Eu ainda não conseguia acreditar, no que tinha acabado de acontecer.
Sessenta mil! Era impossível conter o sorriso que estava em meu rosto. Eu realmente valia muito a pena.
— Boa noite senhor. — digo, com uma voz suave. — Me acompanhe, por favor.
Estico minha mão para ele. Liam termina com o líquido do copo, o coloca em cima de uma bandeja e então pega em minha mão, deixando-me conduzí-lo para o segundo andar.
Estava um pouco nervosa. E isso nunca aconteceu. Talvez seja, porque essa é a primeira vez que eu realmente me interesso por um cliente.
A minha mão estava começando a suar e eu ficando ligeiramente constrangida. Afinal, estávamos de mãos dadas.
Assim que entramos no meu quarto, solto sua mão e passo-as pelo corpete.
— Fica à vontade. — digo.
Fecho a porta e passo a chave. Viro-me para ele, que observava o meu quarto.
— Quer alguma bebida? Posso...
— Não.
A voz dele é grossa e firme.
— Como é seu nome?
Ele falou tão rápido, que foi difícil entender.
— Tiffany.
— Seu nome verdadeiro.
Tento não me abalar e repito:
—Tiffany!
Liam levanta as sobrancelhas rapidamente e solta uma risada irônica.
— Irei fingir que você não está mentindo.
— Veio aqui para falar ou transar? Garanto que faço você ficar sem palavras muito fácil.
Ele ri.
— Ok.
Observo Liam tirar o paletó e o jogar em cima da cadeira que havia ali. Ele tira a blusa branca de dentro da calça e deixa os braços caírem.
— Vai ficar só assistindo? — pergunta. — Ou vai me ajudar a tirar?
Todo meu nervosismo e princípio de raiva por ele ter cismado com meu nome, passou. Agora eu estava me sentindo seduzida por aquele homem tão intrigante.
Seus lábios eram rosados e eu estava com muita vontade de mordê-los. O cabelo castanho, tinha um corte estiloso e bem juvenil. Eu já conseguia sentir o meu pescoço formigando com o roçar daquela barba. Seu olhar sobre mim, enquanto abria os botões da camisa branca, era de puro desejo. Ele me queria. E eu também o queria.
Retiro os sapatos, ficando automaticamente mais baixa. Aproximo-me e coloco minhas mãos sobre as dele. Nossos olhos estavam fixos um no outro, e eles não se desviavam por nada. Quando os botões estão abertos, passo minhas mãos pelo seu corpo, de baixo para cima. Empurro sua blusa pelos ombros, deixando-a cair no chão.
Liam ergue a mão e eu fecho os olhos. Sinto o coque afrouxar e logo meus cabelos estão soltos. Viro- me e puxo o meu cabelo para o lado. O meu desejo repentino de ter aquela barba no meu pescoço, é rapidamente atendido, quando ele raspa seus lábios por ali.
Eu nunca tinha me excitado antes. Cada homem que eu levava para o meu quarto, era de forma profissional, onde eu apenas me importava em fazer com que eles se aliviassem e me deixasse em paz. Mas ele... meu Deus! Só com aqueles beijos no meu pescoço, eu já sentia a minha intimidade vibrar e implorar para acelerar tudo.
Os fios do meu corpete são puxados bem lentamente. A cada fio puxado, era um beijo depositado na pele nua do meu pescoço. O corpete logo fica solto e Liam o deixa cair. Suas mãos tocam a minha cintura e ele me gira bem devagar.
— Posso beijar você? — pergunta novamente com o olhar fixo no meu.
A maioria dos deles não beijavam. Pelo fato de alguns serem casados, eles consideravam traição, o ato do beijo. Dizem ser algo muito sentimental.
Fico na ponta dos pés, colando meus lábios nos dele. Ele chupa meu lábio inferior com vontade e logo faz sua língua invadir a minha boca. Enquanto nossas línguas se conheciam, e travavam uma guerra, levo minhas mãos até o botão da sua calça social. Abro-a e seguro dos dois lados, puxando o máximo que posso para baixo.
Mordo seu lábio, quando ele faz menção de parar o beijo.
— Você beija bem.
Não respondo.
Passo meus dedos pela barra da cueca dele, mas ele segura meus braços.
— Não. — diz. — Deita na cama.
Faço o que ele diz.
Deito-me e mantenho minhas pernas abaixadas. Observo-o retirar as calças por completo e logo depois a cueca preta.
Nessa minha profissão, eu já havia visto vários pênis. De vários tamanhos e grossuras. Mas o de Liam tinha o formato e tamanho perfeito, que me deixava com água na boca. Eu estava maluca para chupá-lo até dizer chega.
Ele se aproxima da cama e passa as mãos pelas minhas pernas. Liam tira as duas meias que eu vestia bem devagar. Depois ele pega na barra da minha saia, junto com a calcinha, querendo retirar as duas. Ergo meu quadril, para que ele possa fazer o que deseja.
Ter as mãos dele me tocando era mais um incentivo para a minha lubrificação. Se só olhá-lo já me deixava excitada, o seu toque ajudava cada vez mais.
Quando estamos completamente nus, Liam fica ao pé da cama, me observando. Acho que deve ter passado uns cinco minutos assim, com ele me observando. Sua ereção crescendo. Minha intimidade pegando fogo.
Liam finalmente se mexe e anda até a mesinha que ficava ao lado da cama. Ele abre a gaveta e retira uma caixa de camisinhas.
Será que ele pretende usar tudo isso hoje?
Pensar aquilo só me deixava mais maluca. Meu Deus, o que está havendo comigo?
Ele a coloca em cima da mesinha e fecha a gaveta. O homem vira para mim e me estica a mão. Eu me sento na cama e a pego, ficando rapidamente em pé.
— Quando tenho uma noite difícil, eu gosto de sair para abstrair. — diz. — Hoje eu pretendia apenas beber e ver algumas meninas dançarem. Mas você... quando eu a vi naquele palco, senti que devia estar com você.
Aquelas palavras estavam fazendo meu ego inflar.
Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.
— Eu vou me deitar nessa cama e você vai sentar em mim. Com tudo.
Isso! Eu vou! Você pode ter certeza.
— Quero estar dentro de você. Quero ter você cavalgando em mim.
P**a merda.
Como eu não falava nada, Liam se deita. Seu pênis estava ereto, suculento e a minha espera.
Ele pega uma camisinha e a abre. Observo-o colocar e umedeço meus lábios.
Quando seu amigo maravilhoso está coberto, eu subo na cama. Fico em pé, com as pernas abertas por cima dele. Liam me olhava. Eu me abaixo um pouco e seguro seu membro. Ele fecha os olhos. Aproximo-me mais, e sinto seu pênis na entrada da minha vagina. Fecho os olhos quando estou com tudo aquilo dentro de mim. Solto um pequeno gemido e espalmo minhas mãos em seus peitos. Liam abre os olhos e suas mãos tocam as minhas coxas. Começo a me movimentar. Subo e desço bem devagar, fazendo Liam soltar baixos gemidos.
— Acelera. — Ordena.
Ele agarra meus seios, apertando os meus mamilos. Jogo a cabeça para trás e aumento a velocidade. Eu praticamente pulava em cima dele. Adoro essa posição. Adoro o comando. Adoro estar por cima e arrancar gemidos de alguém.
Mas adorava mais ainda, estar assim com esse homem.
Que homem gostoso!
As vezes ele mexia o quadril para ajudar nos movimentos. Ele ficava irritado quando eu me mexia devagar. Quando noto que ele está perto de chegar ao orgasmo, mexo-me descontroladamente. Ele se senta e agarra nas minhas costas. Liam faz um movimento rápido e me deita na cama. Ele segura meus braços, de cada lado do meu rosto e mete em mim com uma força brutal.
Eu tinha certeza, que meus olhos havia revirados. O prazer era demais. A violência das investidas dele, fazia meu corpo ferver. Estava sentindo uma corrente elétrica percorrer meu corpo. Liam cola nossos lábios e por uma última vez, ele mete em mim com força.
Tenho meu primeiro orgasmo, com o primeiro homem que desejei na minha vida.
Liam solta o peso do seu corpo e ofega em meu pescoço.
— Caralho.
— É. — digo.
Ele sai de dentro de mim e se levanta. Vejo-o tirar a camisinha e jogá-la no lixo.
Eu pensei que ele fosse pegar sua roupa, vesti-la o mais rápido que pudesse e fosse embora. Mas não. Ele fez um movimento com a mão, pedindo para que eu chegasse mais para o canto.
Assim que o faço, ele se deita do meu lado e me puxa. Coloco minhas pernas no meio das suas e deito minha cabeça em seu peito.
— Por quê? — pergunto.
— Não sei.
Eu estava esgotada. Cansada daquele sexo maravilhoso. Fechei meus olhos e sorri.
Não costumo me sentir suja ou com vontade de chorar depois de fazer sexo com um estranho. Aprendi a conviver com isso. Mas hoje, eu finalmente ia dormir feliz, depois de uma noite de sexo.
E que sexo!
Antes que eu pudesse abrir os olhos, já percebia a falta dele na cama. O único rastro de sua presença, era o cheiro do perfume que ainda estava impregnado no travesseiro. Sorrio e passo as mãos pelo meu rosto, relembrando os melhores detalhes da noite passada. Ela havia sido única, maravilhosa e me renderia banhos longos. Pulo da cama e levanto o colchão. Pego a chave do cadeado e vou até o armário. Depois de abrir o pequeno cadeado, retiro uma lingerie, calça jeans e uma blusa de frio. Tranco-o e vou para o banheiro. Só tinha um chuveiro, uma pequena pia com um espelho acima e um vaso sanitário. Coloco minhas roupas em cima do vaso e vou para o chuveiro. Deixo que a água quentinha escorra pelo meu corpo e não mexo um músculo. Estava sentindo umas fisgadas no pescoço. Era como se Liam estivesse por ali, raspando sua barba, enquanto sua mão tocava a minha intimidade. Balanço minha cabeça e arfo. Por que estou pensando nele? Foi apenas um client
Quando voltamos da rua, elas estão falando sobre a noite passada. Chego no exato momento em que falavam de Liam. — O melhor da noite, foi o da Mad. — ergo a cabeça. — Ele pagou sessenta mil! — Grande coisa. — Ninguém paga sessenta mil, atoa. — Luna diz. — Mad tem algo de especial. Sorrio. — Af. Vocês puxam muito o saco dessa garota! — Cíntia exclama. — Ele deve ser retardado. — Ele é maravilhoso. — Eu sei quem ele é. — Carol murmura, comendo a batata em seu prato. —— Liam Evan White. Um baita empresário no ramo da música. Ele agencia uma banda teen. Hm. — Ele é casado? — Gabriella quis saber. — Parece que não. Ele tem apenas vinte e cinco. Se quiser saber alguma coisa sobre alguém que seja bastante famoso e viva na mídia, pergunte à Carolina. Ela conquistou com muito custo, a compra de um notebook. Uma garota de apenas dezenove anos, com seu sonho de poder entrar em uma faculdade e cursa
Eu não conseguia me mexer. Quem diria respirar. Ver aquele homem ali, na minha frente, fazia todo o meu sangue se esvair do meu corpo. Ele matou a minha irmã. Matou a minha pequena Tiffany. — Mad? — Gabi me sacudia. — Vamos sair daqui. Eu nem respondo. Apenas deixo que ela me puxe para longe daquele homem. Caminhamos para o outro lado do salão e eu fico parada ao lado de um poste de pole dance. Gabi diz que vai dar uma passeada, antes que Marta cisme com ela. Olho tudo à minha frente. Eram várias as mesas, com um tecido verde e um desenho de cartas. Em todas elas, havia pelo menos quatro homens. Todos gritavam muito. Boa parte estava bêbado e com uma mulher sentada em sua perna. Eu olhava rosto por rosto em busca dele. Quem sabe ele não gostasse desse tipo de jogo. Mas pelo que eu via, ele não se encontrava hoje. Será que ele volta? — Tiffany? — ergo meu olhar, e olho para Marta. — O que faz parada aí? —
O dia seguinte foi pior. Minha mente insistia em me dizer que eu fui fraca, em ter simplesmente me deitado com o homem que havia matado minha irmã. Mas as opções que me era possíveis, era gritar aos quatro ventos o que havia acontecido e chamava a polícia ou simplesmente fazia o que fiz. Eu tomei um banho de quase uma hora e ainda sentia como se estivesse rolado em todas as sujeiras que existe no mundo. Não podia dizer que horas eram lá fora. Eu não conseguira dormir e muito menos ter forças para sair da cama. Gabriella, Juli e a própria Marta, vieram ao meu encontro milhares de vezes, com perguntas sobre a noite passada. Mas eu não as dizia nada. Parecia até que eu estava em estado de choque. Já devia ter mais de vinte e quatro horas que eu estava acordada. Meu estomago urrava de fome, mas eu não tinha forças para sair da cama. Na verdade, eu nem queria sair. — Chega! A porta é aberta com força, mas eu nem me mexo. — Levanta-se dessa
— Entra. Obedeço-o prontamente. O apartamento dele era maravilhoso. Enorme. E pelas escadas que eu podia ver, tinha segundo andar. Caminho pela sala, indo até a enorme estante. Havia várias fotos, com muitas pessoas diferentes. Tinha com um casal mais velho, que supostamente seriam seus pais. Tinha com quatro garotos. Um tinha cabelo colorido. — É a banda com quem você trabalha? — pergunto. — Como sabe que trabalho com uma banda? Viro-me e o encaro. Ele estava parado perto da porta, com os braços cruzados. — Tem uma menina lá... que pesquisou a sua vida. Mas eu não pedi! — me defendo. — Acredito em você. Balanço a bolsa em minha mão e suspiro. — Então... vamos começar? — Para que a pressa? Não vamos a lugar nenhum hoje. Nem amanhã. Sorrio. Vou passar a noite toda com ele. Gostei. — Vamos conversar. — diz. — Oi? — Vamos conversar. — repete e desgruda da par
Acordo sentindo uma respiração pesada no meu ouvido. Abro os olhos lentamente e vejo que estou no quarto de Liam. Não lembro de ter vindo para a cama. Lembro de beber vinho, comer pizza e assistir um filme de comédia. Como ele havia prometido. Agora vir para o quarto, não. Ele estava abraçado a mim de uma forma tão forte, que me faz pensar que qualquer coisa seria incapaz de nos desgrudar. Depois que lhe contei meu nome e o que havia acontecido, Liam não me fez pergunta alguma. Eu sentia que tinha sido precipitada em contar aquilo a ele tão rápido, mas meu coração estava em paz por ter finalmente falado sobre. Eu queria que fosse possível sair daquele abraço. Liam havia sido tão gentil comigo, que eu tinha planos de lhe fazer um café da manhã. Só para agradecer tal cavalheirismo. Mas ele não me soltava. O abraço dele era muito apertado. E bom. Depois de um tempo, eu desisto. Passo minha mão pelo seu braço e entrelaço meus dedos aos dele. Liam
— OLHA QUEM CHEGOU!Assusto-me com a barulhenta recepção de Gabriella. Ela e as outras meninas estavam limpando o salão.— Oi. — sorrio e aceno. — Querem ajuda?— Claro que não. Queremos informações.— Ahhh, Gabi, eu estou cansada.— Ele é mesmo quem a Ca disse ser?Ela parece não se importar com o que acabei de dizer.— É. E muito mais.Elas ficam eufóricas e falam entre si. Aproveito a deixa e escapo para o quarto. Estava quase chegando, quando a voz dela me faz parar.— Fez tudo certinho?Reviro os olhos.— Direitinho, Cíntia. Não há nada com o que se preocupar.— E ele te pagou?Franzo o cenho e me viro.— Que?— Ele pagou os seus serviços?— Não. Deve ter resolvido tudo com Marta. P
Eu observava de longe, enquanto Ryder falava com o filho. Nunca imaginei que veria esse tipo de coisa acontecer. Não atualmente.Quando percebo que o homem mandou que o garoto viesse até mim, termino de beber o drink em minha mão e deixo o copo de lado.Não sabia o que falar ou como agir com aquele menino tão inocente.Ele para na minha frente e eu lanço um sorriso encorajador.— Sou Ethan.Ele tinha uma voz rouca e fofa.— É um prazer conhecê-lo, Ethan. Podemos subir?— Já? — pergunta, assustado.Solto uma risada.— Não precisa se assustar. Só vamos sair daqui. Ir para um lugar silencioso.— Tu-tudo bem.Eu só conseguia achar graça daquilo.— Apenas me siga.Ethan pisca algumas vezes e assente.Caminho na direção da escada, capturando os olha