[Liam]
Assim que Anthony correu para fora da minha sala, permaneci desnorteado.
Só conseguia pensar que eu era o motivo da separação dele com Mirian. Antes que eu pudesse pegar o telefone para ligar para ela, vejo uma movimentação do lado de fora da minha sala.
— É IMPORTANTE. EU PRECISO VER LIAM WHITE.
— Garoto, você não pode entrar assim. — Vanessa, minha nova secretaria, diz. — O senhor White é muito ocupado e...
— É SOBRE MADDIE JONES!
Paro na porta do escritório e observo a cena a minha frente.
Vanessa segura a o braço do menino que devia ter seus dezesseis anos, enquanto ele implora que precisa me ver.
— Solte o menino. — digo.
O garoto de cachos de vira na minha direção e sorri. Eu podia jurar que seus olhos estavam brilhando.
— Senhor White, eu... — ele vem
[Maddie]Estávamos quase pousando em Londres, quando Liam começa a falar.— Amor, faz um tempo que uma mulher veio ao meu encontro.— Normal. — digo. — Olha para você. Coisa mais lindaA verdade é que eu parecia estar ainda mais apaixonada por Liam.Eu
CINCO ANOS DEPOIS— April, não vá muito longe de nós!— Ok, papai.Liam estica o tecido na areia, enquanto April corre pela mesma, junto com seu baldinho.— Nem acredito que essas férias estão acabando. — digo, me sentando. — Vou sentir falta daqui.— Califórnia é incrível, não é? — assinto. — Talvez possamos voltar no seu aniversário.— O aniversário dela está mais perto.Deito minha cabeça no ombro de Liam, e observo nossa pequena filha brincar com a areia.Quando passou todo aquele drama de transplante, eu tinha um problema para enfrentar. De onde tinha vindo aquela criança? O que Anthony tinha feito, para arrumá-la?Então Liam foi atrás de respostas e não voltou com as melhores. Ninguém sabia de onde ela era.
— Maddie, compareça à sala de sua senhoria para receber seu pagamento. Estico minhas pernas na cama de casal preguiçosamente e largo o livro na mesma. Visto um roupão e calço os chinelos de dedo, antes de descer. A noite passada havia sido cansativa. Cinco homens mega milionários disputaram para ter a chance de passar a noite comigo, mas apenas um deles conseguiu. As vezes era feito uma espécie de leilão. O homem que oferecesse o preço mais alto, era o "sortudo" escolhido para passar a noite comigo. Ser a garota mais disputada da casa me garantia inimigas. Cíntia, uma loira de olhos azuis com um corpo estonteante, era a pior delas. Ela fazia de tudo para chamar atenção daqueles que me desejavam, mas o tiro saía pela culatra. Eles queriam a mim. Eles sempre querem a mim. Bato duas vezes na porta de Marta, antes dela me dizer para entrar. A mulher com seus quarenta e cinco anos, estava atrás da sua enorme mesa de madeir
Eu ainda não conseguia acreditar, no que tinha acabado de acontecer. Sessenta mil! Era impossível conter o sorriso que estava em meu rosto. Eu realmente valia muito a pena. — Boa noite senhor. — digo, com uma voz suave. — Me acompanhe, por favor. Estico minha mão para ele. Liam termina com o líquido do copo, o coloca em cima de uma bandeja e então pega em minha mão, deixando-me conduzí-lo para o segundo andar. Estava um pouco nervosa. E isso nunca aconteceu. Talvez seja, porque essa é a primeira vez que eu realmente me interesso por um cliente. A minha mão estava começando a suar e eu ficando ligeiramente constrangida. Afinal, estávamos de mãos dadas. Assim que entramos no meu quarto, solto sua mão e passo-as pelo corpete. — Fica à vontade. — digo. Fecho a porta e passo a chave. Viro-me para ele, que observava o meu quarto. — Quer alguma bebida? Posso... — Não. A voz dele é grossa e firme.<
Antes que eu pudesse abrir os olhos, já percebia a falta dele na cama. O único rastro de sua presença, era o cheiro do perfume que ainda estava impregnado no travesseiro. Sorrio e passo as mãos pelo meu rosto, relembrando os melhores detalhes da noite passada. Ela havia sido única, maravilhosa e me renderia banhos longos. Pulo da cama e levanto o colchão. Pego a chave do cadeado e vou até o armário. Depois de abrir o pequeno cadeado, retiro uma lingerie, calça jeans e uma blusa de frio. Tranco-o e vou para o banheiro. Só tinha um chuveiro, uma pequena pia com um espelho acima e um vaso sanitário. Coloco minhas roupas em cima do vaso e vou para o chuveiro. Deixo que a água quentinha escorra pelo meu corpo e não mexo um músculo. Estava sentindo umas fisgadas no pescoço. Era como se Liam estivesse por ali, raspando sua barba, enquanto sua mão tocava a minha intimidade. Balanço minha cabeça e arfo. Por que estou pensando nele? Foi apenas um client
Quando voltamos da rua, elas estão falando sobre a noite passada. Chego no exato momento em que falavam de Liam. — O melhor da noite, foi o da Mad. — ergo a cabeça. — Ele pagou sessenta mil! — Grande coisa. — Ninguém paga sessenta mil, atoa. — Luna diz. — Mad tem algo de especial. Sorrio. — Af. Vocês puxam muito o saco dessa garota! — Cíntia exclama. — Ele deve ser retardado. — Ele é maravilhoso. — Eu sei quem ele é. — Carol murmura, comendo a batata em seu prato. —— Liam Evan White. Um baita empresário no ramo da música. Ele agencia uma banda teen. Hm. — Ele é casado? — Gabriella quis saber. — Parece que não. Ele tem apenas vinte e cinco. Se quiser saber alguma coisa sobre alguém que seja bastante famoso e viva na mídia, pergunte à Carolina. Ela conquistou com muito custo, a compra de um notebook. Uma garota de apenas dezenove anos, com seu sonho de poder entrar em uma faculdade e cursa
Eu não conseguia me mexer. Quem diria respirar. Ver aquele homem ali, na minha frente, fazia todo o meu sangue se esvair do meu corpo. Ele matou a minha irmã. Matou a minha pequena Tiffany. — Mad? — Gabi me sacudia. — Vamos sair daqui. Eu nem respondo. Apenas deixo que ela me puxe para longe daquele homem. Caminhamos para o outro lado do salão e eu fico parada ao lado de um poste de pole dance. Gabi diz que vai dar uma passeada, antes que Marta cisme com ela. Olho tudo à minha frente. Eram várias as mesas, com um tecido verde e um desenho de cartas. Em todas elas, havia pelo menos quatro homens. Todos gritavam muito. Boa parte estava bêbado e com uma mulher sentada em sua perna. Eu olhava rosto por rosto em busca dele. Quem sabe ele não gostasse desse tipo de jogo. Mas pelo que eu via, ele não se encontrava hoje. Será que ele volta? — Tiffany? — ergo meu olhar, e olho para Marta. — O que faz parada aí? —
O dia seguinte foi pior. Minha mente insistia em me dizer que eu fui fraca, em ter simplesmente me deitado com o homem que havia matado minha irmã. Mas as opções que me era possíveis, era gritar aos quatro ventos o que havia acontecido e chamava a polícia ou simplesmente fazia o que fiz. Eu tomei um banho de quase uma hora e ainda sentia como se estivesse rolado em todas as sujeiras que existe no mundo. Não podia dizer que horas eram lá fora. Eu não conseguira dormir e muito menos ter forças para sair da cama. Gabriella, Juli e a própria Marta, vieram ao meu encontro milhares de vezes, com perguntas sobre a noite passada. Mas eu não as dizia nada. Parecia até que eu estava em estado de choque. Já devia ter mais de vinte e quatro horas que eu estava acordada. Meu estomago urrava de fome, mas eu não tinha forças para sair da cama. Na verdade, eu nem queria sair. — Chega! A porta é aberta com força, mas eu nem me mexo. — Levanta-se dessa