Dylan Cooper Meu coração se apertava cada vez mais conforme as lembranças do que me deixou completamente descontrolado vinham a tona, enquanto eu observava as pessoas indo e vindo eu me perguntava se todo aquele tormento um dia teria fim... "O dia seguinte começou cedo como sempre, mas o clima estava intragável naquela casa. Era surpreendente como todas as coisas que já estavam bem acertadas apenas desandaram. Sinto que tudo está se esfarelando em minhas mãos, e nada que eu possa fazer seja capaz de reverter os danos dessa vez. Eu, meu tio e meus primos, estávamos sentados à mesa sem qualquer expressão. Adam e Clara já sabiam o que tinha acontecido com Brian na fazenda. Nenhum de nós tinha qualquer solução ou se quer sinal de onde Brian poderia estar, nem uma mínima pista. Sabíamos que o certo era ligar para Jacob, mas ainda queríamos conseguir falar com Brian primeiro a fim de saber o tamanho do problema em que ele nos enfiou. — Ele é um imbecil! Moleque babaca! — Clara quebrou o
Dylan Cooper"Liguei para meu tio a fim de descobrir se já tinha alguma novidade, apenas para confirmar o que eu já sabia. Adam havia viajado para Dakota do Sul a fim de procurar por Brian, e me pediu um pouco de tempo antes de tomar qualquer decisão ou ação, a verdade era que estávamos todos com medo do que Brian possa ter aprontado, e não queríamos agir no escuro. O moleque não entendia que enquanto ele não pedisse ajuda, nada nenhum de nós poderia fazer.Acatei a sua ordem e deixei que Adam procurasse por Brian por algum tempo. Pensei em dar até três dias para Brian aparecer, mas se passaram três, depois quatro, depois cinco, e num piscar de olhos já havia se passado duas longas semanas em que não tínhamos se quer uma única notícia sobre ele. Tudo se mantinha invariavelme
Dylan CooperA pertubação não saia da minha mente, precisei encher um copo de whisky para poder tentar relaxar o meu corpo diante de tantas lembranças, as lembraças que ela me trazia, o nosso passado, tudo o que vivemos, minha mente estava uma bagunça, as lembranças da casa que eu vivi quando trabalhei na minha atual mansão, que antes era dela, aquela porta azul, um azul-claro muito bonito. Todas as outras casas tinham a porta branca, mas essa era azul por minha causa. Eu a pintei dessa cor assim que me mudei, minha mãe amava azul, era uma forma de trazê-la comigo. A recordação do quanto Amber havia gostado da cor vieram em seguida. A marca da minha mão ainda estava naquela porta..." — Não sabia que era pintor também, além de jardineiro. Sempre me surpreendendo com a quantidade de habilidades diferentes que você possui, não é mesmo Dylan — A voz suave da menina que vinha arrancando a minha paz e meu juízo se fez ouvir atrás de mim — É um tom lindo de azul, já te falei que azul é a mi
Dylan CooperEu já estava tenso com tantos problemas, observava ansioso as pessoas lá embaixo, tentando pensar em como tudo se resolveria. Cheguei tarde no trabalho hoje devido a minha pertubação com tantos problemas.Liguei meu notebook e abri o aplicativo das câmeras, observei enquanto Amber limpava o refeitório sujo do café da manhã. Sua dedicação em fazer o serviço com a mesma velocidade que Sophie fazia era admirável. Ela estava se esforçando muito para dar conta de tudo, eu sabia que era trabalho demais. Liberei as férias coletivas propositalmente para que ela ficasse sobrecarregada, eu queria que ela explodisse.Sempre tive a impressão de que Amber possuía um pavio curto e qualquer coisa a faria explodir com facilidade, mas agora vendo a resiliência que ela demonstrou, ter chegado a conclusão de que seu pavio era muito mais longo do que parecia. A observei até que concluísse a limpeza do refeitório e logo tive que entrar em uma longa e desgastante reunião sobre a campanha de ma
Dylan CooperTudo havia ido do zero a cem em questão de segundos. Nossos corpos unidos de forma extraordinária. Ela era quente, tão quente, estar dentro dela depois de tanto tempo foi como chegar mais perto do céu. Provar aquela boceta de novo, muito mais deliciosa do que eu me lembrava, me deixou em êxtase. A vontade de consumi-la e me tornar apenas um com aquela mulher me deixou em um estado de nirvana quando tudo acabou que eu sou incapaz de encontrar palavras para descrever. Em simultâneo, em que todo o furor ia ruindo, eu comecei a ser atormentado com o dia em que todo o castelo que construí para nós dois despencou.Dizem que pequenas escolhas conseguem definir toda uma vida, estou certo disso agora. Uma raiva sem precedentes me fez agir como agi com ela. Um troglodita da pior espécie. Um sabor amargo povoava meus lábios ao pensar nisso. Eu fui a mesma pessoa que tanto julguei e tanto condenei. Eu agi do mesmo modo que ela. Fui baixo, mesquinho e podre. Confesso que no momento de
Dylan Cooper"Andei mais um pouco naquela galeria seguindo pela direita, meu tio havia me avisado que nesse sentido eu chegaria ao quarto de Amber e ao escritório, o quarto dos pais dela ficavam do lado esquerdo. Continuei observando as fotos iluminadas apenas pela lanterna do celular. A cada foto eu me sentia ainda mais encantado, Amber tinha um sorriso fácil desde novinha, e era o mesmo sorriso lindo que ela ainda ostentava atualmente. Era tão linda.Sorri enquanto a observava, senti a vontade de ter uma foto dela assim para mim, então com meu celular mesmo tirei uma foto dela ainda criança sorrindo em um balanço que pude reconhecer ser um zoológico. Segui pelo corredor agora e já tinham quadros com ela maior, adolescente e no início da vida adulta, Amber era nova, quando cheguei aqui ela só tinha dezessete anos, tinha completado dezoito fazia apenas um mês, mas às vezes eu tinha a ligeira impressão de que a idade dela não fazia jus as ações dela.Amber era uma garota teimosa, insis
Dylan Cooper "Arrumei novamente todas àquelas listas e recoloquei na pasta dentro da caixa. Fui até o cofre novamente e peguei outra caixinha que logo descobri se tratar de um pequeno gravador. Não daria para ouvir tudo, e eu tinha como fazer uma cópia agora, não havia equipamentos para isso. Calculei qual seria a possibilidade de Andrew sentir falta do chip. Respirei fundo, era um risco que eu precisaria correr. Peguei o chip e guardei no bolso. Quando ia guardar tudo para fechar o cofre notei uma caixa preta que quase passou despercebida por ter um tom muito próximo do interior do cofre. Puxei a mesa e vi que havia um envelope branco dentro dela, fiquei intrigado para saber o que tinha ali. Eu estava ali para coletar o máximo de conteúdos comprometedores, e era isso que eu faria. Peguei o tal envelope e abri para ver do que se tratava. Coloquei a caixa de volta no lugar e nem me dei o trabalho de retornar a mesa. Abri o envelope ali mesmo, e nele havia um documento que fez minha b
Dylan Cooper"O sol entrava glorioso e resplandecente pela janela, eu não tinha aberto os olhos ainda, mas já conseguia o sentir tocando em meu rosto. Não lembrava exatamente a hora que eu tinha dormido, mas o cheiro do perfume de lavanda que eu sentia tão perto de mim fez com que a minha memória retornasse quase que imediatamente. Abri os olhos ainda os sentindo pesados pelo sono, e quando eu o fiz a visão que eu tive foi talvez uma das visões mais lindas da minha vida. Eu jamais esqueceria.Sentada ao meu lado com as pernas dobradas com a cabeça apoiada sobre elas, me observando serenamente com olhos expansivos e límpidos bem abertos, estava ela. A fonte de todos os meus devaneios e da minha clara falta de juízo. Ela sorriu quando eu a notei, Só pude sorrir de volta. Ficamos por um longo te