Três anos depois… Ramon— Pai, o senhor viu onde eu deixei minha bolsa? Esqueci a chave do carro dentro dela e eu preciso ir buscar Judy. — Vivian, minha filha que agora estava grávida, mais que nunca estava mais grudada a Judy. Sua bolsa estava em cima da cama das crianças, que no momento estavam na escola. Judy trabalhava com crianças, mas estava apenas esperando a licença para abrir seu orfanato, ou como ela prefere chamar, o lar solidário. Andrew continuava fazendo as mesmas coisas, porém, com mais responsabilidade agora que tem dona e toda dona tem razão. (...)Todos reunidos à mesa, nossa família era grande e Celeste estava entre nós. As crianças corriam pela casa com a filha de Mary, que se tornou nossa família também. A mesa estava posta para o jantar, havia algo que meu amigo queria fazer e eu como apoiador, tive que fazer o cenário bonito valer a pena. — Você tá com uma cara de quem está escondendo alguma coisa de mim. — Judy cravou suas unhas em minha mão põe debaixo da
Judy Os dias estavam sendo corridos. Os preparativos do casamento do meu pai estavam em dia. Finalmente Andrew havia se resolvido com Isabelle, enquanto Vivian entrava no último mês de gestação. Porém, havia algo que estava me incomodando, Ramon estava ficando cada dia mais ausente, de mim, dos nossos filhos e tudo que envolvia nós dois. Faltam dois dias para a inauguração da casa de acolhimento, estou tendo que me virar sozinha. Enfim… era um sábado a noite e ele saiu após chegar do trabalho, não falou comigo, nem mesmo disse onde iria e eu fiquei parecendo uma idiota diante aquilo. Ligação Ativa“Mary, vou direto ao assunto. Teria como passar a noite com as crianças? Eu preciso resolver umas coisas importantes”. “Claro que posso. Pode ir tranquila resolver teus problemas que teus filhos estarão longe dos perigos noturnos”. “Você é um anjo, Mary meu amor”. Ligação Inativa Me arrumei conforme seria preciso para a ocasião em que eu estava indo, deixei as crianças na casa da Mary
Judy Ligação Ativa— Alô! Tem alguém aí? — A voz estava nervosa e um barulho de sirene ao fundo me fez ficar nervosa também. — O que está acontecendo? — Você é a Judy? — Sim, sou eu. Pode me dizer o que está acontecendo? Eu já estava nervosa pelo fato de ser o número do meu pai ligando.— Seu pai sofreu um acidente. Irão levar para o hospital Dom Silion, bom, eu achei seu número aqui e te avisei. — Obrigada por isso. Muito obrigada mesmo. Ligação InativaNesse momento eu senti o meu corpo perder as energias. Eu estava acabando de sair de um apartamento, cujo qual estava olhando para dar entrada com uma imobiliária, mas agora tudo está confuso. E agora eu preciso ir até o hospital, preciso vê-lo. O trânsito não estava ao meu favor, como se isso não bastasse, uma tempestade começou a cair e eu tinha medo de trovões, isso me deixava ainda mais nervosa, principalmente no trânsito. Mas, com muita calma e paciência, duas horas depois eu cheguei ao hospital e meu pai já havia sido at
Judy Duas semanas já se passaram e eu não tenho encontrado tempo para quase nada. Meu pai iria precisar fazer fisioterapia e isso é caro, só as vendas que eu fazia na quitanda não daria nem para metade dos gastos que será daqui para frente. Ulisses fez um currículo legal pra mim, já que não estava tendo tempo para isso. Enviamos alguns por e-mail, mas algumas lojas não tinham isso, então hoje aproveitei o horário de almoço para fazer isso. Passei na quitanda e lá estava Ulisses, conversando com as clientes como se estivesse muito empolgado com aquilo. — Olá, boa tarde a todos, espero que eu não esteja atrapalhando. — Imagina, Judy. Estávamos falando sobre como você é maravilhosa e como estamos torcendo pela recuperação do seu pai. — Dizia uma das clientes fixas, todos os dias ela comprava o mesmo sabor de geleia e cinco pães de batata, sempre no mesmo horário. — Vocês que são maravilhosas! Obrigada pelo apoio. Ulisses, posso falar com você rapidinho? Com licença. — Sorri gentilmen
Andrew Ultimamente as coisas não estavam indo tão bem assim. Eu precisava tomar um jeito na minha vida antes que fosse tarde demais e isso envolvia Judy. Desde que disse a ela o que sentia por ela, que ela não me procura mais, sempre usa a mesma desculpa: seu pai e o meu são como irmãos, deveríamos ser assim também. E eu não conseguia aceitar isso, meu pai me mataria se soubesse disso, mas eu não mando nos meus sentimentos e por isso estava determinado em ir conversar com ela após sair do trabalho, mas como sempre, ela estava ocupada demais para me dar o mínimo de atenção. — Judy, será que a gente pode conversar? Eu juro que vai ser rápido, é só que… — Andrew, por favor, não me diga que vai continuar dizendo que está apaixonado por mim? Isso nem faz o seu tipo, está claro que deve ser algum tipo de piada comigo. É difícil alguém acreditar nos seus sentindo baseado na má fama que você tem pela cidade? Sim, muito possível. — Judy, eu não estou mentindo. Eu estou apaixonado você, ou
Ulisses Ficar responsável pela Quitanda esses dias estava sendo um alívio pra mim, mas eu tinha que enfrentar também os meus problemas. Assim como Judy, minha família também não sabe que eu fui expulso da faculdade por agredir um cara que tentou abusar da minha amiga de sala em uma social que teve como comemoração aos novatos. Eu não devo explicações para minha família, já que não dependo deles para absolutamente nada, já Judy, achava que estava me atrapalhando. — Acabei de chegar da entrevista. — E como foi lá? — Terrível. Pra piorar o chão era de vidro, ainda fui de vestido e foi uma droga, a mulher era extremamente operacional e teve algumas perguntas que eu nem fazia ideia que existiam, acho que eu nem vou conseguir… — Judy sempre trabalhou com o pai, eles moravam em uma fazenda e quando vieram para cidade, Judy comprou está Quitanda e era nisso que ela trabalhou até hoje. — Eles vão te ligar, você vai ver só. Nada disso é em vão. — Disse e a vi sorrir, mas sei que não deve e
Judy Andando de um lado para o outro eu pensando no que fazer. Eu nunca tive um encontro, nunca me interessei muito pelo fato de sair e me divertir igual as outras pessoas, eu gostava da minha paz e por outro lado eu tinha medo de me deitar com um homem, já que as experiências que eu ouvi não foram muito agradáveis. O fato de ser órfã de mãe complicava o meu lado, porque meu pai jamais sentou comigo e falou sobre coisas relacionadas ao sexo, eu o compreendo, seria estanho para mim também. Eu estava com medo, não do Ramon, mas de acontecer alguma coisa que não esteja em meus planos. — Eu acho que vou me sair bem… — Falava pra mim mesma enquanto encarava o espelho, até que ele tocou o Interfone. Suspirei fundo e abri a porta. Ele estava perfeito, essa era a palavra que o definia, eu estava vestida o mais simples possível. — Eu, vou me vestir e já volto. Pode ficar a vontade. — Disse lhe dando as costas, mas ele foi mais rápido e segurou a minha mão, o que me fez ficar nervosa de rep
Judy — Então, como foi a noite? — Ulisses perguntava me olhando e mascando chiclete, eu me arrumava para ir até o hospital. — Até que foi tranquila. — Disse sorrindo e encarando o espelho, pensando em como eu fui me deixar levar por uma boa conversa. "Sua barba cerrando a minha nuca, enquanto Ramon dizia o quanto estava esperando por aquele momento, mal sabia ele que eu também. Nossos corpos por um breve momento quase não ficaram despidos dentro do seu carro, mas eu não pude fazer tal loucura e quando voltei para a realidade, abri a porta e corri para dentro de casa, pois estávamos na porta da minha casa, e não morávamos em prédios". Mas Ulisses não iria saber disso nunca, ou não iria parar de falar nisso sempre que me visse. — É, achei que fosse me dizer alguma coisa que rolou entre vocês, porque sempre que falo dele você fica toda sem jeito e isso nem é de hoje. — Ulisses, sabe que meu pai me mataria se soubesse que a filha dele tem pensamentos no melhor amigo dele, só que pela