Furioso estava Brad, afinal de contas ninguém demora tanto tempo para abrir a porta do quarto, mesmo que esteja a dormir.
— Mas eles estão a fazer o quê? Eu tenho de entrar nesse quarto! – diz ele pra si mesmo.
Então, alegando ser um funcionário do hotel ele vai à recepção. Posto lá, inventa uma história que um casal tinha esquecido de alguma coisa no quarto e a chave estava dentro. Então, o recepcionista sobe com ele até o quarto e Brad o golpeia com um pão na cabeça, levando-o ao desmaio. Pegando na chave do quarto, ele não encontra ninguém e a cama completamente desarrumada. Que raiva que ele tinha! Com que então os jovens eram bem inteligentes.
— Ah seus desgraçados! Aquela miúda vai me pagar também. – diz Brad irritado.
Enquanto isso, os jovens estavam num café distante do hotel. De manhã cedo, decidiram ir refletir sobre o plano de ir ao tal centro de informação, enquanto saboreavam uma carbonara deliciosa. O centro era muito cheio e desorganizado. Mais
Depois de quase duas horas de viagem, os jovens chegam ao seu destino. Era a hora tão desejada de descobrir de onde eram os pais de Zuleika e como ela foi ali parar. Ao entrar no orfanato, tanto Peter, como Zu estavam ansiosos. O espaço estava lotado de crianças de várias culturas. Isso dava a entender que estavam mesmo no lugar certo, pela lógica. O orfanato Yeng era de um empresário chinês e uma das regras era só aceitar crianças órfãs com origem asiática. Uma regra patética mas que deveria ser respeitada.— Boa tarde senhora! – começa por saudar Zuleika.— Boa tarde jovem! O que deseja? – pergunta a recepcionista.— Eu acabo de chegar do centro de informações de Londres. Eu sou filha adoptiva de um casal que reside em Manchester e segundo eles, um dos orfanatos que possui as características e a data em que os meus pais adoptivos vieram pra cá, é o vosso.— Ok, então pode entregar-me a sua documentação para vermos o que temos aqui no
No caminho pra casa, os jovens estavam bastante pensativos. Zu pensava naquela mulher que dizia ser família da sua mãe e no entanto, decidiu levá-la para um orfanato e ainda mais, fora do seu país natal. Já Peter, estava preocupado com o facto de não ter avisado ao seu pai onde estava. Apesar de William ser ausente como figura paterna, ele preocupava-se com o seu filho e com a sua família.Depois de duas horas de viagem, os jovens finalmente chegam ao hotel. Para o espanto deles, o recepcionista estava com um curativo na cabeça. Afinal a paulada que Brad deu na cabeça do senhor foi mesmo bem forte!— O quê que aconteceu contigo?! – pergunta Peter preocupado.— Como assim?! Então vocês não esqueceram nada dentro do vosso quarto? – pergunta o senhor confuso.— Do quê que o senhor está a falar? – pergunta Zu duvidosa.— Veio pra cá um funcionário do hotel, que eu nem lembro do rosto... Ele disse que vocês esqueceram algo dentro do quarto
Enquanto esperava que o seu pai chegasse, Peter aguardava com Zuleika na sala de estar e tenta distraí-la. No entanto, a jovem estava com receio de William. Aquelas palavras não caíram nada bem.— Então, o que planeias fazer quanto à tua tia? Achas que ainda a conseguimos encontrar? – pergunta Peter.— Não sei te responder a isso! Mas eu espero que sim, de verdade. Se ela é minha tia de verdade, não tem explicação para o que ela fez. Eu mereço saber! – diz Zuleika cabisbaixa.— Sim, tens razão meu amor... Mas podes fazer-me uma promessa? – pergunta o jovem segurando nas mãos da sua amada.— Promessa? Eu odeio promessas! – responde ela prontamente.— Sim, uma promessa... É algo simples, porém exigente.— Ok, podes dizer o que é! Mas eu quero que saibas que não estou nada confortável com o que o teu pai andou a dizer e estou com uma vontade de lhe dizer umas coisas na cara! – responde Zu irritada.— Tu és livre de fazer isso mas te
Chegou a hora de esclarecer as coisas que se estavam a passar. Enquanto a cozinheira terminava de fazer o almoço, começava o diálogo. William, claramente mais calmo, começa por dizer:— Primeiramente, boa tarde aos dois! Eu quero desculpar-me pela atitude que tive ontem com vocês. Estive a refletir e notei que fui muito duro com as minhas expressões. Então, espero que hoje esclareçamos as coisas que aconteceram e cheguemos a algum entendimento.— Muito bem, William! Parece que a massagem que fiz ontem te deixou mais calmo mesmo. Então, vamos começar pelo início. Porquê que vocês mentiram que iam para uma excursão a Londres? – pergunta Elizabeth curiosa.— Bem, sra. Elizabeth, eu não quis de nenhuma forma causar este problema todo. Mas a verdade é que eu quis saber de onde eu vim. Não sei se a senhora sabe, então digo-lhe: eu sou adotada. Então, eu soube que fui adotada na capital pelos meus pais, pois a minha mãe já não fazia mais filhos e queria muito uma me
Os jovens vão para o quarto, onde Peter decide fazer um jogo que uma vez viu numa revista. A ideia era prender as mãos e as pernas da sua amada, enquanto esta estaria de olhos vendados. Zu amou a ideia e decidiram apimentar um pouco mais aquela tarde.A jovem é vendada com um pano preto e consequentemente amarrada com as mãos e pernas abertas na cama. Nesse momento toda a parte do corpo dela estava acessível pra Peter. O jovem estava cada vez mais excitado ao apreciar a jovem que mordia os seus lábios, esperando onde iria ser tocada. Peter perfuma o quarto e fecha as cortinas para tudo ficar mais interessante. O rapaz pega numa pena e vai passando lentamente no pescoço de Zu e diz:— Cada vez que tu soltares um gemido, vais ter de fazer o que eu mandar, sem reclamar.— Ahahah! Eu aceito, sr. Willard! – diz Zu bastante excitada e fantasiando com aquilo.Com a mesma pena, ele vai passando nos seios da jovem que por enquanto vai resistindo, sen
Empolgado e ainda sujo, Brad vai contando a Emma o que planeava fazer. A jovem ouvia atentamente e nem se importava o quão louco era aquilo. Ele estava até a pensar em matar, se fosse necessário. Mas logo que ele falou disso, a jovem o interrompeu:— Não! Ninguém pode morrer... Tu sabes que eu quero ficar com o Peter! E eu não posso ficar com ele morto. Então esquece isso. E se tu tentares...— Estás a ameaçar-me, Emma? Sério que tens essa coragem? – pergunta Brad com um sorriso irónico.— Estou! Se tu não tirares isso da tua cabeça, eu chamo a polícia e apodreces na cadeia.— Ok, ok! Não terá morte. Se eu tentar isso, serei queimado por Deus! – diz Brad apontando para o céu.— Tu tens alguma notícia dos dois? Não consigo localizá-los desde que chegaram ao hotel e desapareceram misteriosamente!— Eu não sei se eles estão cá! Apenas sei que estavam no centro de informação à procura de algo. Desde então, não os vi.
Desolada com o comportamento de sua mãe, completamente sem chão e numa aflição que não se consegue definir. Era esse o estado em que Zuleika se encontrava, resumidamente. A sua alma foi jogada do precipício e o seu coração estava nas mãos do seu amado. Peter conseguia notar o sofrimento nas lágrimas da sua amada. Esta era a primeira vez que ele constatava tal situação. As palavras pairavam na sua mente mas fugiam-lhe da boca a cada vez que tentasse abri-la. Só lhe restava abraçar ela e confortá-la com o seu calor.Elizabeth ao notar o que estava a acontecer, aproxima-se para conversar com os dois e tentar acalmar a jovem. E é neste preciso momento que chega William.— O que se passa aqui? – pergunta o senhor.— Pai, melhor conversarmos sobre isso outro dia... – responde Peter ainda abraçado a Zuleika.— Não, Peter! Não vamos tapar o Sol com a peneira. O que aconteceu hoje tem de ser explicado agora. – diz Elizabeth prontamente.— Como
Peter e Zuleika iam a caminho de uma das propriedades de William. O jovem escolheu a que fica mais distante da cidade, pra não levantar suspeitas, claro. Existiam responsáveis por controlar a casa e todos conheciam Peter. Ele alertou a todos que avisassem, caso o seu pai decidisse visitar a casa ou estivesse por perto. Claro que eles tiveram de concordar, senão perdiam o emprego.Era uma casa simples no exterior, isolada das restantes. Nada que chamasse muita atenção. Mas dentro era estupenda. Isso deixou Zuleika bastante surpresa e sem jeito. Peter não podia demorar muito tempo, pois ainda teria de ir à escola para um teste importante. Já Zu, estava hipnotizada com a atitude do seu amado. Nunca alguém fez aquilo por ela. Parecia até um dos contos de fadas que ela tinha em seus livros. Mas a verdade era cruel. Hera não queria mesmo mais saber da sua filha adotiva, mesmo que tivesse de mudar de casa. Atitude muito maldosa mas lá ela tinha a sua razão. É então que Zuleika lembra