Algumas semanas depois… Judy Andar doía, respirar doía, ficar em pé e tudo mais. O quarto do hospital está sendo meu lar temporário, após o casamento eu passei mal e desde então estou aqui. Os bebês se mexiam o tempo inteiro, faltavam apenas algumas horas para me internarem, pois a gravidez era de risco e já não poderia mais esperar. Minha barriga já não tinha mais espaço, eu estava com falta de ar a todo momento e nem fazia ideia de como as coisas iriam ocorrer. — Oi… eu vim te dizer que já está tudo preparado para os meus irmãos. Olha só, fiz tudo como você pediu. — Ulisses e Vivian me mostravam as fotos do quarto dos bebês, já que eu não tive tempo de fazer isso. — Eu adorei, obrigada… — Chorei ao passar as fotos e ver que estava tudo do jeito que havíamos conversado. Estava com medo de como isso iria ocorrer; medo de não resistir ou algo do tipo. — Quando você sair, a gente vai estar aqui, esperando você e os nossos bebês, Judy. Vai dar tudo certo, pode ter certeza. Você é f
Judy Acordei sonolenta, sentindo um vazio repetindo e completamente sem muita noção das coisas, mas se havia algo que eu estava sentindo falta, era da minha barriga. Tentei levantar e sentir meu corpo pesado e dormente, o acesso em minha mão que segurava o soro e ao lado da cama estava meu pai, com um olhar meio e um grande sorriso nos lábios. A enfermeira entrou feliz e logo atrás dela veio mais três, cada uma empurrando um carrinho com uma incubadora, onde estavam meus filhos tão preciosos. — Olha só quem veio ver a mamãe. — A voz doce da enfermeira não era desconhecida, mas no momento isso era o que menos importava. Meu pai estava ao meu lado, olhando para seus netos com os olhos cheios de lágrimas, enquanto me olhava compadecido e com orgulho em seu olhar. — Ele me lembra você quando era um bebê, e hoje eu sou avô dessas bênçãos. — A lágrima escorreu em seu rosto, me deixando sensível e chorando logo em seguida também. — Eu posso segurar em meus braços? — No momento eu só que
Vivian Esperava por Abner na porta do hospital, quando Victoria passou dentro do carro com Jenna, a mulher que me abandonou. De onde elas se conhecem? Será que Rambon sabe disso e se sim, porque será que nunca me disse nada sobre isso? Abner estava visivelmente cansado, estava passando o fim de semana em sua casa, já que ele morava em outra cidade devido ao trabalho e eu não poderia morar com ele devido aos estudos. — O que houve? Você parece que viu algum fantasma. — Entrei no carro tentando disfarçar minha cara de sem graça, mas era quase impossível não perceber como aquilo me deixava mal.— Victória estava no carro com a minha mãe… será que elas se conhecem e meu pai nunca me contou sobre minha mãe por algum motivo? — Se isso for verdade, deve ter sido algo muito sério. Não acho que seu pai faria isso com você e seu irmão, além do mais, por tudo que você já me disse sobre Victória, essa mulher deve ser capaz de fazer qualquer coisa. E se ela descobriu alguma coisa sobre ela e e
Três anos depois… Ramon— Pai, o senhor viu onde eu deixei minha bolsa? Esqueci a chave do carro dentro dela e eu preciso ir buscar Judy. — Vivian, minha filha que agora estava grávida, mais que nunca estava mais grudada a Judy. Sua bolsa estava em cima da cama das crianças, que no momento estavam na escola. Judy trabalhava com crianças, mas estava apenas esperando a licença para abrir seu orfanato, ou como ela prefere chamar, o lar solidário. Andrew continuava fazendo as mesmas coisas, porém, com mais responsabilidade agora que tem dona e toda dona tem razão. (...)Todos reunidos à mesa, nossa família era grande e Celeste estava entre nós. As crianças corriam pela casa com a filha de Mary, que se tornou nossa família também. A mesa estava posta para o jantar, havia algo que meu amigo queria fazer e eu como apoiador, tive que fazer o cenário bonito valer a pena. — Você tá com uma cara de quem está escondendo alguma coisa de mim. — Judy cravou suas unhas em minha mão põe debaixo da
Judy Os dias estavam sendo corridos. Os preparativos do casamento do meu pai estavam em dia. Finalmente Andrew havia se resolvido com Isabelle, enquanto Vivian entrava no último mês de gestação. Porém, havia algo que estava me incomodando, Ramon estava ficando cada dia mais ausente, de mim, dos nossos filhos e tudo que envolvia nós dois. Faltam dois dias para a inauguração da casa de acolhimento, estou tendo que me virar sozinha. Enfim… era um sábado a noite e ele saiu após chegar do trabalho, não falou comigo, nem mesmo disse onde iria e eu fiquei parecendo uma idiota diante aquilo. Ligação Ativa“Mary, vou direto ao assunto. Teria como passar a noite com as crianças? Eu preciso resolver umas coisas importantes”. “Claro que posso. Pode ir tranquila resolver teus problemas que teus filhos estarão longe dos perigos noturnos”. “Você é um anjo, Mary meu amor”. Ligação Inativa Me arrumei conforme seria preciso para a ocasião em que eu estava indo, deixei as crianças na casa da Mary
Judy Ligação Ativa— Alô! Tem alguém aí? — A voz estava nervosa e um barulho de sirene ao fundo me fez ficar nervosa também. — O que está acontecendo? — Você é a Judy? — Sim, sou eu. Pode me dizer o que está acontecendo? Eu já estava nervosa pelo fato de ser o número do meu pai ligando.— Seu pai sofreu um acidente. Irão levar para o hospital Dom Silion, bom, eu achei seu número aqui e te avisei. — Obrigada por isso. Muito obrigada mesmo. Ligação InativaNesse momento eu senti o meu corpo perder as energias. Eu estava acabando de sair de um apartamento, cujo qual estava olhando para dar entrada com uma imobiliária, mas agora tudo está confuso. E agora eu preciso ir até o hospital, preciso vê-lo. O trânsito não estava ao meu favor, como se isso não bastasse, uma tempestade começou a cair e eu tinha medo de trovões, isso me deixava ainda mais nervosa, principalmente no trânsito. Mas, com muita calma e paciência, duas horas depois eu cheguei ao hospital e meu pai já havia sido at
Judy Duas semanas já se passaram e eu não tenho encontrado tempo para quase nada. Meu pai iria precisar fazer fisioterapia e isso é caro, só as vendas que eu fazia na quitanda não daria nem para metade dos gastos que será daqui para frente. Ulisses fez um currículo legal pra mim, já que não estava tendo tempo para isso. Enviamos alguns por e-mail, mas algumas lojas não tinham isso, então hoje aproveitei o horário de almoço para fazer isso. Passei na quitanda e lá estava Ulisses, conversando com as clientes como se estivesse muito empolgado com aquilo. — Olá, boa tarde a todos, espero que eu não esteja atrapalhando. — Imagina, Judy. Estávamos falando sobre como você é maravilhosa e como estamos torcendo pela recuperação do seu pai. — Dizia uma das clientes fixas, todos os dias ela comprava o mesmo sabor de geleia e cinco pães de batata, sempre no mesmo horário. — Vocês que são maravilhosas! Obrigada pelo apoio. Ulisses, posso falar com você rapidinho? Com licença. — Sorri gentilmen
Andrew Ultimamente as coisas não estavam indo tão bem assim. Eu precisava tomar um jeito na minha vida antes que fosse tarde demais e isso envolvia Judy. Desde que disse a ela o que sentia por ela, que ela não me procura mais, sempre usa a mesma desculpa: seu pai e o meu são como irmãos, deveríamos ser assim também. E eu não conseguia aceitar isso, meu pai me mataria se soubesse disso, mas eu não mando nos meus sentimentos e por isso estava determinado em ir conversar com ela após sair do trabalho, mas como sempre, ela estava ocupada demais para me dar o mínimo de atenção. — Judy, será que a gente pode conversar? Eu juro que vai ser rápido, é só que… — Andrew, por favor, não me diga que vai continuar dizendo que está apaixonado por mim? Isso nem faz o seu tipo, está claro que deve ser algum tipo de piada comigo. É difícil alguém acreditar nos seus sentindo baseado na má fama que você tem pela cidade? Sim, muito possível. — Judy, eu não estou mentindo. Eu estou apaixonado você, ou