Dylan Cooper"Andei mais um pouco naquela galeria seguindo pela direita, meu tio havia me avisado que nesse sentido eu chegaria ao quarto de Amber e ao escritório, o quarto dos pais dela ficavam do lado esquerdo. Continuei observando as fotos iluminadas apenas pela lanterna do celular. A cada foto eu me sentia ainda mais encantado, Amber tinha um sorriso fácil desde novinha, e era o mesmo sorriso lindo que ela ainda ostentava atualmente. Era tão linda.Sorri enquanto a observava, senti a vontade de ter uma foto dela assim para mim, então com meu celular mesmo tirei uma foto dela ainda criança sorrindo em um balanço que pude reconhecer ser um zoológico. Segui pelo corredor agora e já tinham quadros com ela maior, adolescente e no início da vida adulta, Amber era nova, quando cheguei aqui ela só tinha dezessete anos, tinha completado dezoito fazia apenas um mês, mas às vezes eu tinha a ligeira impressão de que a idade dela não fazia jus as ações dela.Amber era uma garota teimosa, insis
Dylan Cooper "Arrumei novamente todas àquelas listas e recoloquei na pasta dentro da caixa. Fui até o cofre novamente e peguei outra caixinha que logo descobri se tratar de um pequeno gravador. Não daria para ouvir tudo, e eu tinha como fazer uma cópia agora, não havia equipamentos para isso. Calculei qual seria a possibilidade de Andrew sentir falta do chip. Respirei fundo, era um risco que eu precisaria correr. Peguei o chip e guardei no bolso. Quando ia guardar tudo para fechar o cofre notei uma caixa preta que quase passou despercebida por ter um tom muito próximo do interior do cofre. Puxei a mesa e vi que havia um envelope branco dentro dela, fiquei intrigado para saber o que tinha ali. Eu estava ali para coletar o máximo de conteúdos comprometedores, e era isso que eu faria. Peguei o tal envelope e abri para ver do que se tratava. Coloquei a caixa de volta no lugar e nem me dei o trabalho de retornar a mesa. Abri o envelope ali mesmo, e nele havia um documento que fez minha b
Dylan Cooper"O sol entrava glorioso e resplandecente pela janela, eu não tinha aberto os olhos ainda, mas já conseguia o sentir tocando em meu rosto. Não lembrava exatamente a hora que eu tinha dormido, mas o cheiro do perfume de lavanda que eu sentia tão perto de mim fez com que a minha memória retornasse quase que imediatamente. Abri os olhos ainda os sentindo pesados pelo sono, e quando eu o fiz a visão que eu tive foi talvez uma das visões mais lindas da minha vida. Eu jamais esqueceria.Sentada ao meu lado com as pernas dobradas com a cabeça apoiada sobre elas, me observando serenamente com olhos expansivos e límpidos bem abertos, estava ela. A fonte de todos os meus devaneios e da minha clara falta de juízo. Ela sorriu quando eu a notei, Só pude sorrir de volta. Ficamos por um longo te
Dylan Cooper As lembranças rondavam a minha mente sem parar, me fazendo pensar em coisas que eu não gostaria mais de pensar, e me lembrar de coisas que eu só queria esquecer, toda paz que eu tinha havia acabado. Amber era sem dúvida alguma a minha fonte particular de desgraças, desde o momento que entrei naquela casa eu deveria saber, porém eu me iludi e me permitir deixar levar para um lugar que eu nunca deveria ter deixado. Pensando em tudo que fiz por causa dela, começava a achar agora eu era muito pior. Sentia que a cada dia que se passava eu perdia mais e mais a minha essência. Plantei um assalto falso, a fiz perder qualquer oportunidade de emprego, a obriguei a trabalhar para mim, tenho uma casa onde a vigio sempre que quero. O que aconteceu comigo? A que ponto eu cheguei por causa dessa garota. Meu Deus! Eu paguei a ela por sexo! Levantei-me da minha mesa sentindo a raiva tomando conta do meu coração. Olhei para onde há minutos atrás ela ainda estava apoiada enquanto eu toma
Dylan CooperO fim de semana todo foi uma verdadeira tortura, Clara não me deixava sair por nada, o fato de eu ter quebrado duas costelas a fizeram ficar mais chata do que o de costume. De fato eu estava sentindo bastante dor e fiquei a maior parte dos dois dias a base de remédios que me deixavam com sono o suficiente para não conseguir me levantar, foi com muito custo que convenci Clara a ir ao shopping para me comprar um celular novo, e no finalzinho do domingo ela por fim chegou com ele.— Acho melhor não trabalhar amanhã! — Sua voz quase maternal escorria preocupação, eu sabia que ela não fazia por mal, mas às vezes era um tanto quanto sufocante o excesso de cuidado dela. Nem com Adam ou com Brian ela era tão cuidadosa assim.— Se eu acord
Amber BrownSophie me abraçou com força e de um modo tão carinhoso, que eu me senti completamente acolhida, não existia nada que eu mais quisesse ou precisasse na minha vida mais do que eu queria aquele abraço. Era estranha essa sensação, mas eu sentia que apenas com o abraço dela eu conseguiria suportar e ter forças para consertar tudo. Nenhum problema parecia tão grande agora, mas parecia que a solução de tudo era simples, sorri em seu abraço.Durante toda a noite depois do meu enorme desabafo fiquei refletindo em sobre tudo que eu tinha contado para Sophie. Jamais tinha confessado qualquer coisa dessas para alguém, eu se quer tinha confessado isso para mim mesma, nunca havia mencionado nada do que tinha acontecido em voz alta, e fazer isso mostrava que tudo era ainda pior do que eu
Amber BrownNa parte da manhã tudo ocorreu normalmente, fiz todas as partes que me tinham sido designadas, infelizmente devido às férias dos outros funcionários não tive a companhia de Sophie durante o trabalho. Eu já sabia que isso aconteceria, mas me sentia tão frágil que se eu tivesse qualquer possibilidade de não ficar sozinha, eu o faria, mas infelizmente, absolutamente nada na minha vida acontecia do modo que eu queria.O almoço chegou rápido, como sempre acabamos por sermos as últimas a chegarem até lá. Quando entrei no refeitório dei uma olhada geral pra ver se Dylan estava por ali, ele tinha o maravilhoso hábito de almoçar junto com os funcionários, eu torci com todas as minhas forças para que naquele dia isso não acontecesse, e para
Dylan CooperHavia algo estranho no olhar dela. Como um incêndio que vinha lambendo tudo o que via pela frente, eu senti que algo incendiou dentro dela, queimando tudo de dentro para fora. Alguma coisa mudou desde o momento que ela entrou na sala até agora, algo que eu não fui capaz de acompanhar. Havia submissão em sua postura e em seu olhar desde que a vi no refeitório e no momento que ela entrou na minha sala. Quase pude jurar que havia arrependimento ali, mas quando seus olhos reencontraram os meus, só consegui enxergar raiva. Muita raiva.— Amber? — O seu nome brotou em meus lábios de modo involuntário.— Estamos quites agora! — A voz dela saiu firme e dura, foi como levar uma chicotada de tão doloroso.
Último capítulo