Donna McNight Vinte anosEu estaria mentindo se não admitisse que me senti vulnerável ao encontrar Pietro na minha frente com aqueles presentes. Pude notar de cara que não mudou muito fisicamente desde a última vez que nos vimos, ele estava trajando uma calça jeans preta, camiseta preta, um sobretudo acompanhando a mesma cor, nos pés usava um coturno, ele era a última pessoa que eu acreditava que viria. Por mais que ainda me mandasse mensagens e eu o ignorasse, não pensei que ele se daria ao trabalho de ir me visitar no campus, e uma parte minha não queria que ele viesse.Depois da festa na casa da Alicia, ele tentou se reaproximar, mas o medo falou mais alto e decidi que viria para Inglaterra antes do previsto. Eu disse aos meus pais que queria escolher de perto o apartamento que iria morar, ainda mais porque seria um presente deles, e eu precisava escolher com cautela, já que seria o lugar que eu moraria por alguns anos, ou até mesmo passaria o resto da minha vida, já que não pret
Donna McNight Vinte anosNosso beijo é calmo e gentil, e faz tanto tempo desde o nosso último beijo. E era tão bom senti-lo de novo. Só paramos por falta de fôlego. Pietro encosta sua testa na minha, nossas respirações estão ofegantes e seus olhos azuis me fitam. Me sinto nua só com o seu olhar.Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e o meu corpo todo arrepia-se. Observo cada detalhe do seu rosto e não consigo tirar os olhos da sua boca.— Desculpa. — Pede e se afasta. — Eu precisava apenas sentir seus lábios novamente — ele confessa e eu tento mudar de assunto, drasticamente.— Vou pedir um lanche, você quer? — indago enquanto olho em volta em busca do meu celular, me afastando dele o mais rápido que consigo.— Pensei que tomaria um cappuccino — lembra.— Ah, havia me esquecido. — Respiro fundo, dando a volta na ilha da cozinha e indo até a mesa pegando meu celular. — Amanhã eu tomo. — Estava tão inquieta com a situação que acabara de acontecer que acabei esqu
Pietro Kuhn Vinte e Dois anosUm caso, talvez fosse a melhor forma de rotular o que eu e Donna estamos criando.O importante era nossas famílias não descobrirem sobre isso, pois a última coisa que desejo, é me casar por obrigação — até porque, nem casar eu quero, pra ser bem honesto.— Está pensando demais? — Donna pergunta quando guarda a caixa da pizza.— Não é nada — minto.— Entendi… — ela solta enquanto cambaleia um pouco. — Ah… acho que estou ficando um pouco tonta.— Essa é a quarta garrafa de vinhos que você abre — a lembro. — E você nem comeu direito...— Não deveria ter começado a beber antes de comer — confessa, se sentando ao meu lado no sofá. — Então me dê isso aqui. — Pego a taça da sua mão e coloco na mesa de centro junto com a minha. — O que acha de ir se deitar?— O que acha que continuarmos de onde paramos? — indaga com a voz aveludada e um olhar felino que quase me faz jogar o meu bom-senso pela janela.— Você não está em condições...— Não estou bêbada. — Donna
Donna McNightVinte anos— Ai. — Minha cabeça lateja quando a claridade da janela invade o meu quarto e vem direto aos meus olhos.Me levanto lentamente para a dor não aumentar e fico surpresa quando percebo que estou vestindo a camisola da noite anterior.— Céus! O que aconteceu? — questiono para mim mesma.Alguns flashes da noite passada começam a voltar, me lembro que tirei a camiseta ficando com a parte de cima nua na frente do Pietro e o desafiando, mas, como vim parar aqui?Ergo o lençol e percebo que ainda estou com a calcinha, molhada, porém ainda está lá. Passo as mãos pelos meus cabelos e ainda estão molhados.Ainda assim, não consigo me lembrar de como tomei banho.Será que Pietro ainda está aqui?!Me levanto pegando meu robe e o vestindo, sigo em direção a sala e no sofá tem apenas um travesseiro e um lençol.Merda! Será que dei vexame e Pietro se foi?!— Donna? — Ouço a voz do Pietro e quando me viro, me deparo um ele trajando apenas uma toalha na cintura e com a parte d
Donna McNight Vinte e Dois anosCom o passar dos meses, as visitas de Pietro foram se tornando cada vez mais frequentes e isso começou a ocupar um espaço especial no meu coração; algo incomum estava acontecendo.— O que você tem? — pergunta Alicia enquanto saímos do campus em uma tarde.— Pietro vem hoje — respondo com uma alegria que não dava para esconder nem se eu quisesse.— Espero que ele não machuque seu coração — ela diz preocupada.— Isso não vai acontecer — Afirmo com determinação, porque era no que eu realmente acreditava.— Amiga, você já está apaixonada por ele — ela me lembra. — E vocês ainda nem transaram; quando isso acontecer, você vai querer lamber o chão por onde ele passar.— Você está ficando maluca? — rebato. — Jamais faria isso por qualquer homem.— Nunca diga nunca.— Vou reformular a minha frase. — Faço uma pausa. — No dia em que eu lamber o chão por um homem, será porque ele merece — declaro.— Pois bem. — Ri. — Vamos ver.Entramos no meu carro e seguimos pa
Donna McNight Vinte e Dois anosEle segura o meu rosto entre suas mãos e me beija, seus lábios são macios, a sua língua pede passagem para a minha, passagem que eu dou de bom grado porque estava envolvida no beijo desse homem, e para completar, ele dá umas leves mordidas no meu lábio inferior, o que me faz sentir a minha calcinha molhada, coisa que começou acontecer com uma certa frequência.As suas mãos vêm até a minha cintura e com apenas um movimento, fico sentada no seu colo. O meu corpo estremece quando sinto o tamanho do seu pau, me deixando mais excitada. Ao sentir suas mãos percorrerem todo o meu corpo, eu entrelaço as minhas mãos na sua nuca, o trazendo para mim, enquanto ele encontra o fecho do meu vestido, puxando o zíper em seguida.Paramos o beijo apenas para recuperar o nosso fôlego e Pietro, que está na minha frente, apenas me encara, apenas para eu me levantar e deixar o vestido desenrolar pelo meu corpo até cair no chão.— Piccola... — sussurra. — Não precisamos faze
Donna McNight Vinte e Dois anosEu tinha perdido a minha virgindade e por mais que estivesse tentando agir com naturalidade, era óbvio que para Alice eu não estava “natural” o suficiente. — Amiga, e essa cara? — Alice pergunta preocupada.— Não é nada — minto.— O que ele fez? — Abro meus olhos e encaro minha amiga.Estamos na sauna depois de ter feito massagens e claro que eu nunca conseguia esconder nada dela.— Transamos — conto.— Vocês o quê? — vocifera surpresa. — E o seu voto de castidade? O seu acordo com o seu pai? — Ao retornar para casa ontem, havia velas por toda parte, e ele me surpreendeu com flores e um delicioso prato de macarrão à bolonhesa… — eu murmuro com um sorriso de canto.— Você me diz assim, como se não fosse nada de importante — afirma.— Alicia, eu sei que é importante, mas eu fiz essa escolha.— Donna… você vai acabar se queimando nessa brincadeira com o Pietro.Sorrio, um sorriso meio sem vida.— Não é uma brincadeira. — Donna…— Eu sei, tá bom? Eu não
Pietro Kuhn Vinte e Quatro anos— O que está acontecendo entre você e a Donnatela McNight? — Ed inquire curioso.— Nada — resmungo enquanto ela e a irmã de Ed bebem tequila.— Vai me dizer que está comendo ela? — Ri, apenas para virar outro shot logo em seguida.— Para de ser um escroto — rosno, batendo de leve na mesa.— Ok, já não está mais aqui quem falou. — Ergue as mãos em forma de rendição. — Uma dúvida, como conseguiu fisgá-la? — Traga seu cigarro. — A bichinha é temperamental e tem a língua afiada. — Tá, mas o pai dela sabe o que está acontecendo entre vocês? — Franze o cenho. — O senhor McNight vai obrigá-la a se casar com a filha se descobrir que vocês estão ficando.— Isso não é da sua conta Ed. — Ralho. — Deixa que eu me resolvo com o senhor McNight. — Dou de ombros, fazendo com que ele desista de continuar aquele assunto.— Ok, Pietro, não vou mais tocar no assunto. — Suspira. — Vejo que não está gostando, mas, quando não quiser mais brincar com a Donnatela, me avisa — u