Donna McNight Dezessete anosA celebração foi maravilhosa e Bella estava linda, apesar do medo que estava estampado em seu rosto no começo da cerimônia.Sigo para o banheiro, preciso respirar e tirar Pietro da minha cabeça, e ficar sozinha parecia a melhor solução naquele momento, então aproveito que Teffo tinha me deixado de lado devido a um rabo de saia. Isso me fazia sentir pena da mulher que se casar com ele, se aos dezessete anos já é assim, imagina quando tiver a idade do nosso cunhado! Empurro a enorme porta marrom seguindo para uma das cabines e me sentando na privada que está com a tampa abaixada, aproveitando para tirar meus saltos e massageio meus pés. Em seguida, encosto minha cabeça na parede. Eu estava exausta e a festa acabara de começar, pego meu celular de dentro da minha bolsa e tem uma notificação da minha melhor amiga. Isso faz com que eu me arrependesse de não ter insistido que me acompanhasse.Minutos depois, saio da cabine me apoiando na pia esculpida de mármo
Donna McNight Dezessete anosOlho para o relógio que estava pendurado em uma das paredes da sala de estar, eu estava ansiosa para encontrar com Pietro, mesmo que algo dentro de mim me dissesse para não o fazer.Mesmo assim, eu disse aos meus pais que sairia com Jenny e Brian, e minha prima alimentou a mentira quando passou em nossa casa para me buscar.Fiquei feliz por Brian estar junto, pois assim Jenny não me encheria de perguntas.O beijo da noite anterior ficou repassando em minha mente por toda a noite, foi impossível dormir, sempre que fechava meus olhos era como se sentisse seus lábios sobre os meus. Precisava contar para Alicia, mas tinha que ser pessoalmente, mas como estávamos de férias, precisava esperar até que nos encontrássemos, mesmo eu sabendo que me envolver com Pietro era um problema.— Donna... Donna... — Estava absorta em meus pensamentos quando sinto as mãos de Jenny tocando minha perna. — Chegamos — avisa quando nossos olhares se encontraram. — Está tudo bem?—
Pietro Kuhn Vinte e Dois anosDois anos, tem quase dois anos desde a última vez que vi Donnatela e desde então, ela não respondia minhas mensagens de jeito nenhum.Sua viagem para Inglaterra foi mais rápida que o previsto, e eu sabia que ela estava querendo me evitar a todo custo, principalmente porque ela tinha ficado furiosa comigo depois daquele maldito vacilo.Após o nosso desencontro na praça e claro, o encontro na casa do Ed, eu tentei falar com ela de todas as formas, mas foi em vão. Eu até pedi a ajuda do meu irmão e de sua esposa, porém, Donna estava irredutível, ela não queria nem olhar na minha cara.Sei que fiz errado em ter ficado na casa, em ter aceitado o convite do Edward ao invés de ter seguido o combinado com mia piccola naquele dia, mas... eu sabia que Donna era jovem e eu não podia ter dela o que as outras garotas podiam me dar.Então agora, eu só estava esperando a oportunidade para visitá-la no dia do seu aniversário. Como Thomas ficou alguns meses em lua de mel
Donna McNight Vinte anosEu estaria mentindo se não admitisse que me senti vulnerável ao encontrar Pietro na minha frente com aqueles presentes. Pude notar de cara que não mudou muito fisicamente desde a última vez que nos vimos, ele estava trajando uma calça jeans preta, camiseta preta, um sobretudo acompanhando a mesma cor, nos pés usava um coturno, ele era a última pessoa que eu acreditava que viria. Por mais que ainda me mandasse mensagens e eu o ignorasse, não pensei que ele se daria ao trabalho de ir me visitar no campus, e uma parte minha não queria que ele viesse.Depois da festa na casa da Alicia, ele tentou se reaproximar, mas o medo falou mais alto e decidi que viria para Inglaterra antes do previsto. Eu disse aos meus pais que queria escolher de perto o apartamento que iria morar, ainda mais porque seria um presente deles, e eu precisava escolher com cautela, já que seria o lugar que eu moraria por alguns anos, ou até mesmo passaria o resto da minha vida, já que não pret
Donna McNight Vinte anosNosso beijo é calmo e gentil, e faz tanto tempo desde o nosso último beijo. E era tão bom senti-lo de novo. Só paramos por falta de fôlego. Pietro encosta sua testa na minha, nossas respirações estão ofegantes e seus olhos azuis me fitam. Me sinto nua só com o seu olhar.Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e o meu corpo todo arrepia-se. Observo cada detalhe do seu rosto e não consigo tirar os olhos da sua boca.— Desculpa. — Pede e se afasta. — Eu precisava apenas sentir seus lábios novamente — ele confessa e eu tento mudar de assunto, drasticamente.— Vou pedir um lanche, você quer? — indago enquanto olho em volta em busca do meu celular, me afastando dele o mais rápido que consigo.— Pensei que tomaria um cappuccino — lembra.— Ah, havia me esquecido. — Respiro fundo, dando a volta na ilha da cozinha e indo até a mesa pegando meu celular. — Amanhã eu tomo. — Estava tão inquieta com a situação que acabara de acontecer que acabei esqu
Pietro Kuhn Vinte e Dois anosUm caso, talvez fosse a melhor forma de rotular o que eu e Donna estamos criando.O importante era nossas famílias não descobrirem sobre isso, pois a última coisa que desejo, é me casar por obrigação — até porque, nem casar eu quero, pra ser bem honesto.— Está pensando demais? — Donna pergunta quando guarda a caixa da pizza.— Não é nada — minto.— Entendi… — ela solta enquanto cambaleia um pouco. — Ah… acho que estou ficando um pouco tonta.— Essa é a quarta garrafa de vinhos que você abre — a lembro. — E você nem comeu direito...— Não deveria ter começado a beber antes de comer — confessa, se sentando ao meu lado no sofá. — Então me dê isso aqui. — Pego a taça da sua mão e coloco na mesa de centro junto com a minha. — O que acha de ir se deitar?— O que acha que continuarmos de onde paramos? — indaga com a voz aveludada e um olhar felino que quase me faz jogar o meu bom-senso pela janela.— Você não está em condições...— Não estou bêbada. — Donna
Donna McNightVinte anos— Ai. — Minha cabeça lateja quando a claridade da janela invade o meu quarto e vem direto aos meus olhos.Me levanto lentamente para a dor não aumentar e fico surpresa quando percebo que estou vestindo a camisola da noite anterior.— Céus! O que aconteceu? — questiono para mim mesma.Alguns flashes da noite passada começam a voltar, me lembro que tirei a camiseta ficando com a parte de cima nua na frente do Pietro e o desafiando, mas, como vim parar aqui?Ergo o lençol e percebo que ainda estou com a calcinha, molhada, porém ainda está lá. Passo as mãos pelos meus cabelos e ainda estão molhados.Ainda assim, não consigo me lembrar de como tomei banho.Será que Pietro ainda está aqui?!Me levanto pegando meu robe e o vestindo, sigo em direção a sala e no sofá tem apenas um travesseiro e um lençol.Merda! Será que dei vexame e Pietro se foi?!— Donna? — Ouço a voz do Pietro e quando me viro, me deparo um ele trajando apenas uma toalha na cintura e com a parte d
Donna McNight Vinte e Dois anosCom o passar dos meses, as visitas de Pietro foram se tornando cada vez mais frequentes e isso começou a ocupar um espaço especial no meu coração; algo incomum estava acontecendo.— O que você tem? — pergunta Alicia enquanto saímos do campus em uma tarde.— Pietro vem hoje — respondo com uma alegria que não dava para esconder nem se eu quisesse.— Espero que ele não machuque seu coração — ela diz preocupada.— Isso não vai acontecer — Afirmo com determinação, porque era no que eu realmente acreditava.— Amiga, você já está apaixonada por ele — ela me lembra. — E vocês ainda nem transaram; quando isso acontecer, você vai querer lamber o chão por onde ele passar.— Você está ficando maluca? — rebato. — Jamais faria isso por qualquer homem.— Nunca diga nunca.— Vou reformular a minha frase. — Faço uma pausa. — No dia em que eu lamber o chão por um homem, será porque ele merece — declaro.— Pois bem. — Ri. — Vamos ver.Entramos no meu carro e seguimos pa