Leonardo estacionou o carro perto do café e saiu rapidamente para abrir a porta para Isabela. Ela desceu do carro com um sorriso agradecido, apreciando o gesto cavalheiresco. Caminharam juntos até o café, e Isabela escolheu uma mesa em um canto tranquilo, longe dos olhares curiosos. A manhã estava clara e fresca, e Leonardo achou que o ambiente acolhedor do café parecia o lugar perfeito para relaxar e conversar.
— Sente-se, Leonardo. Vamos tomar um café juntos — disse Isabela, indicando a cadeira em frente à sua. Leonardo hesitou por um momento, mas decidiu aceitar o convite. Sentou-se, tentando parecer profissional, mas sentindo-se bem mais à vontade fora dos muros da mansão. — O que vai querer, Isabela? — perguntou ele, sorrindo levemente. — Acho que vou querer um cappuccino. E você? — respondeu ela, pegando o cardápio. — Vou de expresso duplo — disse Leonardo, tentando esconder como ela era encantadora quando estava sorrindo. Enquanto esperavam pelo pedido, Isabela olhou ao redor, sentindo-se feliz por se sentir anônima. Era raro ter momentos como aquele, longe das pressões e olhares críticos. — Leonardo, você me falou sobre aquele homem ontem à noite. Pode me contar mais sobre ele? — perguntou Isabela, mantendo um tom casual, mas claramente interessada. Leonardo suspirou, tomando um gole de água antes de responder. Não era o tipo de encontro que ele tinha imaginado. — Claro, Isabela. O nome dele é Marcelo Ferrari. Tem muitos contatos poderosos e é conhecido por seus negócios sujos. É realmente perigoso, e o fato de ele ter se aproximado de você me preocupa — disse ele, com seriedade. Isabela franziu a testa, tentando absorver as informações. Ela sentia um misto de medo e curiosidade. — Mas por que ele estaria interessado em mim ou em Eduardo? — perguntou ela, mais para si mesma do que para Leonardo. — Essa é a questão. Ele não se aproxima de pessoas sem um motivo — respondeu Leonardo, observando atentamente a expressão de Isabela. Os cafés chegaram, e por um momento, os dois se concentraram em saborear as bebidas. A atmosfera descontraída do café parecia contrastar com a seriedade da conversa. Isabela resolveu mudar de assunto e aproveitar o momento. — Sabe, Leonardo, você é a primeira pessoa com quem eu realmente me sinto à vontade para conversar em muito tempo. — confessou Isabela, quebrando o silêncio. Leonardo sorriu, sentindo-se acalmado pelas palavras dela. — Eu também me sinto assim. Às vezes, é difícil encontrar alguém com quem possamos ser nós mesmos — disse ele, um pouco sem jeito, mas com bastante sinceridade. A conversa fluiu naturalmente. Isabela descobriu que Leonardo tinha uma paixão por fotografia e que já havia viajado para muitos lugares, capturando momentos especiais através de suas lentes. — Você parece ter vivido muitas coisas interessantes. Deve ter muitas histórias para contar — disse Isabela, animada. — Tenho algumas, sim. Mas acho que cada pessoa tem suas próprias aventuras e desafios. A vida é feita dessas pequenas histórias que nos moldam — respondeu Leonardo, pensativo. — Leonardo, posso te fazer uma pergunta pessoal? — perguntou ela, hesitante. — Claro, Isabela. Pergunte o que quiser — respondeu ele, encorajando-a. — Você tem alguém especial na sua vida? — perguntou ela, tentando parecer casual, mas claramente curiosa. Leonardo hesitou por um momento antes de responder. — Não, não tenho ninguém no momento. Minha vida tem sido muito focada no trabalho e nas mudanças. É difícil manter relacionamentos quando estamos sempre em movimento — disse ele, com um sorriso triste. Isabela sentiu um aperto no coração ao ouvir isso. Ela sabia como era se sentir sozinha, mesmo cercada de pessoas. Isabela se sentia muito atraída por aquele homem. Ela o conhecia há pouco tempo, mas estavam passando bastante tempo juntos e ela sentia como se se conhecessem há muito tempo. O tempo passou rapidamente, e logo perceberam que precisavam voltar para a mansão. Isabela pagou a conta e os dois saíram do café, caminhando lado a lado até o carro. O trajeto de volta foi tranquilo, com ambos refletindo sobre a manhã que passaram juntos. Quando chegaram à mansão, Leonardo abriu a porta do carro para Isabela, e ela saiu ainda pensativa. Ele a segurou pela mão, sentindo seu coração apertado. — Isabela, se precisar de qualquer coisa, estarei aqui — disse ele, antes que ela entrasse. — Eu sei, Leonardo. E agradeço por isso — respondeu ela, com um sorriso. Ao entrar na mansão, Isabela foi recebida por Marta, que notou a expressão pensativa em seu rosto. — Tudo bem, Dona Isabela? — perguntou Marta, preocupada. — Tudo sim, Marta. Não é nada — respondeu Isabela, subindo as escadas apressada. Isabela resolveu mandar uma mensagem para Eduardo. — Eduardo, você conhece alguém chamado Marcelo Ferrari? — perguntou ela, casualmente. Ele respondeu com outra mensagem imediatamente. — Por que você está perguntando sobre ele? — Ele me abordou na festa ontem à noite. Disse que queria falar sobre você — digitou Isabela, começando a ficar nervosa. O telefone tocou, era Eduardo. — Onde você está? — Perguntou em tom muito sério. — Estou em casa, por quê? — Não se envolva com ele, Isabela. Ele é perigoso. Deixe isso comigo — disse ele, em um tom autoritário. Isabela assentiu, mas Eduardo já havia desligado o telefone do outro lado. Isabela não dormiu bem essa noite. Agitada com a reação de Eduardo, e ao mesmo tempo sem conseguir parar de fazer um sorrisinho bobo toda vez que pensava em Leonardo. Ou seja, era um sorrisinho praticamente constante estampado na cara. Eventualmente mergulhou em um sonho maluco onde ela e o belo motorista misterioso fugiam em alta velocidade em uma pista de Mario Kart enquanto mafiosos os perseguiam também em carros, atirando com suas metralhadoras que disparavam cascas de banana. Acordou assustada, mas também divertida, com um sonho tão maluco. Não seria nada mal escapar dessa vida chata com Leonardo… mas a perseguição dos mafiosos ela bem que poderia dispensar, pensou sorrindo dos próprios devaneios.O dia começou tranquilo para Isabela. Ela acordou cedo, determinada a aproveitar a manhã com Leonardo, mas algo na atmosfera parecia diferente. Sentia-se inquieta, como se pressentisse que algo ruim estava para acontecer. Decidiu não deixar que isso a abatesse e se preparou para o dia. Estava uma manhã de sol muito bonita, e ela resolveu que seria uma boa ideia aproveitar o jardim da mansão. Ela poderia meditar sobre os últimos acontecimentos, se acalmar e pensar melhor sobre se deveria tomar algum tipo de atitude em relação à sua vida. — Bom dia, Marta. Vou dar uma volta no jardim — disse Isabela, enquanto terminava de tomar seu café da manhã. — Claro, Dona Isabela. Tenha um bom dia — respondeu Marta, sempre atenciosa, enquanto tirava a louça da mesa. Isabela caminhou pelos corredores da mansão e saiu para o jardim, apreciando a beleza das flores e a tranquilidade do lugar. Ela sempre se sentia mais calma ali, longe das preocupações e tensões do dia a dia. Sentou-se em um banco per
Leonardo observou cuidadosamente o armazém abandonado de sua posição segura. Ele sabia que precisava agir rapidamente e com precisão. Determinado a resgatar Isabela e obter provas contra Ferrari e Eduardo, ele fez um plano. Pegou sua câmera de alta resolução, um microfone direcional e alguns dispositivos de gravação de áudio que sempre mantinha por perto para emergências. Ele se aproximou silenciosamente do armazém, usando a penumbra do local a seu favor. Havia dois guardas do lado de fora, mas Leonardo conseguiu se aproximar despercebido, graças ao seu treinamento e habilidades furtivas. Ele neutralizou os dois, deixando-os desacordados. Rapidamente os amarrou, amordaçou e os deixou em um cantinho discreto. Encontrou uma janela aberta e entrou no edifício por ela sem fazer barulho. Dentro do armazém, ele já havia localizado apenas três indivíduos. Dois capangas e o próprio Marcelo Ferrari. Não seria muito difícil pra ele derrotar os três, mas Isabela estava presente, vulnerável. Ele
Leonardo tinha estacionado o carro em frente a um discreto prédio de apartamentos em um bairro tranquilo. Após o beijo, Isabela, ainda em choque com os eventos recentes, olhou ao redor tentando processar tudo o que havia acontecido. Leonardo abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus toques gentis a confortando.— Vamos entrar. Aqui você estará segura. — Leonardo disse com uma voz calma e protetora.Isabela assentiu, sentindo-se inexplicavelmente segura ao lado dele. Subiram as escadas até o apartamento, e Leonardo abriu a porta, revelando um espaço simples, limpo e muito confortável. Ele a guiou para dentro, fechando a porta atrás deles.— Pode se sentir à vontade aqui. — Ele disse, oferecendo um sorriso reconfortante. — Vou preparar algo para você beber.Isabela olhou ao redor, apreciando a simplicidade e o aconchego do lugar. Era um contraste gritante com a opulência fria de sua casa. Ela se sentou no sofá, tentando acalmar sua mente turbulenta.Leonardo voltou com um copo de
Isabela se aproximou da mansão sozinha, o coração batendo acelerado com a mistura de medo e antecipação. Ela acabara de viver uma das experiências mais aterrorizantes de sua vida, seguida por uma noite de intensa paixão com Leonardo. Agora, precisavam retornar à realidade fria e perigosa da mansão de Eduardo, o marido ciumento e controlador.Leonardo estacionou o carro discretamente longe da vista dos guardas. Eles haviam discutido o plano antes de Isabela sair do carro. Isabela precisava convencer Eduardo de que havia fugido do cativeiro por conta própria, aproveitando a confusão causada por uma invasão ao galpão. Sua aparência suja e os machucados reais ajudariam a tornar a história mais crível.Isabela caminhou em direção à entrada principal da mansão, seus passos hesitantes e o coração pesado. Sabia que uma única falha poderia ser fatal. Ela ajustou a postura e forçou algumas lágrimas nos olhos antes de abrir a porta.Eduardo estava na sala de estar, revisando documentos. Quando o
A rotina de Isabela havia se transformado drasticamente nas últimas semanas. Seu coração estava dividido entre o medo de ser descoberta e a paixão avassaladora que sentia por Leonardo, seu belo e misterioso motorista. Cada dia era uma dança cuidadosa entre a normalidade aparente com Eduardo e os encontros furtivos com Leonardo, que preenchiam seu coração com uma alegria e adrenalina que ela nunca havia experimentado antes.A manhã estava clara e ensolarada quando Isabela desceu as escadas da mansão, pronta para mais uma de suas "atividades terapêuticas". Ela vestia roupas esportivas elegantes, adequadas para a suposta aula de ioga que supostamente frequentava, mas que na verdade serviam apenas como pretexto para suas escapadas. Eduardo estava no escritório, absorto em seus negócios, como sempre.— Bom dia, querido. — Isabela disse, mantendo a voz calma e casual.— Bom dia, Isabela. — Eduardo respondeu, sem tirar os olhos dos papéis à sua frente. — Onde vai hoje?— Tenho uma aula de io
Isabela dormiu até mais tarde e acordou com uma determinação renovada. Sabia que precisava descobrir mais sobre os segredos de Eduardo e se preparar para qualquer eventualidade. Isabela tinha que aproveitar que Eduardo mais uma vez estava ausente, pra vasculhar as gavetas do escritório. Ela evitava que Marta ou algum outro funcionário da casa percebesse suas investigações, pois não queria envolver nenhum deles em qualquer tipo de risco. Eduardo não era um homem que perdoasse traições. Não encontrou nada. A tarde chegou e, com ela, uma mensagem de Leonardo: "Encontre-me no jardim às 17h." Ela passou o dia tentando agir normalmente, mas a ansiedade corroía por dentro. Isabela aproveitou que Marta estava ocupada com os afazeres domésticos e saiu discretamente para o jardim. Encontrou Leonardo perto da fonte, onde a água caía suavemente, criando um ambiente calmo e isolado. — Leonardo, precisamos ser rápidos. Marta pode notar minha ausência — disse Isabela, olhando ao redor. E
Isabela estava esperando uma nova oportunidade para pegar os documentos que incriminariam Eduardo e finalmente se ver livre do seu marido perigoso. A tensão na mansão era palpável, mas a paixão que crescia entre ela e Leonardo parecia ofuscar qualquer noção de perigo. Cada encontro entre os dois era um misto de desejo e adrenalina, e Isabela sentia-se cada vez mais envolvida por ele. Seu coração batia mais rápido quando o via, e o mundo ao seu redor parecia desaparecer. Ela sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não conseguia se afastar de Leonardo. O que começou como uma simples atração evoluiu para algo mais profundo, e ela não podia mais negar que estava completamente apaixonada por ele. Leonardo também parecia correspondê-la, e essa certeza fazia Isabela flutuar em uma nuvem de felicidade que não sentia há muito tempo, talvez nunca.Cega de amor, Isabela começou a ficar descuidada. Ela se encontrava com Leonardo em locais menos discretos, não se preocupava tanto em manter
Isabela acordou lentamente, sentindo-se desorientada. A luz suave do sol entrava pelas cortinas do quarto, e ela percebeu que estava de volta à mansão. Eduardo estava sentado ao seu lado, segurando sua mão com uma expressão que misturava preocupação e raiva.— Isabela, você está bem? — perguntou ele, seu tom de voz controlado, tentando disfarçar o que sentia.Isabela piscou algumas vezes, tentando organizar seus pensamentos. As lembranças da noite anterior voltaram à sua mente em uma enxurrada confusa: o sequestro, o resgate por Leonardo, a revelação de que ele era um agente secreto.— Eu... acho que sim. Só estou um pouco tonta — respondeu ela, tentando se sentar.Eduardo ajudou-a a se acomodar melhor na cama, mas sua expressão rapidamente mudou para uma de seriedade.— Você precisa me contar o que aconteceu, Isabela. Me conte de novo como você conseguiu escapar de Ferrari — perguntou ele, com um tom de urgência.Isabela sentiu um nó se formar em seu estômago. Não podia revelar a ver