Quando me senti suficientemente confiante, fui atrás de Átila, o encontrando em frente a tv mexendo no celular.- Você só esqueceu de dizer que... - Ele se vira automáticamente ao ouvir minha voz - quando me dedico a alguma coisa, sempre dá certo - O timbre da minha voz estava mais suave e o modo que falava quase num sussurro, era a cereja de tudo aquilo.- Fala outra coisa. Nervosa, tento pensar em algo elaborado.- Seu colchão é bom. Ele ergue as sobrancelhas.- É mesmo?- Um dia quando eu tiver dinheiro sobrando, quero saber onde comprou.- Continua - Um meio sorriso surge em seu rosto.- E a comida que a Rô, né? - Ele assenti - Também é boa e olha que não como muita coisa por aí.- Qual teu nome? Estava prestes a dizer Bruna, quando me detive.- Malu.- Maria Luíza - Ele me corrige.- Maria Luíza - Repito.- Quantos anos, Maria Luíza? Esperava que o Instagram não estivesse mentindo.- 20?- Isso aí. Átila suspira.- O nome do teu pai é Ros
Estava prestes a ir para meu quarto, quando parei na metade do corredor, lembrando que era para dormir onde Malu dormia. Já havia tomado banho e estava me sentindo confortável em meu pijama velho, me negando a vestir qualquer roupa de Malu para dormir. Abro a porta do quarto, desviando minha atenção da cama em frente da porta, para o guarda-roupa que ia do teto até o chão. Entro no pequeno banheiro, encontrando mais produtos femininos do que masculinos. Estava voltando para o quarto, quando meu corpo se choca contra o de Átila.- Ia tomar banho? - Ele pergunta, desviando o olhar rapidamente para o celular, vendo alguma coisa.- Já tomei. Ele dá uma rápida olhada em mim.- Tá bom. Olho para a cama.- Qual lado você dorme? Ele segue meu olhar.- Esquerdo.- Tá. Ando até a cama, sentando do lado esquerdo da cama, observando ele abrir o guarda-roupa.- Vai sair? - pergunto puxando assunto.- Resolver umas coisas. Pelo men
Chegava a ser ridículo e me sentia como uma virgem, sonhando com a primeira noite de amor. Átila se aproxima silenciosamente com a cabeça baixa, a erguendo apenas poucos passos de mim.- Não queria fazer isso com você - diz baixo, os olhos me olhando com atenção - Só que isso tem que dar certo, se nós dois quiser viver. Assinto como uma idiota, imaginando o que estava prestes a acontecer. Ele iria me beijar, tirar minha roupa, admirar meu corpo como uma obra de arte e me dar tanto prazer, que vou explodir num orgasmo poderoso. Era algo que com certeza ele faria, estava escrito isso bem na testa dele. Minha respiração oscila e treme, engulo em seco sem parar de imaginar tudo que poderíamos fazer entre aquelas quatro paredes. Minha lista chegava a ser longa e mais do que explícita. Eu era movida por sexo, penso incrédula. Átila ergue a mão segurando meu braço direito gentilmente, conseguindo fazer meu coração acelerar m
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Ainda estava encarando o vazio, repetindo a voz de Rodrigo em minha mente dizendo te amo, quando Átila voltou para o quarto.- Ainda tá doendo?- O quê? Ele aponta para meu braço.- O braço.- Ah. Não. Só quando me mexo.- Tá. Ótimo. Rô aparece na porta do quarto segurando algumas coisas.- Acho que aqui tem tudo - diz olhando para os braços. Olho para Átila.- O que vai fazer agora?- Por mechas vermelhas no seu cabelo.- E a Rô sabe fazer isso?- Vi uns vídeos no Youtube. Engulo em seco, tentando não transmitir minha apreensão. Não conseguia ver como aquela situação poderia terminar bem. Quer dizer, como meu cabelo terminaria bem. Rô se adianta em colocar uma toalha em meus ombros e a fazer a mistura com o pó descolorante. Tendo uma foto como base, separa as mechas em meu cabelo e começa destemida. Não era o cabelo dela mesmo. O processo dura alguns minutos, depois disso, preciso aguentar meu couro cabelo esquentando como
Sem dúvida dormir 6 horas por dia, havia deixado de ser suficiente a bastante tempo, já que com o tempo percebi que era uma pessoa noturna, trocando facilmente o dia pela noite. Mas isto não aconteceu por opção, mas sim por necessidade. Desligo o despertador do celular que toca pontualmente todos os dias às 7 da noite, com os olhos semicerrados. Afundando meu rosto no travesseiro, respiro fundo, lutando contra a vontade de voltar a dormir, saindo aos poucos da cama. Ainda sonolenta, pego minha toalha e vou para o banheiro no corredor, ouvindo o som da televisão vindo da sala. O banho sempre era responsável em me acordar parcialmente, depois café. Sentada no sofá velho que tinha na sala, Tati prestava atenção em uma novela.- Tem café pronto - diz quando passo pela sala, entrando na cozinha. Em cima da mesa redonda, estava a garrafa de café bege. Pegando um copo no armário pequeno, me sirvo um pouco de café, pegando bolach
Sorrio sem mostrar os dentes, os acompanhando até o lado de fora da lanchonete, não ficando para observá-los entrar no HB20 preto. Rodrigo nunca havia me levado em casa, mesmo com os pedidos dele. O máximo que já o deixei fazer, foi me levar até um determinado ponto no qual dizia ser perto, mas que na verdade, estava mais do que longe. No ponto de ônibus, espero impaciente o ônibus que precisava para ir para o terminal. Quando finalmente chega meia hora depois, me sento no fundo, colocando meus fones. Aquela parte da manhã, não era muito movimentada, o que fazia com que o percurso fosse mais calmo. No terminal, o segundo ônibus já estava parado, o que me poupou tempo de espera. Quando entrei no condomínio em que morava, o sono já começava a se intensificar e pelo horário, já sabia que estaria sozinha em casa. Então depois de um banho e vestir meu pijama, finalmente teria o sono dos justos. Que naquele dia, não durou muito.- Bruna! Bruna - A voz
Na cozinha, Rita se move de um lado para o outro, terminando de preparar a janta.- Pensei que nunca mais ele iria sair da cadeia - murmura, lavando alguns utensílios que havia usado.- Parece que não tinham motivos o suficiente para manter ele lá - Suspiro.- Por mim, você pode ficar.- E o André? - Ela se vira para mim.- Ele nem passa muito tempo em casa. Além do mais, você é irmã dele. Contudo já fazia algum tempo que não tínhamos uma certa aproximação. E eu até sentia falta disso. Acabou que Rita cedeu o quarto de hóspedes, que ainda estava sem cama e guarda-roupa. Mas para uma pessoa que só precisava de um lugar para dormir, o colchão de solteiro que ela pegou emprestado com a vizinha até o dia seguinte, ajudou bastante. Depois de jantar com ela, saio da casa em direção ao ponto de ônibus, recalculando mentalmente o tempo que gastaria para chegar na boate. E para meu azar, chegaria atrasada. A maioria dos funcionários já haviam chegado,