As palavras de Dominic atingem Vivienne como um golpe certeiro, inflamando cada parte de sua fúria. Seus olhos permanecem fixos em Noah, e a presença da mulher ao lado dele apenas intensifica o ódio pulsante em seu peito. As lágrimas ameaçam escapar, mas Vivienne as reprime com um controle feroz. Sem pensar, ela avança, o peito cheio de raiva crescente, sua mão se ergue e, em um movimento rápido, desce com força, estalando no rosto de Noah com um som cortante que ecoa pela sala. A mulher ao seu lado permanece paralisada, em choque, enquanto Dominic solta uma risada baixa, saboreando cada segundo daquele confronto explosivo.
— Noah Muller, você é um miserável! — Vivienne explode, o desprezo contido em cada palavra. — Espero que você queime no inferno! — Com um movimento brusco, ela se vira, os passos ecoando como marteladas enquanto a porta b**e com uma força que reverbera pela sala, deixando um silêncio denso e incômodo no ar.
— Noah, querido, o que foi isso? — A mulher murmura, com uma suavidade inquietante, deslizando os dedos sobre a bochecha avermelhada de Noah, como se o tapa tivesse sido um contratempo trivial.
— Ah, Natasha, sempre a mestra da dissimulação. — Dominic comenta, sua voz carregada de provocação, o olhar cheio de uma diversão cruel que só ele parece aproveitar. — Mais um espetáculo patético de uma das amantes do seu noivo. —Continua, o sarcasmo gotejando de cada palavra, como se estivesse saboreando a reação que sabia que viria.
Natasha se vira lentamente para Dominic, o rosto tenso de irritação. Ele a encara com um sorriso insuportavelmente satisfeito, prestes a jogar mais lenha na fogueira.
— Disse alguma inverdade, senhorita Sinclair? — Ele pergunta, sua voz cheia desprezo, como se estivesse apenas enunciando o óbvio. — Honestamente, parabéns. Esse show de “noiva apaixonada” quase me enganou! Mas, claro, só por alguns segundos. — Dá de ombros, rindo novamente, como se estivesse assistindo a uma comédia feita sob medida para ele.
— Sempre tão adorável, Dom. — Natasha responde, lutando para esconder a raiva que a atitude de Dominic provoca. — Os anos passam e você não muda nada. — Acrescenta, um sorriso doce e controlado nos lábios, tentando manter a compostura.
— Posso dizer o mesmo, você continua a mesma burra e interesseira de sempre. — Dominic retruca, contornando a mesa com uma calma arrogante antes de ocupar seu lugar. — Melhor você rezar para o Noah não morrer também, porque comigo, você não terá a menor chance. — Dispara, deixando seu desprezo evidente em cada palavra.
— Já chega, Dominic. — Noah intervém, tomando finalmente o controle da situação. — Por que você faz isso? — Pergunta, visivelmente irritado com a atitude do irmão.
— Me desculpe se a verdade te incomoda, irmão. — Dominic rebate, carregando a frase com uma ironia afiada. — Agora, leve sua noiva troféu e saia da minha sala. — Ordena, seu tom firme e sério, como uma sentença final.
Noah escolhe o silêncio, conhecendo bem o humor corrosivo de Dominic. Sem uma palavra, ele apenas entrelaça os dedos aos de Natasha e sai da sala, deixando o clima tenso para trás. Ao fechar a porta, seus olhos pousam em Vivienne, de pé diante da mesa, meticulosamente colocando seus pertences em uma caixa. Ele dá um passo na direção dela, mas o aperto firme de Natasha em sua mão e o olhar afiado que ela lhe lança o detêm.
— Que o elevador despenque com você dentro. — Vivienne murmura, mal disfarçando o veneno na voz enquanto observa Noah se afastar com sua elegante noiva. — Como pude ser tão cega? — Sussurra para si mesma, o arrependimento transbordando em cada palavra. — Francamente, Vivienne, o que os seus pais diriam agora? — Se repreende, afundada na vergonha do erro que só agora reconhece plenamente. O toque do telefone quebra seu devaneio, e um arrepio percorre seu corpo ao ver que o ramal vem da sala do CEO. Lutando contra o nervosismo, ela atende. — No que posso ser útil? — Pergunta, esforçando-se para manter o tom firme.
— Venha à minha sala. — A voz de Dominic é fria e direta, sem espaço para questionamentos. — E traga um café. — Acrescenta com desdém antes de desligar abruptamente.
— Sim, senhor. — Vivienne resmunga para si mesma, caminhando até a copa com passos apressados. Enquanto prepara o café, exatamente como fazia para Noah, sua mente se volta ao beijo de mais cedo, e ela sente o rosto esquentar, o rubor crescendo sem controle. — “Concentre-se, Vivienne.” — Pensa, tentando afastar as lembranças inconvenientes.
Com a bandeja em mãos, Vivienne segue para a sala de Dominic, determinada a manter o profissionalismo. No entanto, quando levanta a mão para bater, a porta se abre bruscamente. Sem aviso, ela tropeça para frente, e a bandeja escapa de suas mãos. O café, em uma trajetória descontrolada, se espalha por todos os lados, derramando-se diretamente sobre Dominic. Ele dá um passo instintivo para trás, mas é tarde demais, o líquido já o atingiu em cheio, deixando-o surpreso e encharcado.
Vivienne tenta se equilibrar, mas seu pé torce, e ela cai diretamente no chão. O som da queda ecoa pela sala, tão alto quanto o desastre que acabou de causar. De joelhos e com as mãos espalmadas no chão, ela ergue a cabeça devagar, o horror estampado em seu rosto. Seu olhar encontra o de Dominic, e o silêncio denso que se segue torna tudo ainda mais desconfortável. O choque em seus olhos apenas amplifica a tensão, enquanto Vivienne, paralisada pelo constrangimento, tenta processar o que acabou de acontecer.
— Devo ficar grato pela sua completa incompetência. — Dominic dispara, tirando o paletó com um gesto brusco, o rosto marcado por uma irritação fria, enquanto a observa no chão. Vivienne está, literalmente, de quatro aos seus pés.
— O senhor se queimou? — Ela pergunta baixinho, tentando se recompor enquanto se levanta lentamente. Mas antes que ela consiga recuperar qualquer dignidade, uma risada amarga e cheia de ironia escapa dos lábios dele, ecoando pela sala.
— O café estava frio! — Dominic vocifera, jogando o paletó sobre a mesa com desprezo, como se até o tecido o irritasse. — E me diga, você tem alguma outra qualidade além de ser a amante do seu chefe? — Lança a provocação com uma frieza cruel, cada palavra um golpe certeiro, enquanto seus olhos gélidos cravam-se no rosto dela.
O insulto atinge Vivienne em cheio, e antes que ela possa pensar, sua mão se move por puro instinto. O som do tapa é alto, seco, preenchendo a sala. A cabeça de Dominic vira bruscamente com o impacto, seu rosto momentaneamente congelado em surpresa. O silêncio que segue é absoluto, pesado, como se o ar tivesse ficado mais denso.
— Eu me demito, senhor Muller! — Vivienne grita, sua voz cheia de convicção, os punhos tão cerrados que seus dedos tremem. A adrenalina pulsando violentamente em suas veias, como se cada célula do seu corpo estivesse em chamas.
Vivienne se vira para sair, a raiva fervendo em cada parte de seu corpo, mas antes que consiga dar o primeiro passo, sente a mão firme de Dominic agarrar seu pulso. Em um movimento rápido e dominador, ele a puxa com força, trazendo-a para perto, seus corpos quase se tocando. O ar ao redor deles parece estalar com a eletricidade do momento. Dominic a faz recuar um passo, e o som da porta se fechando ecoa pela sala. Suas costas se chocam contra a madeira com força, e antes que Vivienne possa reagir, Dominic já a mantém presa ali, seus braços estendidos ao lado do rosto dela, as mãos espalmadas na porta, bloqueando qualquer tentativa de fuga.— Quem você pensa que é? — Dominic questiona, sua voz elevada, o olhar faiscando de raiva, enquanto se afasta levemente, ainda mantendo Vivienne presa entre a porta e seu corpo.— Vivienne Bettendorf. — Ela responde com firmeza, seus olhos deslizando rapidamente pelo cenário, buscando uma alternativa para escapar. — E não ouse me ofender. — Adverte,
O pânico cresce rapidamente dentro de Vivienne, e o enjoo se torna insuportável, apertando sua garganta de maneira sufocante. Sem tempo para pensar, ela se levanta bruscamente, os passos rápidos a levando direto até a lixeira mais próxima. Não havia tempo para correr até o banheiro. Ao se inclinar, o vômito irrompe incontrolável, o som do líquido ecoando pela sala em meio ao silêncio absoluto. Todos os olhares se voltam para ela, congelados em choque.Enquanto ainda ofegava, tentando se recompor, a voz cortante e carregada de irritação invade seus ouvidos.— Providencie outra sala. — O som é inconfundível, mas tão semelhante que seu coração dispara novamente. — Em cinco minutos, quero tudo pronto. — A voz finaliza, saindo da sala, deixando Vivienne ali, entre a sensação de humilhação e o terror de ter o passado mais próximo do que imaginava.— Vivienne, o que deu em você? — A voz de seu chefe soa perplexa, enquanto ela luta para recuperar a postura, os olhos baixos, evitando os olhare
A expressão de Noah se fecha, os olhos endurecem, e o choque logo se transforma em algo mais sombrio. Sem dizer nada, ele avança lentamente até a mesa, analisando cada teste de gravidez com atenção silenciosa. Não precisa contar, mais de cinco estão ali, todos gritando a mesma verdade inescapável. — Sou o pai? — Noah pergunta, cortando o silêncio enquanto se vira abruptamente, o olhar cravado nela. Vivienne tenta, mas não consegue segurar o pranto que a domina. — Responda! — Exige, sua voz agora, um berro, tão alto que faz o corpo dela tremer e se encolher de susto.— Quem mais seria? — Vivienne rebate, com a voz quebrada, as lágrimas manchando seu rosto enquanto tenta, em vão, secá-las. — Sim, Noah, você é o pai. — A confirmação sai entre soluços, uma mistura de medo e desespero. Ele leva as mãos ao rosto, esfregando-o com força, como se quisesse apagar a frustração crescente que o consome.— E o que você planeja fazer com isso, Vivienne? — Pergunta, a voz carregada de frieza. Ele a
Dominic agarra as mãos dela com firmeza, puxando-a para mais perto, o calor entre eles crescendo a cada segundo. O sorriso que ela oferece é carregado de malícia, um jogo silencioso que ele aceita sem hesitar. Sua mão desliza lentamente pelas costas dela, sentindo cada contorno, até chegar à nuca, onde ele a segura com intensidade. Então, ele a puxa para um beijo profundo, intenso, cheio de desejo ardente, um toque que revela o quanto ambos ansiavam por aquilo.— Não tive muita escolha, senhorita Gauthier. — Dominic responde, a voz rouca e carregada de desejo, os olhos queimando enquanto ela se acomoda ao seu lado, ainda mais próxima.— Dom, não me venha com formalidades agora. — Claire responde, a voz suave e provocante. Ela cruza as pernas lentamente, o movimento cheio de sensualidade, cada gesto cuidadosamente feito para atrair a atenção dele. Virando-se para ele, com os olhos fixos nos dele, ela levanta o dedo com elegância, chamando o barman com tranquilidade. — Um Château Margau
Dominic avança pelas ruas de Luxemburgo com o pé pesado no acelerador, os olhos fixos no trânsito à frente. A cada semáforo que ameaça fechar, ele pressiona um pouco mais, evitando qualquer parada que possa atrasá-lo. O peso da notícia ecoa em sua mente, corroendo sua calma, enquanto a ausência de respostas de seu avô intensifica sua inquietação. O hospital finalmente surge à sua frente, e ele estaciona o carro de maneira abrupta, quase descontrolada.Assim que entra, seus passos ecoam pelos corredores até a recepção. Sem perder tempo, ele segue direto até o andar onde sabe que Noah está sendo atendido. A tensão transborda ao se deparar com seu avô em frente à porta do quarto, e ele se aproxima apressado, com o coração acelerado.— O que aconteceu? — Dominic dispara a pergunta, o nervosismo rasgando suas palavras.— Noah está bem — Grant responde com uma calma meticulosa, que parece mal caber na situação. — Ele se distraiu, perdeu o controle do carro e bateu a cabeça no painel.Aquela
Dominic passa a mão pelos cabelos, os olhos fixos em Noah, como se cada palavra estivesse ativando um alarme interno. Ele enfia as mãos nos bolsos, o gesto tenso e carregado, como se estivesse tentando segurar a fúria que começava a borbulhar. — Quando e onde isso aconteceu? — Dominic finalmente pergunta, a voz baixa, porém afiada, carregada de uma raiva prestes a explodir.— Um dia antes da tua volta, na suíte do teu hotel. — Noah responde, observando a reação de Dominic com cautela, vendo a tensão aumentar.Dominic absorve a informação sem mais questionamentos, ele não precisa de mais explicações. Sem dizer mais nada, ele se vira bruscamente, a raiva transparecendo em cada movimento enquanto caminha apressado em direção à saída. — Qual o problema desse menino? — Grant questiona, a voz carregada de frustração, enquanto observa Dominic se afastar.— Se nem o senhor sabe, imagine eu. — Noah responde de maneira contida, soltando um leve suspiro enquanto começa a caminhar.— Noah, vá d
Vivienne Bettendorf desliza a mão pelo espelho embaçado da suíte do hotel Sofitel Le Grand Ducal, em Luxemburgo. Com os lábios entreabertos, ela observa seu acompanhante através do reflexo. Ele está no box, os movimentos lentos e provocantes enquanto seca os cabelos molhados. Cada gesto é um convite silencioso, cheio de intenções. Os músculos dele se destacam sob a pele úmida, e ela sente um arrepio percorrer sua espinha ao se lembrar de cada toque e suspiro que dividiram há pouco.O vapor do banho ainda envolve o ambiente, mas não o suficiente para ocultar o corpo dele, que brilha sob a luz suave do banheiro. Vivienne morde o lábio, incapaz de desviar o olhar, enquanto as lembranças do prazer recente inundam sua mente. Seu coração acelera, e ela ainda consegue sentir as mãos dele explorando sua pele, os gemidos abafados que escaparam de seus lábios.Ele percebe o olhar dela e, com um sorriso malicioso, ergue o rosto, os olhos cravados nela, carregados de luxúria. Sem pressa, ele se a
A viagem inesperada de Noah deixou Vivienne com um gosto amargo de frustração e decepção. Ele esteve com ela na noite passada, e nem se deu ao trabalho de avisar que partiria. A realidade de ser apenas mais uma mulher disponível para ele começou a corroê-la por dentro. E, enquanto as horas passavam, Vivienne se viu refletindo sobre tudo o que abriu mão. Ela se formou em finanças com louvor, aos vinte e quatro anos, sonhando em construir uma carreira sólida e promissora. Mas, em vez disso, se vê aprisionada ao papel de assistente do CEO da maior empresa de finanças do país, lidando com tarefas que não fazem jus à sua capacidade. — Onde estou errando? — Vivienne murmura, sentindo o incômodo crescer. Ela sabe que aceitou ser tratada dessa forma. Permitindo, ao longo do tempo, que ele invadisse sua vida e se apoderasse de seus sentimentos. Os dias passaram, e Vivienne manteve a rotina, esperando um contato de Noah que nunca chegava. Um mês depois, ela sentia-se à beira de um colapso, p