A rotina de Isabela havia se transformado drasticamente nas últimas semanas. Seu coração estava dividido entre o medo de ser descoberta e a paixão avassaladora que sentia por Leonardo, seu belo e misterioso motorista. Cada dia era uma dança cuidadosa entre a normalidade aparente com Eduardo e os encontros furtivos com Leonardo, que preenchiam seu coração com uma alegria e adrenalina que ela nunca havia experimentado antes.A manhã estava clara e ensolarada quando Isabela desceu as escadas da mansão, pronta para mais uma de suas "atividades terapêuticas". Ela vestia roupas esportivas elegantes, adequadas para a suposta aula de ioga que supostamente frequentava, mas que na verdade serviam apenas como pretexto para suas escapadas. Eduardo estava no escritório, absorto em seus negócios, como sempre.— Bom dia, querido. — Isabela disse, mantendo a voz calma e casual.— Bom dia, Isabela. — Eduardo respondeu, sem tirar os olhos dos papéis à sua frente. — Onde vai hoje?— Tenho uma aula de io
Isabela dormiu até mais tarde e acordou com uma determinação renovada. Sabia que precisava descobrir mais sobre os segredos de Eduardo e se preparar para qualquer eventualidade. Isabela tinha que aproveitar que Eduardo mais uma vez estava ausente, pra vasculhar as gavetas do escritório. Ela evitava que Marta ou algum outro funcionário da casa percebesse suas investigações, pois não queria envolver nenhum deles em qualquer tipo de risco. Eduardo não era um homem que perdoasse traições. Não encontrou nada. A tarde chegou e, com ela, uma mensagem de Leonardo: "Encontre-me no jardim às 17h." Ela passou o dia tentando agir normalmente, mas a ansiedade corroía por dentro. Isabela aproveitou que Marta estava ocupada com os afazeres domésticos e saiu discretamente para o jardim. Encontrou Leonardo perto da fonte, onde a água caía suavemente, criando um ambiente calmo e isolado. — Leonardo, precisamos ser rápidos. Marta pode notar minha ausência — disse Isabela, olhando ao redor. E
Isabela estava esperando uma nova oportunidade para pegar os documentos que incriminariam Eduardo e finalmente se ver livre do seu marido perigoso. A tensão na mansão era palpável, mas a paixão que crescia entre ela e Leonardo parecia ofuscar qualquer noção de perigo. Cada encontro entre os dois era um misto de desejo e adrenalina, e Isabela sentia-se cada vez mais envolvida por ele. Seu coração batia mais rápido quando o via, e o mundo ao seu redor parecia desaparecer. Ela sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não conseguia se afastar de Leonardo. O que começou como uma simples atração evoluiu para algo mais profundo, e ela não podia mais negar que estava completamente apaixonada por ele. Leonardo também parecia correspondê-la, e essa certeza fazia Isabela flutuar em uma nuvem de felicidade que não sentia há muito tempo, talvez nunca.Cega de amor, Isabela começou a ficar descuidada. Ela se encontrava com Leonardo em locais menos discretos, não se preocupava tanto em manter
Isabela acordou lentamente, sentindo-se desorientada. A luz suave do sol entrava pelas cortinas do quarto, e ela percebeu que estava de volta à mansão. Eduardo estava sentado ao seu lado, segurando sua mão com uma expressão que misturava preocupação e raiva.— Isabela, você está bem? — perguntou ele, seu tom de voz controlado, tentando disfarçar o que sentia.Isabela piscou algumas vezes, tentando organizar seus pensamentos. As lembranças da noite anterior voltaram à sua mente em uma enxurrada confusa: o sequestro, o resgate por Leonardo, a revelação de que ele era um agente secreto.— Eu... acho que sim. Só estou um pouco tonta — respondeu ela, tentando se sentar.Eduardo ajudou-a a se acomodar melhor na cama, mas sua expressão rapidamente mudou para uma de seriedade.— Você precisa me contar o que aconteceu, Isabela. Me conte de novo como você conseguiu escapar de Ferrari — perguntou ele, com um tom de urgência.Isabela sentiu um nó se formar em seu estômago. Não podia revelar a ver
Os dias seguintes foram repletos de tensão. Cada movimento de Isabela era monitorado de perto por Eduardo, cujas suspeitas só aumentavam. Na manhã de uma segunda-feira, Isabela acordou cedo e desceu para o café da manhã, tentando agir normalmente. Eduardo já estava na mesa, lendo o jornal com uma expressão fechada.— Bom dia, Eduardo — disse ela, sentando-se.— Bom dia, Isabela — respondeu ele, sem levantar os olhos do jornal.O silêncio entre eles era palpável. Isabela sentiu o peso das mentiras e dos segredos que carregava. Após o café, Isabela tentava disfarçar sua preocupação, mas a tensão era visível em seu rosto. Sabia que a qualquer momento, Eduardo poderia descobrir o plano e tomar medidas drásticas.— Isabela, você está inquieta. Algo a incomoda? — perguntou Eduardo,— Não, Eduardo. Apenas planejando meu dia. Está tudo bem — respondeu ela, tentando sorrir.Eduardo não parecia convencido, mas não insistiu.Finalmente, o dia ideal para colocar o plano em andamento chegou. Isabel
Isabela respirou fundo assim que o carro passou pelo portão de madeira desgastado que demarcava a entrada do sítio. O motor do veículo silenciou, e tudo o que se ouvia agora era o som suave do vento entre as árvores e o canto dos pássaros ao longe. Leonardo, ao seu lado, observava-a em silêncio, permitindo que ela absorvesse a atmosfera daquele lugar. Isabela ainda sentia o peso dos últimos acontecimentos em seus ombros. As lembranças vinham em flashes: Eduardo, o marido frio e calculista; Leonardo, o homem por quem ela se apaixonara, mas que guardava tantos segredos; e o terror de ser sequestrada por um bandido que rivalizava com seu marido. Tudo parecia distante agora, mas a tensão ainda a acompanhava, como uma sombra persistente.Ela abriu a porta do carro e desceu, sentindo a terra macia sob os pés. O ar ali era diferente, mais puro, carregado com o aroma das flores e da grama molhada pelo orvalho matinal. O sítio se estendia diante dela como um quadro pintado à mão, cada detalhe
Naquela semana, Isabela e Leonardo vivenciaram um amor que parecia fluir naturalmente com a tranquilidade do sítio. A cada dia que passava, a conexão entre eles se fortalecia, como se o ambiente ao redor fosse uma extensão de seus sentimentos.No primeiro dia, logo ao amanhecer, Isabela despertou com o som suave dos pássaros cantando na janela. O sol entrava delicadamente pela cortina, banhando o quarto em uma luz suave. Leonardo, ao seu lado, ainda estava adormecido, o rosto sereno. Isabela, com o coração aquecido, aproximou-se dele e, sem resistir, tocou suavemente seus lábios nos dele, um beijo leve que o fez abrir os olhos devagar."Bom dia," ela sussurrou, os olhos brilhando de amor.Leonardo sorriu, envolvendo-a em seus braços. "Bom dia, meu amor."Eles passaram alguns minutos em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. O calor dos corpos juntos, a textura suave dos lençóis contra a pele, tudo contribuía para a sensação de intimidade que pairava entre eles. Isabela
A manhã estava quente e ensolarada quando Isabela se levantou da cama, os raios de sol entrando pela janela de seu quarto espaçoso. Ela suspirou ao lembrar das discussões da noite anterior com Eduardo. O casamento, que um dia foi repleto de promessas e sonhos, havia se transformado em um campo minado de ressentimentos e controle. Eduardo, o bilionário controlador, não era mais o homem carismático por quem ela se apaixonara. Virou-se na cama, tentando encontrar uma posição mais confortável, mas sabia que não era o colchão de luxo que a incomodava. Era o vazio ao seu lado, onde Eduardo deveria estar.Ela olhou a foto dos dois na cabeceira da cama, lembrando-se dos primeiros dias de seu casamento. Cinco anos atrás, quando conheceu Eduardo, tudo parecia perfeito. Ela era jovem e cheia de sonhos, mas a realidade era dura. Sua mãe estava gravemente doente, e as despesas médicas eram exorbitantes. Foi então que Eduardo entrou em sua vida, um homem rico, mais velho, porém bonito e, no início,