88. Prova

Dylan Cooper

A expressão da defesa e de Andrew, carregada de um desespero controlado, teria sido quase cômica em outra situação. Mas ali, naquela sala de tribunal, era a personificação da tragédia. Observei, ansioso, enquanto um funcionário trazia o aparelho de som para a frente, colocando-o sobre uma mesa de madeira escura centralizada no recinto.

— Podem começar — a ordem do juiz ressoou, enchendo meu coração de uma alegria quase infantil. Um sorriso poderoso e forte lutava contra meu autocontrole, enquanto a expectativa crescia dentro de mim.

O funcionário conectou o pen drive e iniciou o áudio. O som antigo e um tanto distorcido do gravador infantil de Amber começou a preencher a sala. Primeiro, eram as risadas inocentes e brincadeiras de duas crianças, eu e Amber, que à época não fazíamos ideia da magnitude do que acontecia ao nosso redor. Mas, em meio à inocência das nossas brincadeiras, as vozes dos adultos começaram a emergir.

Primeiro, a voz de meu pai, Michael Harrison, c
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