Capítulo 4: Um date?

Leonardo estacionou o carro perto do café e saiu rapidamente para abrir a porta para Isabela. Ela desceu do carro com um sorriso agradecido, apreciando o gesto cavalheiresco. Caminharam juntos até o café, e Isabela escolheu uma mesa em um canto tranquilo, longe dos olhares curiosos. A manhã estava clara e fresca, e Leonardo achou que o ambiente acolhedor do café parecia o lugar perfeito para relaxar e conversar.

— Sente-se, Leonardo. Vamos tomar um café juntos — disse Isabela, indicando a cadeira em frente à sua.

Leonardo hesitou por um momento, mas decidiu aceitar o convite. Sentou-se, tentando parecer profissional, mas sentindo-se bem mais à vontade fora dos muros da mansão.

— O que vai querer, Isabela? — perguntou ele, sorrindo levemente.

— Acho que vou querer um cappuccino. E você? — respondeu ela, pegando o cardápio.

— Vou de expresso duplo — disse Leonardo, tentando esconder como ela era encantadora quando estava sorrindo.

Enquanto esperavam pelo pedido, Isabela olhou ao redor, sentindo-se feliz por se sentir anônima. Era raro ter momentos como aquele, longe das pressões e olhares críticos.

— Leonardo, você me falou sobre aquele homem ontem à noite. Pode me contar mais sobre ele? — perguntou Isabela, mantendo um tom casual, mas claramente interessada.

Leonardo suspirou, tomando um gole de água antes de responder. Não era o tipo de encontro que ele tinha imaginado.

— Claro, Isabela. O nome dele é Marcelo Ferrari. Tem muitos contatos poderosos e é conhecido por seus negócios sujos. É realmente perigoso, e o fato de ele ter se aproximado de você me preocupa — disse ele, com seriedade.

Isabela franziu a testa, tentando absorver as informações. Ela sentia um misto de medo e curiosidade.

— Mas por que ele estaria interessado em mim ou em Eduardo? — perguntou ela, mais para si mesma do que para Leonardo.

— Essa é a questão. Ele não se aproxima de pessoas sem um motivo — respondeu Leonardo, observando atentamente a expressão de Isabela.

Os cafés chegaram, e por um momento, os dois se concentraram em saborear as bebidas. A atmosfera descontraída do café parecia contrastar com a seriedade da conversa. Isabela resolveu mudar de assunto e aproveitar o momento.

— Sabe, Leonardo, você é a primeira pessoa com quem eu realmente me sinto à vontade para conversar em muito tempo. — confessou Isabela, quebrando o silêncio.

Leonardo sorriu, sentindo-se acalmado pelas palavras dela.

— Eu também me sinto assim. Às vezes, é difícil encontrar alguém com quem possamos ser nós mesmos — disse ele, um pouco sem jeito, mas com bastante sinceridade.

A conversa fluiu naturalmente. Isabela descobriu que Leonardo tinha uma paixão por fotografia e que já havia viajado para muitos lugares, capturando momentos especiais através de suas lentes.

— Você parece ter vivido muitas coisas interessantes. Deve ter muitas histórias para contar — disse Isabela, animada.

— Tenho algumas, sim. Mas acho que cada pessoa tem suas próprias aventuras e desafios. A vida é feita dessas pequenas histórias que nos moldam — respondeu Leonardo, pensativo.

— Leonardo, posso te fazer uma pergunta pessoal? — perguntou ela, hesitante.

— Claro, Isabela. Pergunte o que quiser — respondeu ele, encorajando-a.

— Você tem alguém especial na sua vida? — perguntou ela, tentando parecer casual, mas claramente curiosa.

Leonardo hesitou por um momento antes de responder.

— Não, não tenho ninguém no momento. Minha vida tem sido muito focada no trabalho e nas mudanças. É difícil manter relacionamentos quando estamos sempre em movimento — disse ele, com um sorriso triste.

Isabela sentiu um aperto no coração ao ouvir isso. Ela sabia como era se sentir sozinha, mesmo cercada de pessoas.

Isabela se sentia muito atraída por aquele homem. Ela o conhecia há pouco tempo, mas estavam passando bastante tempo juntos e ela sentia como se se conhecessem há muito tempo.

O tempo passou rapidamente, e logo perceberam que precisavam voltar para a mansão. Isabela pagou a conta e os dois saíram do café, caminhando lado a lado até o carro. O trajeto de volta foi tranquilo, com ambos refletindo sobre a manhã que passaram juntos.

Quando chegaram à mansão, Leonardo abriu a porta do carro para Isabela, e ela saiu ainda pensativa. Ele a segurou pela mão, sentindo seu coração apertado.

— Isabela, se precisar de qualquer coisa, estarei aqui — disse ele, antes que ela entrasse.

— Eu sei, Leonardo. E agradeço por isso — respondeu ela, com um sorriso.

Ao entrar na mansão, Isabela foi recebida por Marta, que notou a expressão pensativa em seu rosto.

— Tudo bem, Dona Isabela? — perguntou Marta, preocupada.

— Tudo sim, Marta. Não é nada — respondeu Isabela, subindo as escadas apressada.

Isabela resolveu mandar uma mensagem para Eduardo.

— Eduardo, você conhece alguém chamado Marcelo Ferrari? — perguntou ela, casualmente.

Ele respondeu com outra mensagem imediatamente.

— Por que você está perguntando sobre ele?

— Ele me abordou na festa ontem à noite. Disse que queria falar sobre você — digitou Isabela, começando a ficar nervosa.

O telefone tocou, era Eduardo.

— Onde você está? — Perguntou em tom muito sério.

— Estou em casa, por quê?

— Não se envolva com ele, Isabela. Ele é perigoso. Deixe isso comigo — disse ele, em um tom autoritário.

Isabela assentiu, mas Eduardo já havia desligado o telefone do outro lado.

Isabela não dormiu bem essa noite. Agitada com a reação de Eduardo, e ao mesmo tempo sem conseguir parar de fazer um sorrisinho bobo toda vez que pensava em Leonardo. Ou seja, era um sorrisinho praticamente constante estampado na cara. Eventualmente mergulhou em um sonho maluco onde ela e o belo motorista misterioso fugiam em alta velocidade em uma pista de Mario Kart enquanto mafiosos os perseguiam também em carros, atirando com suas metralhadoras que disparavam cascas de banana. Acordou assustada, mas também divertida, com um sonho tão maluco. Não seria nada mal escapar dessa vida chata com Leonardo… mas a perseguição dos mafiosos ela bem que poderia dispensar, pensou sorrindo dos próprios devaneios.

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