Amber Brown
Vi a expressão dela abrandar por alguns segundos e pude jurar que ela estava sentindo pena de mim e que iria de fato me acobertar. Quase chorei de alívio, isso até ver sua expressão endurecer novamente, e naquele momento eu soube que não fugiria daquilo. Respirei fundo quando ela abriu a boca para falar.
— Vou avisar que você está aqui, se ele aceitar adiar, você fica depois do horário para fazer a limpeza da sala dele, se não, eu não vou poder fazer muito por você — Não era uma ajuda, mas também não era algo que me atrapalhasse, sorri agradecida por ao menos ela me dar uma opção, não era muito, mas já era alguma coisa.
Observei Clara ligar para Dylan, somente nesse momento que
Amber BrownTudo aconteceu rápido demais, a única coisa que eu conseguia sentir eram os lábios de Dylan tomando os meus com uma fome avassaladora, a sensualidade que ele exalava por cada poro de sua pele havia me feito cativa naquele momento. A única coisa que eu queria era me entregar a ele e a toda a sua áurea de perversão e sedução.Ele não foi gentil, era novo isso. Ele sugava meus lábios e os mordia, toquei seu rosto levemente. Ele estava quente. Fervendo! Eu não estava muito diferente disso, sentia que entraria em combustão instantânea. Faríamos isso juntos, queimaríamos como dois loucos e condenados, nossas almas estavam conectadas e sempre estariam. Meu Deus, eu não tinha mais qualquer dúvida sobre isso.Dylan me apertava contra o seu corpo, seu membro roçando em meu quadril. Eu já podia sentir o quanto ele estava pronto e o quanto ele me queria naquele momento. Ele soltou um suspiro irritado enquanto suas mãos se espalhavam pelo meu corpo perigosamente, me lembrando do quanto
Amber Brown— Toda minha! Para sempre! — Suas palavras de posse me trouxeram um novo sentimento, uma vontade intensa e visceral de mostrar a ele que eu queria muito ser dele. Eu não controlava mais meus instintos, a única coisa que eu conseguia pensar era nele entrando e saindo de dentro de mim. Sem que eu pudesse me conter, ou se quer pensar, escutei as palavras saindo de minha boca.— Eu sou sua — Só percebi o que havia dito tarde demais, Dylan me puxou pelos braços, sem desfazer nossa conexão e me apoiou sobre a mesa de forma truculenta. Meus seios ficaram pressionados contra ela. Ele puxou meu cabelo e continuou agora com mais apoio de forma intensa e dura dentro de mim. Eu falaria qualquer coisa que ele quisesse se ele me mandasse dizer agora, dessa forma. Meu corpo vibrava, eu me sentia incendiar por completo, como u
Amber BrownTudo tinha ido de zero a cem em uma velocidade absurda, como eu me deixei levar desse jeito, meu Deus, como eu me permiti transar com ele depois de tudo que ele fez. Depois das humilhações, da indiferença e da forma como ele agia comigo. Como eu me entreguei sem reversas assim? Só de pensar que eu estava disposta a pedir perdão a ele faz eu me sentir ainda mais estúpida do que antes, eu jamais deveria ter entrado naquela sala, uma advertência por não cumprir minha função seria melhor do que aconteceu depois disso.Eu era uma idiota mesmo ao achar que eu poderia usar essa situação ao meu favor. A minha desvantagem era tão palpável que me fazia sentir como uma perdedora de merda. Eu dei a ele o que ele queria e fui tratada pior que uma prostituta. Como eu pude ser tão estúpida?Dylan Cooper não é mais o mesmo homem que eu conheci um dia, ele não é mais o cara gentil que me respeitava e fazia tudo que eu queria para me agradar e me ver sorrindo. Aquele homem do meu passado nã
Amber BrownJá arrumada para sair eu fui até a estação de metrô e peguei um até a estação central. De lá peguei um ônibus até a penitenciaria, a verdade era que um taxi a uma distância dessas ficava muito caro, e eu precisaria economizar todo o dinheiro que eu tinha, isso se eu ainda queria dar uma chance ao meu pai de sair da cadeia. Era isso que eu faria. Eu poderia me abster de muitas coisas agora em prol de algo maior, eu não era a minha mãe. Eu seria melhor do que ela.Chegando a penitenciaria, e após uma longa e rotineira revista eu finalmente pude ver o meu pai. Ele tinha um ar pesado, duro. Como se tivesse sendo sufocado por um longo tempo, mas assim que me viu foi como se ele pudesse enfim respirar em paz. Um sorriso leve apareceu em seu rosto e logo ele ergueu os braços. Andei em sua direção com um sorriso que provavelmente era igual o qu
Amber BrownO restante do fim de semana voou, aproveitei o domingo para tentar relaxar um pouco, e me permitir a ter o mínimo. Saí de casa sozinha, não queria a companhia de Sophie ainda, por mais que eu estivesse com muita raiva de Dylan pelo que ele fez comigo, ainda assim eu me sentia mal, mal de verdade. Uma tristeza que eu não estava acostumada a sentir vinha tomando meu coração se sobrepujando à raiva que eu sentia. Isso estava me deixando péssima.A verdade era que eu não queria companhia, eu não queria a companhia de ninguém. Eu estava com nojo de mim, com vergonha. Desde que eu me mudei para o Bronx essa é a primeira vez que eu não desejo companhia, apenas a mais pura e crua solidão. Contudo, eu não queria ficar em casa, então depois de muito pensar decidi por fim ir ao shopping. Seria bom para distrair a cabeça, eu sempre amei o shopping. Iria ao cinema assistir um bom filme, talvez isso me ajudasse a tirar o foco dos meus problemas.Olhei no celular e pesquisei quais dele e
Amber BrownVirei às costas e me retirei, querendo fugir o mais depressa que fosse possível dali. Ainda ouvi ele me chamando algumas vezes, mas não quis mais olhar, eu não queria me lembrar do passado, não queria reviver os momentos tensos e dolorosos que passei ao perceber que ninguém viria atrás de mim, que ninguém se importava comigo. Eu não queria me lembrar como era ser abandonada por quem eu por algum momento acreditei que gostava de mim, eu não acreditava que Brandon me amava, mas eu acreditava que ele de algum modo ficaria ao meu lado.Mas ele não ficou. Ele desapareceu. Era inimaginável se ver tão sozinha em momentos de dificuldade extrema que enfrentei, quando a minha realidade era completamente diferente, sempre rodeada de pessoas. A realidade do que eu vivi foi um choque para mim, pois o abandono não foi apenas dele, foi algo geral mesmo, todas as minhas amigas
Amber BrownA segunda feira chegou me cobrando escolhas. Como eu tinha determinado para a minha vida, eu simplesmente não fui trabalhar, não avisei e não falei com ninguém os motivos de não ter ido, me recusava a falar com qualquer pessoa. Recebi ligações de Clara e de Sophie, Clara com certeza queria brigar comigo e saber as razões para a minha falta, agora Sophie eu sabia que era de preocupação, mas ainda assim eu não queria falar com ela, não queria falar com ninguém. A única coisa que eu queria era ficar escondida naquela casa até ter forças o suficiente para decidir para onde ir.Extremamente irritada com isso e sem a mínima disposição pare ler mensagens fosse de quem fosse, ou ouvir os inúmeros áudios que eu tinha recebido, tomei uma decisão simples. Desliguei o celular. Questionei-me os motivos de não ter pensado em fazer isso no dia anterior, mas agora me parecia tão óbvio que foi a primeira coisa que fiz quando vi as inúmeras ligações e mensagens. Assim seria mais fácil sumir
Amber Brown— Amber! Sou eu, abre a porta. Eu sei que você está em casa — A voz tão acolhedora de Sophie soou dentro da sala abafada pela porta fechada. Suspirei pensando se eu deveria mesmo abri-la, talvez o melhor fosse ignorá-la também, não que ela merecesse isso, mas talvez fosse melhor para ela ficar longe de mim — Por favor, querida, não se isole assim, eu estou preocupada com você, me deixa entrar — Havia um tom de urgência e de sofrimento em sua voz que eu fui incapaz de ignorar, então tomei minha decisão, me ergui e abri a porta para que ela pudesse entrar.A expressão de Sophie era de muita tristeza. Senti-me triste também por vê-la assim, não tinha qualquer intenção de afetá-la com os meus problemas, ainda mais que até