O dia começou tranquilo para Isabela. Ela acordou cedo, determinada a aproveitar a manhã com Leonardo, mas algo na atmosfera parecia diferente. Sentia-se inquieta, como se pressentisse que algo ruim estava para acontecer. Decidiu não deixar que isso a abatesse e se preparou para o dia. Estava uma manhã de sol muito bonita, e ela resolveu que seria uma boa ideia aproveitar o jardim da mansão. Ela poderia meditar sobre os últimos acontecimentos, se acalmar e pensar melhor sobre se deveria tomar algum tipo de atitude em relação à sua vida.
— Bom dia, Marta. Vou dar uma volta no jardim — disse Isabela, enquanto terminava de tomar seu café da manhã. — Claro, Dona Isabela. Tenha um bom dia — respondeu Marta, sempre atenciosa, enquanto tirava a louça da mesa. Isabela caminhou pelos corredores da mansão e saiu para o jardim, apreciando a beleza das flores e a tranquilidade do lugar. Ela sempre se sentia mais calma ali, longe das preocupações e tensões do dia a dia. Sentou-se em um banco perto da fonte, observando os peixes nadando na água cristalina enquanto sentia os raios de sol aquecendo seu corpo. Enquanto isso, Leonardo estava na garagem, cuidando dos carros e verificando alguns detalhes de segurança. Ele sabia que Isabela estava no jardim no jardim, ele tinha verificado pelas cameras de segurança, mas decidiu dar-lhe um pouco de privacidade. Isabela fechou os olhos por um momento, sentindo a brisa suave no rosto. Foi então que sentiu uma presença estranha. Abriu os olhos e viu um homem alto e forte, mascarado, se aproximando rapidamente. Antes que pudesse reagir, ele a agarrou com força. — O que você está fazendo? Me solte! — exclamou Isabela, se debatendo, tentando se soltar. — Fique quieta e venha comigo, senhora Bianchini. Não queremos causar uma cena aqui! Venha comigo, ninguém precisa se machucar nessa manhã de sol— disse o homem, puxando-a em direção ao portão lateral. Isabela tentou lutar, mas o homem era muito forte. Ele a arrastou com facilidade e rapidez para fora da mansão, onde um carro preto esperava. A empurrando para dentro do veículo, o homem mascarado entrou e o carro saiu em alta velocidade. Leonardo terminou suas tarefas na garagem e decidiu verificar as câmeras de segurança mais uma vez, só para garantir que tudo estava em ordem. Foi então que percebeu algo estranho. Isabela não estava mais no jardim. Rewindiando as imagens, viu o momento em que ela foi sequestrada. A raiva tomou conta dele ao perceber que Isabela tinha sido sequestrada embaixo do seu nariz. — Malditos! Mas que droga, como pude ser tão descuidado! Aposto que Ferrari está envolvido nisso. Sinto seu cheiro de longe! Eu prometo que vou encontrá-la, Isabela. Não vou descansar até que você esteja segura — murmurou Leonardo para si mesmo, determinado. Isabela, por sua vez, estava apavorada no carro. O homem mascarado não dizia uma palavra, apenas dirigia em alta velocidade. Após um tempo que pareceu uma eternidade, o carro parou em frente a um armazém abandonado. O homem a puxou para fora do carro com violência e a levou para dentro, arrastando-a pelo braço. Lá, Isabela foi colocada em uma cadeira e amarrada. O medo e a adrenalina a mantinham alerta, tentando entender o que estava acontecendo. Estava escuro, mas logo sua visão se acostumou à penumbra e ela pode observar o local. Haviam dois homens vestidos todos de preto e mascarados. Após alguns minutos, um terceiro homem entrou na sala. Era Marcelo Ferrari. O mesmo que a havia abordado na festa e que ela tinha visto ao lado do seu marido na matéria do jornal. — Senhora Bianchini, que prazer revê-la. Espero que finalmente a senhora tenha um tempinho para conversarmos — disse Ferrari, com um sorriso sinistro em seu rosto. — O que você quer de mim? Por que me trouxe aqui? — perguntou Isabela, tentando manter a voz firme. — Seu marido, Eduardo, e eu temos alguns desentendimentos a resolver. Pensei que você poderia ser uma ótima forma de chamar a atenção dele — disse Ferrari, casualmente. Isabela sentiu um calafrio ao ouvir aquelas palavras. Eduardo estava envolvido em negócios ilegais, e ela era apenas uma peça em um jogo de vingança. — Eduardo sempre foi bom em esconder seus segredos, não é mesmo? — continuou Ferrari. — Ele fez fortuna com negócios sujos e traições. E agora, ele precisa pagar por isso. Isabela estava atordoada com as revelações. Ela sabia que Eduardo não era um santo, mas não imaginava a extensão de suas atividades criminosas. Enquanto isso, Leonardo estava em seu carro, dirigindo freneticamente pela cidade, tentando encontrar pistas sobre o paradeiro de Isabela. Ele sabia que precisava agir rapidamente. Decidiu procurar informações nos contatos que tinha na cidade, informantes e infiltrados da polícia que poderiam ajudá-lo. Passaram-se horas, e Isabela continuava amarrada, ouvindo as ameaças e revelações de Ferrari. Ela tentou manter a calma, mas o medo era avassalador. — Não se preocupe, senhora Bianchini. Vou cuidar bem de você até que Eduardo decida aparecer — disse Ferrari, com um sorriso frio e um brilho malicioso em seus olhos que fez um calafrio percorrer a espinha de Isabela. Leonardo conseguiu reunir algumas informações valiosas sobre os possíveis esconderijos de Ferrari e acabou conseguindo encontrar o galpão abandonado. Ele se preparou para invadir o local sozinho, decidido a resgatar Isabela custasse o que custasse e, ao mesmo tempo, tentar obter provas que incriminassem tanto Ferrari quanto Eduardo. Chegando ao armazém abandonado, Leonardo observou de longe, planejando seu próximo movimento. Ele sabia que a situação era perigosa, mas estava determinado a salvar Isabela e expor a verdade. Enquanto isso, dentro do armazém, Isabela continuava a lutar contra o medo e a desesperança. Ela sabia que tinha que ser forte, esperava que alguém viria para salvá-la. Secretamente ela desejava que fosse Leonardo, mesmo achando difícil que um motorista pudesse fazer alguma coisa contra bandidos perigosos… Mas se apegou a esse pensamento, e com essa esperança, ela manteve sua mente focada, esperando o momento de sua libertação. Leonardo se preparou para a ação, ciente dos riscos, mas determinado a proteger Isabela a qualquer custo. Ele sabia que aquela missão não seria nada fácil, mas estava disposto até a se sacrificar por elaLeonardo observou cuidadosamente o armazém abandonado de sua posição segura. Ele sabia que precisava agir rapidamente e com precisão. Determinado a resgatar Isabela e obter provas contra Ferrari e Eduardo, ele fez um plano. Pegou sua câmera de alta resolução, um microfone direcional e alguns dispositivos de gravação de áudio que sempre mantinha por perto para emergências. Ele se aproximou silenciosamente do armazém, usando a penumbra do local a seu favor. Havia dois guardas do lado de fora, mas Leonardo conseguiu se aproximar despercebido, graças ao seu treinamento e habilidades furtivas. Ele neutralizou os dois, deixando-os desacordados. Rapidamente os amarrou, amordaçou e os deixou em um cantinho discreto. Encontrou uma janela aberta e entrou no edifício por ela sem fazer barulho. Dentro do armazém, ele já havia localizado apenas três indivíduos. Dois capangas e o próprio Marcelo Ferrari. Não seria muito difícil pra ele derrotar os três, mas Isabela estava presente, vulnerável. Ele
Leonardo tinha estacionado o carro em frente a um discreto prédio de apartamentos em um bairro tranquilo. Após o beijo, Isabela, ainda em choque com os eventos recentes, olhou ao redor tentando processar tudo o que havia acontecido. Leonardo abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus toques gentis a confortando.— Vamos entrar. Aqui você estará segura. — Leonardo disse com uma voz calma e protetora.Isabela assentiu, sentindo-se inexplicavelmente segura ao lado dele. Subiram as escadas até o apartamento, e Leonardo abriu a porta, revelando um espaço simples, limpo e muito confortável. Ele a guiou para dentro, fechando a porta atrás deles.— Pode se sentir à vontade aqui. — Ele disse, oferecendo um sorriso reconfortante. — Vou preparar algo para você beber.Isabela olhou ao redor, apreciando a simplicidade e o aconchego do lugar. Era um contraste gritante com a opulência fria de sua casa. Ela se sentou no sofá, tentando acalmar sua mente turbulenta.Leonardo voltou com um copo de
Isabela se aproximou da mansão sozinha, o coração batendo acelerado com a mistura de medo e antecipação. Ela acabara de viver uma das experiências mais aterrorizantes de sua vida, seguida por uma noite de intensa paixão com Leonardo. Agora, precisavam retornar à realidade fria e perigosa da mansão de Eduardo, o marido ciumento e controlador.Leonardo estacionou o carro discretamente longe da vista dos guardas. Eles haviam discutido o plano antes de Isabela sair do carro. Isabela precisava convencer Eduardo de que havia fugido do cativeiro por conta própria, aproveitando a confusão causada por uma invasão ao galpão. Sua aparência suja e os machucados reais ajudariam a tornar a história mais crível.Isabela caminhou em direção à entrada principal da mansão, seus passos hesitantes e o coração pesado. Sabia que uma única falha poderia ser fatal. Ela ajustou a postura e forçou algumas lágrimas nos olhos antes de abrir a porta.Eduardo estava na sala de estar, revisando documentos. Quando o
A rotina de Isabela havia se transformado drasticamente nas últimas semanas. Seu coração estava dividido entre o medo de ser descoberta e a paixão avassaladora que sentia por Leonardo, seu belo e misterioso motorista. Cada dia era uma dança cuidadosa entre a normalidade aparente com Eduardo e os encontros furtivos com Leonardo, que preenchiam seu coração com uma alegria e adrenalina que ela nunca havia experimentado antes.A manhã estava clara e ensolarada quando Isabela desceu as escadas da mansão, pronta para mais uma de suas "atividades terapêuticas". Ela vestia roupas esportivas elegantes, adequadas para a suposta aula de ioga que supostamente frequentava, mas que na verdade serviam apenas como pretexto para suas escapadas. Eduardo estava no escritório, absorto em seus negócios, como sempre.— Bom dia, querido. — Isabela disse, mantendo a voz calma e casual.— Bom dia, Isabela. — Eduardo respondeu, sem tirar os olhos dos papéis à sua frente. — Onde vai hoje?— Tenho uma aula de io
Isabela dormiu até mais tarde e acordou com uma determinação renovada. Sabia que precisava descobrir mais sobre os segredos de Eduardo e se preparar para qualquer eventualidade. Isabela tinha que aproveitar que Eduardo mais uma vez estava ausente, pra vasculhar as gavetas do escritório. Ela evitava que Marta ou algum outro funcionário da casa percebesse suas investigações, pois não queria envolver nenhum deles em qualquer tipo de risco. Eduardo não era um homem que perdoasse traições. Não encontrou nada. A tarde chegou e, com ela, uma mensagem de Leonardo: "Encontre-me no jardim às 17h." Ela passou o dia tentando agir normalmente, mas a ansiedade corroía por dentro. Isabela aproveitou que Marta estava ocupada com os afazeres domésticos e saiu discretamente para o jardim. Encontrou Leonardo perto da fonte, onde a água caía suavemente, criando um ambiente calmo e isolado. — Leonardo, precisamos ser rápidos. Marta pode notar minha ausência — disse Isabela, olhando ao redor. E
Isabela estava esperando uma nova oportunidade para pegar os documentos que incriminariam Eduardo e finalmente se ver livre do seu marido perigoso. A tensão na mansão era palpável, mas a paixão que crescia entre ela e Leonardo parecia ofuscar qualquer noção de perigo. Cada encontro entre os dois era um misto de desejo e adrenalina, e Isabela sentia-se cada vez mais envolvida por ele. Seu coração batia mais rápido quando o via, e o mundo ao seu redor parecia desaparecer. Ela sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não conseguia se afastar de Leonardo. O que começou como uma simples atração evoluiu para algo mais profundo, e ela não podia mais negar que estava completamente apaixonada por ele. Leonardo também parecia correspondê-la, e essa certeza fazia Isabela flutuar em uma nuvem de felicidade que não sentia há muito tempo, talvez nunca.Cega de amor, Isabela começou a ficar descuidada. Ela se encontrava com Leonardo em locais menos discretos, não se preocupava tanto em manter
Isabela acordou lentamente, sentindo-se desorientada. A luz suave do sol entrava pelas cortinas do quarto, e ela percebeu que estava de volta à mansão. Eduardo estava sentado ao seu lado, segurando sua mão com uma expressão que misturava preocupação e raiva.— Isabela, você está bem? — perguntou ele, seu tom de voz controlado, tentando disfarçar o que sentia.Isabela piscou algumas vezes, tentando organizar seus pensamentos. As lembranças da noite anterior voltaram à sua mente em uma enxurrada confusa: o sequestro, o resgate por Leonardo, a revelação de que ele era um agente secreto.— Eu... acho que sim. Só estou um pouco tonta — respondeu ela, tentando se sentar.Eduardo ajudou-a a se acomodar melhor na cama, mas sua expressão rapidamente mudou para uma de seriedade.— Você precisa me contar o que aconteceu, Isabela. Me conte de novo como você conseguiu escapar de Ferrari — perguntou ele, com um tom de urgência.Isabela sentiu um nó se formar em seu estômago. Não podia revelar a ver
Os dias seguintes foram repletos de tensão. Cada movimento de Isabela era monitorado de perto por Eduardo, cujas suspeitas só aumentavam. Na manhã de uma segunda-feira, Isabela acordou cedo e desceu para o café da manhã, tentando agir normalmente. Eduardo já estava na mesa, lendo o jornal com uma expressão fechada.— Bom dia, Eduardo — disse ela, sentando-se.— Bom dia, Isabela — respondeu ele, sem levantar os olhos do jornal.O silêncio entre eles era palpável. Isabela sentiu o peso das mentiras e dos segredos que carregava. Após o café, Isabela tentava disfarçar sua preocupação, mas a tensão era visível em seu rosto. Sabia que a qualquer momento, Eduardo poderia descobrir o plano e tomar medidas drásticas.— Isabela, você está inquieta. Algo a incomoda? — perguntou Eduardo,— Não, Eduardo. Apenas planejando meu dia. Está tudo bem — respondeu ela, tentando sorrir.Eduardo não parecia convencido, mas não insistiu.Finalmente, o dia ideal para colocar o plano em andamento chegou. Isabel