê que o pai fazia na época que tirou esta foto? Também não se recorda? - pergunta Zuleika curiosa.
— Minha filha, se bem me lembro, foi nesta época que comecei a trabalhar como motorista. Na altura, trabalhei para o avô do Peter.
— Oh pai... interessante. E como está aquele rapaz? Ele não me parecia bem quando foi para casa... - diz Zuleika preocupada.
— Deixei-o a descansar, realmente ele não se sentia nada bem minha filha. Mas logo ligo para ele e digo-te alguma coisa. Agora, deixa-me guardar este álbum pois tem alguns segredos aqui.
Zuleika entrega o álbum a seu pai, sem terminar de ver as fotos. No entanto, batia uma preocupação enorme no seu coração. Não era pelas fotos mas pela situação de Peter. Seus pensamentos eram invadidos por aqueles olhos brilhantes que hipnotizavam-na intensamente. No entanto, Zuleika acabava de sair de um relacionamento de 2 anos e ainda esfriava, de certa forma, os seus sentimentos.
Peter adormeceu num sono profundo e parecia que não iria acordar mais. Mas, no entanto, algo em seu corpo o fez acordar a transpirar muito. Levantando-se, pega no seu telefone e nota que são cinco e meia da tarde. Lembrou-se então que recebera uma mensagem anónima pouco antes de adormecer.- Acho que devia ir para o parque... - diz para si mesmo - talvez seja alguém que eu conheça e esteja a querer brincar comigo!Então, Peter toma um banho relaxante e prepara-se, agasalhado e cheiroso, para encontrar-se com a tal pessoa. E de repente, o seu telemóvel toca por volta das 9 menos um quarto.- Boa noite... Então vens? - pergunta uma voz doce e angelical.- Tu tens uma voz linda mas ainda assim quero saber quem és! - exclamou Peter com um tom de voz curioso.- Estarei à tua espera, menino Willard!A jovem, ainda desconhecida para Peter, desliga o telemóvel. Então, Peter que estava a tomar o seu chocolate quente, sai apres
Enquanto isso, Zuleika estava em sua casa extremamente pensativa. Ela era a filha adoptiva de Richard e Hera mas queria saber de onde veio certamente, pois possuía nacionalidade angolana, descendência árabe e pais ingleses. Muitas culturas diferentes numa só pessoa.Quando criança, possuía um tom de pele mais escuro. No entanto, por conta do inverno europeu, o seu tom de pele ficou ligeiramente mais claro. Isso dava a entender que ela era filha bastarda de Richard com uma mulher africana ou de Hera com um outro homem das mesmas origens."Zu", como era chamada carinhosamente pelos seus pais, irmãos e amigos tinha olhos castanhos claros e ao sol ficavam esverdeados. Seu cabelo era natural e crespo, típico de uma mulher africana. Seu corpo era esbelto, digno do esplendor de uma mulher preta! Seios na medida, cintura fina e pernas grossas. Além de ser atraente e irresistível para os europeus, Zuleika era também dotada de uma inteligência exemplar. Apesar da d
Perante aquela situação, Peter e Zuleika não sabiam o que responder ao motorista. Claramente enraivecido, Richard pergunta outra vez:— Que merda é esta?! Irão responder ou ficarão caladinhos, seus malandros?— Pai acalme-se! Eu posso explicar... – diz a jovem tentando evitar problemas.— Calma? Vocês vêm para o meu quarto, deitam na minha cama, mexem nas minhas coisas e querem que fique com calma?— Richard, não é o que está a pensar! Eu e a sua filha estávamos apenas a conversar e...— E o quê? – pergunta mais uma vez Richard.O motorista levanta a sua mão para dar uma galheta a Peter. Só que ao tentar fazê-lo, Zuleika põe-se em frente do jovem e cria um tumulto no quarto. Perante a situação, o senhor sente uma dor inexplicável no seu coração e cai de joelhos. Os jovens preocupadíssimos com o estado dele, ligam rapidamente para os serviços de emergência.— Venham rápido! O meu pai está no chão e não está a respirar! – diz
A família tentava manter conversas que distraíssem e fizessem esquecer aquela situação de aflição. Os irmãos ainda na ressaca da festa, tentavam contar piadas uns aos outros para ver se conseguiam rir um pouco. Enquanto isso, Hera vai orando bastante sem cessar. Aquilo parecia ser um teste para a fé de todos. Já Peter e Zuleika, apenas ficaram abraçados e sentados, à espera de alguma notícia do doutor. Eram já oito e um quarto e então este último sai da UTI, para dar notícias aos familiares:- Família de Richard, aproxime-se! - chama o homem visivelmente cansado.- Tenho uma boa notícia a dar para vocês!Todos levantam-se apressadamente e com muita felicidade para ouvir as boas novas. No entanto, pairava um sentimento de desconfiança por parte de Zuleika.- O Richard a princípio não terá sequelas da paragem cardiorrespiratória que sofreu! Então, ele poderá seguir uma vida normal, com algumas restrições. No entanto, terá de ficar cá no hospital em obs
Ao atender o telemóvel, Zuleika já tinha um mau pressentimento. Afinal, se o hospital disse que o seu pai precisava de cinco dias de recuperação, por que raios estariam a ligar para ela?— Boa tarde sra. Zuleika. Daqui lhe fala Karen, funcionária do hospital público de Manchester. Deixou o seu número cá, é filha do paciente Richard. O doutor precisa de falar com um membro da família urgentemente.— Urgentemente? O que se passa? – pergunta a jovem aflita.— Não sei minha senhora. Precisa de vir pra cá e se puder, acompanhada.Desligando a chamada, a jovem não conseguia pensar noutra companhia senão Peter. Mas já se sabe que o jovem estava ocupado com outras coisas. Não querendo preocupar a sua mãe e irmãos, Zuleika decide ir sozinha para o hospital. Posto lá, dá de caras com o doutor que estava a cuidar do seu pai. O mesmo estava visivelmente com cara de frustrado e confuso.— Boa tarde doutor! Ligaram-me e disseram-me que o senhor queria fal
Depois de algumas horas ausente, Zuleika finalmente dá sinais de vida e liga para a sua mãe. Afinal, não tinha acontecido nada mas a jovem estava simplesmente na biblioteca a estudar para um exame.- Alô mãe!- Oh minha, deixaste-me muito preocupada! Por onde andaste?!- Esqueceste que tenho exames próxima semana mãe? Estava a estudar e não queria incómodo... Estou a ir pra casa agora! - diz a jovem quase desligando a chamada.- Está bem! Filha, o Peter esteve cá em casa à tua procura. Ele estava com olho roxo e...- Ah não me fale dele... Até já mãe! - diz a jovem chateada, encerrando a chamada logo em seguida.Então, Zuleika vai pra casa de autocarro. Ao descer, encontra a mãe do falecido pai a observar o céu. A sua rotina habitual e silenciosa.- Mas o quê que ela olha tanto? - perguntou pra ela mesmo.Abanando a cabeça e ignorando aquilo, a jovem vai pra casa. Posto lá, encontra quem menos esperava. Peter ficou aq
Olhando para aquela situação excitante, o jovem decide tirar a sua toalha e juntar-se àquele clima. Zu estava de olhos fechados, sem perceber sequer a presença de Peter. Já ele, acariciava o seu pénis e ficava cada vez mais excitado ao ver o prazer a cada toque da jovem. Não hesitando mais, Peter simplesmente deita repentinamente por cima da jovem que tem um tremendo susto:— Peter?! O que estás a fazer? Eu... – espanta a jovem subitamente interrompida.O rapaz cala a boca da jovem com um beijo bem quente. Os lábios dançavam uns com os outros e os corpos entravam em ebulição. Peter agarra nas mãos da jovem e prende-as às suas na cama, saboreando cada vez mais aqueles lábios carnudos. Zu vai arranhando as costas do jovem, implorando que continuasse. As mãos lentamente vão descendo pelo corpo dela, que vai se arrepiando a cada toque, a cada batida da música. Peter saboreia os mamilos de Zu, levando-a ao delírio.A jovem com as suas mãos vai massageando o pénis
Furioso estava Brad, afinal de contas ninguém demora tanto tempo para abrir a porta do quarto, mesmo que esteja a dormir.— Mas eles estão a fazer o quê? Eu tenho de entrar nesse quarto! – diz ele pra si mesmo.Então, alegando ser um funcionário do hotel ele vai à recepção. Posto lá, inventa uma história que um casal tinha esquecido de alguma coisa no quarto e a chave estava dentro. Então, o recepcionista sobe com ele até o quarto e Brad o golpeia com um pão na cabeça, levando-o ao desmaio. Pegando na chave do quarto, ele não encontra ninguém e a cama completamente desarrumada. Que raiva que ele tinha! Com que então os jovens eram bem inteligentes.— Ah seus desgraçados! Aquela miúda vai me pagar também. – diz Brad irritado.Enquanto isso, os jovens estavam num café distante do hotel. De manhã cedo, decidiram ir refletir sobre o plano de ir ao tal centro de informação, enquanto saboreavam uma carbonara deliciosa. O centro era muito cheio e desorganizado. Mais