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A Filha do Motorista e o CEO
A Filha do Motorista e o CEO
Por: Cláudio Camarinha
Capítulo 1: Um inverno muito frio

"Ama-se quem se ama e não quem se quer amar." Florbela Espanca

Coisas partidas no chão e música alta. Um barulho provocante e gostoso que vinha de quatro paredes… o que era aquilo?

— Que gostoso… - diz ela, gemendo bem baixinho.

— Você gosta quando eu boto assim, sua cachorra?

— Vai amor… sou toda sua!

— Meu Deus! – grita um homem chorando e chocado.

— Amor?! Não é o que você está pensando… deixa eu explicar. – diz ela, se cobrindo com os seus lençóis.

— Explicar o quê? Sua vadia! Bem que meus colegas me avisaram.

— E você? Meu próprio chefe comendo minha esposa, na minha cama!

— Edward, sua mulher deu mole e eu comi. Não tenho culpa de você ser um corno manso…

— Seu filho da p… - grita ele, se atirando na cama e lutando com o homem.

Copos partidos e enorme confusão. Tensão enorme depois daqueles momentos de tesão proibida… Uma mulher safada e adúltera e do outro lado, um homem transtornado, esmurraçando a cara do seu próprio chefe…

ALGUNS MESES ANTES:

Edward, depois de se ter casado, já não falava com a família como antes. Isso deixava os seus pais muito entristecidos. Já Peter, que gostava muito do seu irmão, nunca entendeu o porquê dessa mudança. Isso fazia com que muitos suspeitassem que havia algo de errado com ele. No entanto, ele apenas queria ser feliz, longe de tudo e todos, até mesmo da sua própria família. O que ele não sabia é que sua mulher, Elliot, tinha envolvimento amoroso com o dono da empresa onde trabalhava e o filho que pensava ser seu, na verdade era de outro homem. Todavia, todo o homem que está louco de amores por uma mulher, cega os seus olhos e surda os seus ouvidos.

O verdadeiro motivo que o fez afastar-se foi esse amor. Esse amor inexplicável e obscuro. Um amor que, na verdade, não passava de uma mentira. A sua esposa, Elliot Willard, era romântica mas infiel. Ela conseguia fazer juras de amor a dois homens. Para isso, bastava que estivessem entre 4 paredes. Mas não era simplesmente para satisfazer os prazeres da carne, mas também preencher a sua alma. Era isso que ela sentia a cada vez que beijava o corpo de seu amante.

Com o seu marido, as coisas apenas pareciam ser as mesmas. A mulher sabia disfarçar bem e parecer fazer que estava repleta de santidade.

Estamos em Manchester, no distrito de Salford, ano de 2016. Passaram-se apenas 2 meses do ano. É um inverno bastante frio, como nunca se havia visto no Reino Unido. As pessoas ficam habitualmente em suas casas, bem agasalhadas, chocolate quente e perto da lenha. A família Willard controla praticamente todos os sectores económicos da cidade, fruto do forte investimento feito em meados do século XX, tornando-se então a família mais bem-sucedida da grande cidade de Manchester.

William Willard, grande investidor, de apenas 45 anos de idade, é o chefe de família e dono de grandes indústrias não só no Reino Unido como em maior parte do mundo. Sua mulher, Elizabeth Willard, 42 anos, é uma professora de língua inglesa e dona de uma das fabricantes de perfumes mais ricas de Manchester: "Feelmore".

Casados há apenas alguns anos, William e Elizabeth, tiveram dois filhos. O primeiro filho, Edward, fruto de envolvimento na adolescência, era licenciado em Eletricidade e trabalhava numa empresa alemã de outra cidade (Liverpool). Já o segundo filho, era Peter.

Edward, depois de se ter casado, já não falava com a família como antes. Isso deixava os seus pais muito entristecidos. Já Peter, que gostava muito do seu irmão, nunca entendeu o porquê dessa mudança. Isso fazia com que muitos suspeitassem que havia algo de errado com ele. No entanto, ele apenas queria ser feliz, longe de tudo e todos, até mesmo da sua própria família. O que ele não sabia é que sua mulher, Elliot, tinha envolvimento amoroso com o dono da empresa onde trabalhava e o filho que pensava ser seu, na verdade era de outro homem. Todavia, todo o homem que está louco de amores por uma mulher, cega os seus olhos e surda os seus ouvidos.

O verdadeiro motivo que o fez afastar-se foi esse amor. Esse amor inexplicável e obscuro. Um amor que, na verdade, não passava de uma mentira. A sua esposa, Elliot Willard, era romântica mas infiel. Ela conseguia fazer juras de amor a dois homens. Para isso, bastava que estivessem entre 4 paredes. Mas não era simplesmente para satisfazer os prazeres da carne, mas também preencher a sua alma. Era isso que ela sentia a cada vez que beijava o corpo de seu amante.

Com o seu marido, as coisas apenas pareciam ser as mesmas. A mulher sabia disfarçar bem e parecer fazer que estava repleta de santidade.

Seu irmão mais novo, Peter, era um adolescente problemático, constantemente metido em brigas com os seus colegas de escola mas no entanto, era um jovem recheado de imensos talentos e aspirações. Com apenas 6 anos de idade, Peter já dominava 3 línguas forasteiras e já havia sido avaliado com um QI muito superior para a idade que tinha. No entanto, isso não fez com que nunca tivesse passado por problemas em sua vida, pois a riqueza imensa de seus pais, não significa ao todo que ele recebia o amor necessário. Um jovem perto de se tornar adulto, sempre passará pelos habituais dramas da adolescência.

Peter, era um adolescente com uma alta estatura, tom de pele claro, cabelos castanhos e lisos, olhos esverdeados que mais pareciam cristais. Era um jovem rapaz de apenas 17 anos de idade e estava a cumprir o seu último ano no ensino médio, um técnico de informática, aspirando então estudar na grande universidade de Oxford.

O jovem era visto como uma grande promessa na sua família para gerir os negócios do pai, que é o herdeiro de uma fortuna avaliada em 250 milhões de libras. No entanto, isto não era o que o apaixonava. A poesia era o seu maior vício, podia passar horas e horas a redigir vários poemas de amor e erotismo. Era viciado em estórias semelhantes às novelas turcas, com um toque mais apimentado de paixões italianas. Todavia, o jovem tinha um potencial que ainda não tinha sido desbloqueado. O seu fogo ardente, a sua chama inconsumível, o seu amor total.

Peter tinha quase tudo o que desejava num estalar de dedos. Só não tinha o amor. Ele não sentia isso de sua família, de nenhum colega de escola e tampouco de uma mulher. Talvez fosse isso que faltava, talvez fosse isso que restava. Sua avó, já falecida, costumava dizer que ele deveria seguir o exemplo de seu avô: conseguir conquistar uma mulher com o seu carácter e não simplesmente com presentes caros e aventuras por outros países. Claro que a seu ver, as coisas eram diferentes. Peter não acreditava tanto no amor, ainda mais no século que vivemos. Os jovens eram alimentados pela fome sexual e desejo de estragar relacionamentos por pura inveja. Não admirava que ele tivesse essa linha de pensamento. 

Maior parte das jovens de sua escola, até adolescentes de 14 a 15 anos, entregavam-se rapidamente àqueles que demonstravam maior poder financeiro. Os considerado “centro das atenções". Isso era o oposto que a sua avó fundamentava. O século da paixão, apenas estava no tempo dela. Mas porquê que ele pensava assim? Bem, Peter namorou com uma jovem, dois anos antes, em 2014. Seu nome era Chloé Parks. A adolescente era muito linda e ingénua, assim como o rapaz. No entanto, isso não impediu que tivessem um relacionamento lindo. Os dois entendiam-se perfeitamente e parecia tudo bem encaminhado para dar bons frutos.

Todavia, com o passar do tempo, Peter começou a ouvir rumores dos seus colegas sobre Chloé. Ambos nunca tinham se envolvido sexualmente. Eram ambos "puros", assim como a sociedade rotula e estavam a guardar-se para o casamento. Mas segundo algumas pessoas, a jovem estava a sair com um rapaz da sua escola e já há algum tempo. Os olhos estavam bem abertos mas Peter queria continuar cego. Mas aparentemente, o rapaz começou a notar coisas estranhas no comportamento de Chloé. Aquilo devia-se ao facto dela estar quase sempre indisponível para vê-lo. Isso começou a soar estranho para o rapaz, que começava a criar desconfianças, uma atrás da outra. Foi então que ele decidiu fazer uma surpresa para Chloé. Ele comprou alguns chocolates e flores e foi esperá-la na escola, até à sua hora de saída. Só que a jovem não saiu. Passaram-se quase meia hora e a jovem não saía. Então ele decide ir para a casa dela e o que esperava, iria marcar a sua vida para sempre. 

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