Isabela acordou lentamente, sentindo-se desorientada. A luz suave do sol entrava pelas cortinas do quarto, e ela percebeu que estava de volta à mansão. Eduardo estava sentado ao seu lado, segurando sua mão com uma expressão que misturava preocupação e raiva.— Isabela, você está bem? — perguntou ele, seu tom de voz controlado, tentando disfarçar o que sentia.Isabela piscou algumas vezes, tentando organizar seus pensamentos. As lembranças da noite anterior voltaram à sua mente em uma enxurrada confusa: o sequestro, o resgate por Leonardo, a revelação de que ele era um agente secreto.— Eu... acho que sim. Só estou um pouco tonta — respondeu ela, tentando se sentar.Eduardo ajudou-a a se acomodar melhor na cama, mas sua expressão rapidamente mudou para uma de seriedade.— Você precisa me contar o que aconteceu, Isabela. Me conte de novo como você conseguiu escapar de Ferrari — perguntou ele, com um tom de urgência.Isabela sentiu um nó se formar em seu estômago. Não podia revelar a ver
Os dias seguintes foram repletos de tensão. Cada movimento de Isabela era monitorado de perto por Eduardo, cujas suspeitas só aumentavam. Na manhã de uma segunda-feira, Isabela acordou cedo e desceu para o café da manhã, tentando agir normalmente. Eduardo já estava na mesa, lendo o jornal com uma expressão fechada.— Bom dia, Eduardo — disse ela, sentando-se.— Bom dia, Isabela — respondeu ele, sem levantar os olhos do jornal.O silêncio entre eles era palpável. Isabela sentiu o peso das mentiras e dos segredos que carregava. Após o café, Isabela tentava disfarçar sua preocupação, mas a tensão era visível em seu rosto. Sabia que a qualquer momento, Eduardo poderia descobrir o plano e tomar medidas drásticas.— Isabela, você está inquieta. Algo a incomoda? — perguntou Eduardo,— Não, Eduardo. Apenas planejando meu dia. Está tudo bem — respondeu ela, tentando sorrir.Eduardo não parecia convencido, mas não insistiu.Finalmente, o dia ideal para colocar o plano em andamento chegou. Isabel
Isabela respirou fundo assim que o carro passou pelo portão de madeira desgastado que demarcava a entrada do sítio. O motor do veículo silenciou, e tudo o que se ouvia agora era o som suave do vento entre as árvores e o canto dos pássaros ao longe. Leonardo, ao seu lado, observava-a em silêncio, permitindo que ela absorvesse a atmosfera daquele lugar. Isabela ainda sentia o peso dos últimos acontecimentos em seus ombros. As lembranças vinham em flashes: Eduardo, o marido frio e calculista; Leonardo, o homem por quem ela se apaixonara, mas que guardava tantos segredos; e o terror de ser sequestrada por um bandido que rivalizava com seu marido. Tudo parecia distante agora, mas a tensão ainda a acompanhava, como uma sombra persistente.Ela abriu a porta do carro e desceu, sentindo a terra macia sob os pés. O ar ali era diferente, mais puro, carregado com o aroma das flores e da grama molhada pelo orvalho matinal. O sítio se estendia diante dela como um quadro pintado à mão, cada detalhe
Naquela semana, Isabela e Leonardo vivenciaram um amor que parecia fluir naturalmente com a tranquilidade do sítio. A cada dia que passava, a conexão entre eles se fortalecia, como se o ambiente ao redor fosse uma extensão de seus sentimentos.No primeiro dia, logo ao amanhecer, Isabela despertou com o som suave dos pássaros cantando na janela. O sol entrava delicadamente pela cortina, banhando o quarto em uma luz suave. Leonardo, ao seu lado, ainda estava adormecido, o rosto sereno. Isabela, com o coração aquecido, aproximou-se dele e, sem resistir, tocou suavemente seus lábios nos dele, um beijo leve que o fez abrir os olhos devagar."Bom dia," ela sussurrou, os olhos brilhando de amor.Leonardo sorriu, envolvendo-a em seus braços. "Bom dia, meu amor."Eles passaram alguns minutos em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. O calor dos corpos juntos, a textura suave dos lençóis contra a pele, tudo contribuía para a sensação de intimidade que pairava entre eles. Isabela
A manhã estava quente e ensolarada quando Isabela se levantou da cama, os raios de sol entrando pela janela de seu quarto espaçoso. Ela suspirou ao lembrar das discussões da noite anterior com Eduardo. O casamento, que um dia foi repleto de promessas e sonhos, havia se transformado em um campo minado de ressentimentos e controle. Eduardo, o bilionário controlador, não era mais o homem carismático por quem ela se apaixonara. Virou-se na cama, tentando encontrar uma posição mais confortável, mas sabia que não era o colchão de luxo que a incomodava. Era o vazio ao seu lado, onde Eduardo deveria estar.Ela olhou a foto dos dois na cabeceira da cama, lembrando-se dos primeiros dias de seu casamento. Cinco anos atrás, quando conheceu Eduardo, tudo parecia perfeito. Ela era jovem e cheia de sonhos, mas a realidade era dura. Sua mãe estava gravemente doente, e as despesas médicas eram exorbitantes. Foi então que Eduardo entrou em sua vida, um homem rico, mais velho, porém bonito e, no início,
Se achou bonita, mas o sentimento de melancolia voltou a tomar conta dela. A mansão era grande demais, silenciosa demais, e ela se sentia sufocada pelas paredes que a cercavam.O tédio a invadiu novamente, e Isabela decidiu que precisava sair de casa. Talvez uma tarde de compras no centro da cidade a ajudasse a afastar a monotonia. Além disso, era uma boa desculpa para conhecer um pouco mais sobre o novo motorista, a quem ela mentalmente apelidara de "Sr. Misterioso". Com essa ideia em mente, se arrumou brevemente, escolhendo uma roupa mais elegante, e pegou o celular para enviar uma mensagem a Eduardo."Eduardo, gostaria de fazer algumas compras no centro hoje. Posso sair um pouco?"A resposta não tardou a chegar, e foi exatamente o que ela esperava."Estou muito ocupado. Não saia sozinha. Leve o novo motorista com você."Isabela suspirou. Eduardo sempre preocupado com a imagem pública e a segurança, mas nunca com seus sentimentos. Decidida a aproveitar a oportunidade, chamou Leonard
Na manhã seguinte, Isabela desceu para o café da manhã e foi surpreendida ao encontrar Eduardo presente na mesa. Geralmente, ele já havia saído para o escritório a essa hora. Sentou-se à mesa com ele.— Bom dia, Eduardo — disse ela, tentando esconder a surpresa.— Bom dia, Isabela — respondeu ele, sem levantar os olhos do jornal. — Estarei ocupado o dia todo, mas preciso que você vá à festa beneficente esta noite. Será importante que você nos represente.— Claro, Eduardo. Vou precisar de um vestido novo para o evento — respondeu Isabela, aproveitando a oportunidade.— Vá comprar um vestido então. Mas lembre-se, precisa ser algo adequado para a ocasião — disse ele, ainda sem desviar o olhar do jornal.— Obrigada, Eduardo. Farei isso — disse Isabela, sentindo uma rara alegria.Eduardo reagiu com impaciência, dobrando o jornal com força.— Só vá e compre o que precisa. Tenho muito o que fazer — disse ele, levantando-se abruptamente e saindo da mansão sem mais explicações.Isabela termino
Leonardo estacionou o carro perto do café e saiu rapidamente para abrir a porta para Isabela. Ela desceu do carro com um sorriso agradecido, apreciando o gesto cavalheiresco. Caminharam juntos até o café, e Isabela escolheu uma mesa em um canto tranquilo, longe dos olhares curiosos. A manhã estava clara e fresca, e Leonardo achou que o ambiente acolhedor do café parecia o lugar perfeito para relaxar e conversar. — Sente-se, Leonardo. Vamos tomar um café juntos — disse Isabela, indicando a cadeira em frente à sua. Leonardo hesitou por um momento, mas decidiu aceitar o convite. Sentou-se, tentando parecer profissional, mas sentindo-se bem mais à vontade fora dos muros da mansão. — O que vai querer, Isabela? — perguntou ele, sorrindo levemente. — Acho que vou querer um cappuccino. E você? — respondeu ela, pegando o cardápio. — Vou de expresso duplo — disse Leonardo, tentando esconder como ela era encantadora quando estava sorrindo. Enquanto esperavam pelo pedido, Isabela olhou ao re