Chegava a ser ridículo e me sentia como uma virgem, sonhando com a primeira noite de amor. Átila se aproxima silenciosamente com a cabeça baixa, a erguendo apenas poucos passos de mim.- Não queria fazer isso com você - diz baixo, os olhos me olhando com atenção - Só que isso tem que dar certo, se nós dois quiser viver. Assinto como uma idiota, imaginando o que estava prestes a acontecer. Ele iria me beijar, tirar minha roupa, admirar meu corpo como uma obra de arte e me dar tanto prazer, que vou explodir num orgasmo poderoso. Era algo que com certeza ele faria, estava escrito isso bem na testa dele. Minha respiração oscila e treme, engulo em seco sem parar de imaginar tudo que poderíamos fazer entre aquelas quatro paredes. Minha lista chegava a ser longa e mais do que explícita. Eu era movida por sexo, penso incrédula. Átila ergue a mão segurando meu braço direito gentilmente, conseguindo fazer meu coração acelerar m
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Sem dúvida dormir 6 horas por dia, havia deixado de ser suficiente a bastante tempo, já que com o tempo percebi que era uma pessoa noturna, trocando facilmente o dia pela noite. Mas isto não aconteceu por opção, mas sim por necessidade. Desligo o despertador do celular que toca pontualmente todos os dias às 7 da noite, com os olhos semicerrados. Afundando meu rosto no travesseiro, respiro fundo, lutando contra a vontade de voltar a dormir, saindo aos poucos da cama. Ainda sonolenta, pego minha toalha e vou para o banheiro no corredor, ouvindo o som da televisão vindo da sala. O banho sempre era responsável em me acordar parcialmente, depois café. Sentada no sofá velho que tinha na sala, Tati prestava atenção em uma novela.- Tem café pronto - diz quando passo pela sala, entrando na cozinha. Em cima da mesa redonda, estava a garrafa de café bege. Pegando um copo no armário pequeno, me sirvo um pouco de café, pegando bolach
Sorrio sem mostrar os dentes, os acompanhando até o lado de fora da lanchonete, não ficando para observá-los entrar no HB20 preto. Rodrigo nunca havia me levado em casa, mesmo com os pedidos dele. O máximo que já o deixei fazer, foi me levar até um determinado ponto no qual dizia ser perto, mas que na verdade, estava mais do que longe. No ponto de ônibus, espero impaciente o ônibus que precisava para ir para o terminal. Quando finalmente chega meia hora depois, me sento no fundo, colocando meus fones. Aquela parte da manhã, não era muito movimentada, o que fazia com que o percurso fosse mais calmo. No terminal, o segundo ônibus já estava parado, o que me poupou tempo de espera. Quando entrei no condomínio em que morava, o sono já começava a se intensificar e pelo horário, já sabia que estaria sozinha em casa. Então depois de um banho e vestir meu pijama, finalmente teria o sono dos justos. Que naquele dia, não durou muito.- Bruna! Bruna - A voz
Na cozinha, Rita se move de um lado para o outro, terminando de preparar a janta.- Pensei que nunca mais ele iria sair da cadeia - murmura, lavando alguns utensílios que havia usado.- Parece que não tinham motivos o suficiente para manter ele lá - Suspiro.- Por mim, você pode ficar.- E o André? - Ela se vira para mim.- Ele nem passa muito tempo em casa. Além do mais, você é irmã dele. Contudo já fazia algum tempo que não tínhamos uma certa aproximação. E eu até sentia falta disso. Acabou que Rita cedeu o quarto de hóspedes, que ainda estava sem cama e guarda-roupa. Mas para uma pessoa que só precisava de um lugar para dormir, o colchão de solteiro que ela pegou emprestado com a vizinha até o dia seguinte, ajudou bastante. Depois de jantar com ela, saio da casa em direção ao ponto de ônibus, recalculando mentalmente o tempo que gastaria para chegar na boate. E para meu azar, chegaria atrasada. A maioria dos funcionários já haviam chegado,
De volta para o bar, em meio a todas as pessoas que estavam ali, meu olhar se cruza coincidentemente com o homem misterioso. Fingindo toda a naturalidade do mundo, continuo meu trabalho. Até que ao terminar de fazer um drink e me virar, me deparo com o homem misterioso, sentado de frente para mim.- Quer alguma bebida? - pergunto me aproximando do balcão. Ele ergue o copo ainda pela metade. Assinto, voltando minha atenção para a mulher ao lado.- Trabalha há muito tempo aqui? - Ele pergunta de repente.- Três anos - digo sem parar o que estava fazendo.- E como nunca vi você? Dou de ombros.- Não faço ideia. Ele olha ao redor.- É sempre assim?- Na maioria das vezes - Se ele costumava frequentar a boate, com certeza já sabia disso, mas preferia puxar assunto da forma mais aleatória possível.- Mora por aqui por perto? - Ergo um dos cantos da boca, já tendo uma noção do rumo que aquela conversa estava tendo. Franzo os lábios, os movendo de um lad
Ainda no quarto, ao lado da porta, ouço a conversa tensa que se iniciava.- Quem é essa aí?- Minha...minha namorada - Rodrigo gagueja.- Desde quando?- Um ano. Eu acho - murmura - A mãe sabia. Breve pausa.- Então era dela que a sua mãe estava falando - diz sério - Ela tinha razão em dizer que não havia gostado dela - Ele diminui o tom de voz - Manda ela ir embora antes que ela chegue. O silêncio de Rodrigo, foi o suficiente para tirar minhas próprias conclusões. Não era bem vinda ali e Rodrigo não fazia muita questão em mudar isso. Pego minha bolsa ao lado do guarda-roupa, saindo do quarto antes de ser pedida para me retirar. No meio do caminho, no final do corredor, encontro Rodrigo e o pai que, automaticamente dão um passo para trás para que eu passasse.- Já tô indo - murmuro. Rodrigo desvia o olhar de mim para o pai rapidamente, antes de me olhar novamente e me seguir.- Levo você, Bruna.- Não precisa - Continuo a andar, ouvindo-o logo atrás.-