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Aquelas foram as primeiras férias da vida de Selene, e ela viveu coisas que jamais imaginaria.

A balada era barulhenta, vibrante, cheia de luzes piscantes e pessoas dançando juntas sem a mínima preocupação com status ou hierarquia. Ela não amou a experiência, mas a liberdade ali era palpável. Havia híbridos de todas as espécies e até humanos, todos se divertindo como iguais. Era algo inimaginável na Cidade Alta, onde cada um sabia seu lugar – e os humanos estavam sempre no mais baixo degrau.

Mas foram os restaurantes que realmente a encantaram. Sentar-se em um ambiente onde betas serviam humanos e vice-versa, onde as pessoas simplesmente coexistiam, era quase surreal para ela. Não havia aquela briga de egos interminável que moldava sua cidade. Pela primeira vez, Selene sentiu que a desigualdade da Cidade Alta não era inevitável.

Os novos humanos não tinham culpa do que seus antepassados fizeram. Não mereciam ser marginalizados, forçados à pobreza como punição por algo que nunca comete
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