O beijo é quente e repleto de autoridade, cada movimento uma marca de domínio que ele exerce sobre ela. Margot tenta resistir, mas a maneira como ele a beija, como a envolve por completo, a deixa vulnerável. Instintivamente, seus braços se enrolam ao redor do pescoço dele, o desejo crescendo de maneira incontrolável. O beijo se aprofunda, urgente e profundo, como se ele fosse desenhar o ritmo de cada suspiro, puxando-a para uma entrega sem volta.— Não. — Margot murmura, interrompendo o beijo com a voz trêmula, tentando se afastar dele, em uma luta interna para se manter racional. Seus olhos, ainda nublados pelo desejo, tentam se concentrar, mas a proximidade dele torna cada segundo mais difícil de resistir.Noah observa com um olhar ardente, como se cada centímetro de seu corpo fosse um convite para algo impossível de evitar. Sua presença é dominante, irresistível, e ela sabe que a guerra interna que trava é inútil diante da intensidade que ele emana.— Não finja que não quer, Margot
Assim que a porta se abre, Margot avança, visivelmente hesitante, com os passos tão pesados quanto seus pensamentos. Ela se posiciona em frente à mesa, o olhar fixo no tablet, um escudo contra o magnetismo de Noah. Cada movimento seu é uma tentativa de se distanciar da tensão entre eles, mas a presença dele a envolve, impossibilitando ignorá-lo.— Prossiga, senhorita Hoffman. — Noah orienta, a voz firme e controlada, enquanto o olhar dele permanece em Margot, atento a cada movimento dela. Sua expressão é impassível, mas ele se diverte silenciosamente com a hesitação evidente, sabendo que ela luta para manter a compostura.— Às três horas, o senhor tem uma reunião com a equipe de…— Cancele todos os meus compromissos de hoje. — Ordena, voltando-se para a tela do notebook com um olhar concentrado. — Iremos visitar algumas propriedades. — Informa, mantendo um tom claro e direto.— Iremos? — Repete, erguendo o olhar do tablet e voltando-se para ele, a expressão de surpresa evidente em seu
Margot absorve as palavras dele, sentindo o peso de cada uma. Naquele momento, ele parece tão sincero, tão diferente do homem que ela havia criado em sua mente, uma imagem construída a partir de rumores e fofocas pelos corredores. Mas agora ele está ali, diante dela, pedindo a chance de mostrar quem realmente é. A dúvida surge, silenciosa, no fundo, de sua mente. Será que vale a pena arriscar e acreditar nele?— Estou pedindo somente uma chance, Margot, para ser o homem que nunca fui, mas que agora desejo profundamente ser. — Noah declara, a voz baixa e cheia de intensidade, como se cada palavra fosse uma promessa que ele mal podia esperar para cumprir.As palavras de Noah parecem envolvê-la, como se cada uma delas conseguisse dissolver suas reservas. Margot sustenta o olhar dele, tentando encontrar algum sinal, algum detalhe que a fizesse recuar, mas o que ela vê é somente desejo, puro e inegável, brilhando nos olhos dele, tão intenso quanto o que ela sente por ele. A luta interna d
Margot exibe um sorriso encantador, mas logo se censura mentalmente, considerando-se tola por se deixar iludir tão facilmente. Sacode a cabeça, decidindo dar-lhe um voto de confiança, embora, no fundo, torça secretamente para que ele não a decepcione.— Então, não me decepcione, Noah. — Margot responde, tocando levemente a mão dele. Antes que ela possa encerrar o toque, ele a segura com firmeza, levando sua mão até os lábios e depositando um beijo suave.— Farei o meu melhor para que essa atração se transforme em algo muito além do físico. — Declara, a voz baixa e intensa, carregada de uma certeza. O sorriso de Margot se amplia e sua respiração se acelera, como se aquelas palavras tivessem tocado algo profundo nela, acendendo uma chama que ela tentava controlar. O silêncio no carro é preenchido somente pelas respirações ofegantes, mas os olhares trocados são intensos, como se ambos tentassem entender o que estavam fazendo. No entanto, o desejo e a atração se intensificaram de tal for
Vivienne Bettendorf desliza a mão pelo espelho embaçado da suíte do hotel Sofitel Le Grand Ducal, em Luxemburgo. Com os lábios entreabertos, ela observa seu acompanhante através do reflexo. Ele está no box, os movimentos lentos e provocantes enquanto seca os cabelos molhados. Cada gesto é um convite silencioso, cheio de intenções. Os músculos dele se destacam sob a pele úmida, e ela sente um arrepio percorrer sua espinha ao se lembrar de cada toque e suspiro que dividiram há pouco.O vapor do banho ainda envolve o ambiente, mas não o suficiente para ocultar o corpo dele, que brilha sob a luz suave do banheiro. Vivienne morde o lábio, incapaz de desviar o olhar, enquanto as lembranças do prazer recente inundam sua mente. Seu coração acelera, e ela ainda consegue sentir as mãos dele explorando sua pele, os gemidos abafados que escaparam de seus lábios.Ele percebe o olhar dela e, com um sorriso malicioso, ergue o rosto, os olhos cravados nela, carregados de luxúria. Sem pressa, ele se a
A viagem inesperada de Noah deixou Vivienne com um gosto amargo de frustração e decepção. Ele esteve com ela na noite passada, e nem se deu ao trabalho de avisar que partiria. A realidade de ser apenas mais uma mulher disponível para ele começou a corroê-la por dentro. E, enquanto as horas passavam, Vivienne se viu refletindo sobre tudo o que abriu mão. Ela se formou em finanças com louvor, aos vinte e quatro anos, sonhando em construir uma carreira sólida e promissora. Mas, em vez disso, se vê aprisionada ao papel de assistente do CEO da maior empresa de finanças do país, lidando com tarefas que não fazem jus à sua capacidade. — Onde estou errando? — Vivienne murmura, sentindo o incômodo crescer. Ela sabe que aceitou ser tratada dessa forma. Permitindo, ao longo do tempo, que ele invadisse sua vida e se apoderasse de seus sentimentos. Os dias passaram, e Vivienne manteve a rotina, esperando um contato de Noah que nunca chegava. Um mês depois, ela sentia-se à beira de um colapso, p
Vivienne desliza a mão pela curva das costas, próxima à base da coluna, sentindo a dor intensa onde o impacto a atingiu. O homem que ela acreditava ter algum espaço em seu coração, a observa de cima, o olhar frio e calculista, como se ela fosse um incômodo temporário, algo a ser descartado.— Por que está agindo assim, Noah? — Vivienne pergunta, a voz carregada de uma mistura de frustração e vulnerabilidade, cortando o silêncio sufocante que paira entre eles.Ele não responde de imediato. Uma risada curta, cheia de sarcasmo, escapa de seus lábios. Ele se inclina levemente sobre a mesa, mantendo os olhos fixos nela, o olhar pesado com um desprezo que ela nunca havia visto antes. Com um gesto desdenhoso, ele pressiona o botão do telefone e leva o aparelho à orelha sem desviar o olhar, sua presença imponente dominando o ambiente.— Na minha sala, agora! — Ele ordena com uma voz fria, autoritária, encerrando a chamada antes que qualquer resposta pudesse ser ouvida. Era como se qualquer re
As palavras de Dominic atingem Vivienne como um golpe certeiro, inflamando cada parte de sua fúria. Seus olhos permanecem fixos em Noah, e a presença da mulher ao lado dele apenas intensifica o ódio pulsante em seu peito. As lágrimas ameaçam escapar, mas Vivienne as reprime com um controle feroz. Sem pensar, ela avança, o peito cheio de raiva crescente, sua mão se ergue e, em um movimento rápido, desce com força, estalando no rosto de Noah com um som cortante que ecoa pela sala. A mulher ao seu lado permanece paralisada, em choque, enquanto Dominic solta uma risada baixa, saboreando cada segundo daquele confronto explosivo.— Noah Muller, você é um miserável! — Vivienne explode, o desprezo contido em cada palavra. — Espero que você queime no inferno! — Com um movimento brusco, ela se vira, os passos ecoando como marteladas enquanto a porta bate com uma força que reverbera pela sala, deixando um silêncio denso e incômodo no ar.— Noah, querido, o que foi isso? — A mulher murmura, com u