Dois

Eu ainda não conseguia acreditar, no que tinha acabado de acontecer.

Sessenta mil! Era impossível conter o sorriso que estava em meu rosto. Eu realmente valia muito a pena.

— Boa noite senhor. — digo, com uma voz suave. — Me acompanhe, por favor.

Estico minha mão para ele. Liam termina com o líquido do copo, o coloca em cima de uma bandeja e então pega em minha mão, deixando-me conduzí-lo para o segundo andar.

Estava um pouco nervosa. E isso nunca aconteceu. Talvez seja, porque essa é a primeira vez que eu realmente me interesso por um cliente.

A minha mão estava começando a suar e eu ficando ligeiramente constrangida. Afinal, estávamos de mãos dadas.

Assim que entramos no meu quarto, solto sua mão e passo-as pelo corpete.

— Fica à vontade. — digo.

Fecho a porta e passo a chave. Viro-me para ele, que observava o meu quarto.

— Quer alguma bebida? Posso...

—  Não.

A voz dele é grossa e firme.

— Como é seu nome?

Ele falou tão rápido, que foi difícil entender.

— Tiffany.

— Seu nome verdadeiro.

Tento não me abalar e repito:

—Tiffany!

Liam levanta as sobrancelhas rapidamente e solta uma risada irônica.

— Irei fingir que você não está mentindo.

— Veio aqui para falar ou transar? Garanto que faço você ficar sem palavras muito fácil.

Ele ri.

— Ok.

Observo Liam tirar o paletó e o jogar em cima da cadeira que havia ali. Ele tira a blusa branca de dentro da calça e deixa os braços caírem.

— Vai ficar só assistindo? — pergunta. — Ou vai me ajudar a tirar?

Todo meu nervosismo e princípio de raiva por ele ter cismado com meu nome, passou. Agora eu estava me sentindo seduzida por aquele homem tão intrigante.

Seus lábios eram rosados e eu estava com muita vontade de mordê-los. O cabelo castanho, tinha um corte estiloso e bem juvenil. Eu já conseguia sentir o meu pescoço formigando com o roçar daquela barba. Seu olhar sobre mim, enquanto abria os botões da camisa branca, era de puro desejo. Ele me queria. E eu também o queria.

Retiro os sapatos, ficando automaticamente mais baixa. Aproximo-me e coloco minhas mãos sobre as dele. Nossos olhos estavam fixos um no outro, e eles não se desviavam por nada. Quando os botões estão abertos, passo minhas mãos pelo seu corpo, de baixo para cima. Empurro sua blusa pelos ombros, deixando-a cair no chão.

Liam ergue a mão e eu fecho os olhos. Sinto o coque afrouxar e logo meus cabelos estão soltos. Viro- me e puxo o meu cabelo para o lado. O meu desejo repentino de ter aquela barba no meu pescoço, é rapidamente atendido, quando ele raspa seus lábios por ali.

Eu nunca tinha me excitado antes. Cada homem que eu levava para o meu quarto, era de forma profissional, onde eu apenas me importava em fazer com que eles se aliviassem e me deixasse em paz. Mas ele... meu Deus! Só com aqueles beijos no meu pescoço, eu já sentia a minha intimidade vibrar e implorar para acelerar tudo.

Os fios do meu corpete são puxados bem lentamente. A cada fio puxado, era um beijo depositado na pele nua do meu pescoço. O corpete logo fica solto e Liam o deixa cair. Suas mãos tocam a minha cintura e ele me gira bem devagar.

— Posso beijar você? — pergunta novamente com o olhar fixo no meu.

A maioria dos deles não beijavam. Pelo fato de alguns serem casados, eles consideravam traição, o ato do beijo. Dizem ser algo muito sentimental.

Fico na ponta dos pés, colando meus lábios nos dele. Ele chupa meu lábio inferior com vontade e logo faz sua língua invadir a minha boca. Enquanto nossas línguas se conheciam, e travavam uma guerra, levo minhas mãos até o botão da sua calça social. Abro-a e seguro dos dois lados, puxando o máximo que posso para baixo.

Mordo seu lábio, quando ele faz menção de parar o beijo.

— Você beija bem.

Não respondo.

Passo meus dedos pela barra da cueca dele, mas ele segura meus braços.

— Não. — diz. — Deita na cama.

Faço o que ele diz.

Deito-me e mantenho minhas pernas abaixadas. Observo-o retirar as calças por completo e logo depois a cueca preta.

Nessa minha profissão, eu já havia visto vários pênis. De vários tamanhos e grossuras. Mas o de Liam tinha o formato e tamanho perfeito, que me deixava com água na boca. Eu estava maluca para chupá-lo até dizer chega.

Ele se aproxima da cama e passa as mãos pelas minhas pernas. Liam tira as duas meias que eu vestia bem devagar. Depois ele pega na barra da minha saia, junto com a calcinha, querendo retirar as duas. Ergo meu quadril, para que ele possa fazer o que deseja.

Ter as mãos dele me tocando era mais um incentivo para a minha lubrificação. Se só olhá-lo já me deixava excitada, o seu toque ajudava cada vez mais.

Quando estamos completamente nus, Liam fica ao pé da cama, me observando. Acho que deve ter passado uns cinco minutos assim, com ele me observando. Sua ereção crescendo. Minha intimidade pegando fogo.

Liam finalmente se mexe e anda até a mesinha que ficava ao lado da cama. Ele abre a gaveta e retira uma caixa de camisinhas.

Será que ele pretende usar tudo isso hoje?

Pensar aquilo só me deixava mais maluca. Meu Deus, o que está havendo comigo?

Ele a coloca em cima da mesinha e fecha a gaveta. O homem vira para mim e me estica a mão. Eu me sento na cama e a pego, ficando rapidamente em pé.

— Quando tenho uma noite difícil, eu gosto de sair para abstrair. — diz. — Hoje eu pretendia apenas beber e ver algumas meninas dançarem. Mas você... quando eu a vi naquele palco, senti que devia estar com você.

Aquelas palavras estavam fazendo meu ego inflar.

Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

— Eu vou me deitar nessa cama e você vai sentar em mim. Com tudo.

Isso! Eu vou! Você pode ter certeza.

— Quero estar dentro de você. Quero ter você cavalgando em mim.

P**a merda.

Como eu não falava nada, Liam se deita. Seu pênis estava ereto, suculento e a minha espera.

Ele pega uma camisinha e a abre. Observo-o colocar e umedeço meus lábios.

Quando seu amigo maravilhoso está coberto, eu subo na cama. Fico em pé, com as pernas abertas por cima dele. Liam me olhava. Eu me abaixo um pouco e seguro seu membro. Ele fecha os olhos. Aproximo-me mais, e sinto seu pênis na entrada da minha vagina. Fecho os olhos quando estou com tudo aquilo dentro de mim. Solto um pequeno gemido e espalmo minhas mãos em seus peitos. Liam abre os olhos e suas mãos tocam as minhas coxas. Começo a me movimentar. Subo e desço bem devagar, fazendo Liam soltar baixos gemidos.

— Acelera. — Ordena.

Ele agarra meus seios, apertando os meus mamilos. Jogo a cabeça para trás e aumento a velocidade. Eu praticamente pulava em cima dele. Adoro essa posição. Adoro o comando. Adoro estar por cima e arrancar gemidos de alguém.

Mas adorava mais ainda, estar assim com esse homem.

Que homem gostoso!

As vezes ele mexia o quadril para ajudar nos movimentos. Ele ficava irritado quando eu me mexia devagar. Quando noto que ele está perto de chegar ao orgasmo, mexo-me descontroladamente. Ele se senta e agarra nas minhas costas. Liam faz um movimento rápido e me deita na cama. Ele segura meus braços, de cada lado do meu rosto e mete em mim com uma força brutal.

Eu tinha certeza, que meus olhos havia revirados. O prazer era demais. A violência das investidas dele, fazia meu corpo ferver. Estava sentindo uma corrente elétrica percorrer meu corpo. Liam cola nossos lábios e por uma última vez, ele mete em mim com força.

Tenho meu primeiro orgasmo, com o primeiro homem que desejei na minha vida.

Liam solta o peso do seu corpo e ofega em meu pescoço.

— Caralho.

— É. — digo.

Ele sai de dentro de mim e se levanta. Vejo-o tirar a camisinha e jogá-la no lixo.

Eu pensei que ele fosse pegar sua roupa, vesti-la o mais rápido que pudesse e fosse embora. Mas não. Ele fez um movimento com a mão, pedindo para que eu chegasse mais para o canto.

Assim que o faço, ele se deita do meu lado e me puxa. Coloco minhas pernas no meio das suas e deito minha cabeça em seu peito.

— Por quê? — pergunto.

— Não sei.

Eu estava esgotada. Cansada daquele sexo maravilhoso. Fechei meus olhos e sorri.

Não costumo me sentir suja ou com vontade de chorar depois de fazer sexo com um estranho. Aprendi a conviver com isso. Mas hoje, eu finalmente ia dormir feliz, depois de uma noite de sexo.

E que sexo!

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