Após aqueles momentos inesquecíveis, a vida seguiu para Dominic e Vivienne, repleta de felicidade, amor e novas descobertas. Cada dia era uma celebração silenciosa do que haviam construído juntos, um presente renovado a cada amanhecer, envoltos pelo riso e pelas pequenas surpresas que a vida lhes trazia, especialmente ao lado de seus filhos.Os dias eram preenchidos pelo som das risadas infantis, pelos passos apressados dos trigêmeos que exploravam o mundo ao seu redor, e pelos olhares apaixonados trocados entre eles, como se cada momentos juntos fosse uma lembrança viva do quanto se amavam.Não havia mais incertezas, apenas o conforto de saber que tinham encontrado seu lar um no outro. E, com seus filhos nos braços e o amor crescendo dia após dia, eles sabiam que o melhor ainda estava por vir.Cinco anos de casados. Cinco anos de amor, cumplicidade e crescimento. Durante esse tempo, Dominic e Vivienne viveram lado a lado, compartilhando cada conquista, cada desafio e cada pequena aleg
Para Vivienne e Dominic, os últimos anos trouxeram muitas mudanças, mas também grandes alívios. A maior delas veio com a confirmação, após exames detalhados, de que Dante, Damon e Diana não herdaram a doença do pai. O momento foi marcado por gratidão e alívio profundo, um peso invisível que finalmente se dissipava. Agora, podiam seguir em frente sem a sombra da incerteza pairando sobre o futuro dos filhos, permitindo-se viver plenamente cada instante. Com isso, decidiram que sua família estava completa. Os trigêmeos eram a maior prova de um amor que nasceu inesperadamente, mas que floresceu e se fortaleceu além de qualquer expectativa. Não havia vazio a ser preenchido, nenhuma necessidade de mais, porque tudo o que precisavam já estava ali, nos três pequenos que iluminavam seus dias, enchiam a casa de risos e faziam seus corações transbordarem de amor. Para garantir essa decisão, Dominic optou por realizar uma vasectomia. Ele sabia que o procedimento era muito menos invasivo do que
Dominic olha em volta, percorrendo o olhar pela sala agora tomada pelo rastro do caos matinal. Brinquedos espalhados pelo chão, almofadas jogadas sem ordem, pequenos vestígios da pequena guerra que havia acabado de acontecer. Ele solta um longo suspiro, passando a mão pelo rosto, enquanto Dante e Damon, como se absolutamente nada tivesse acontecido, se jogam no sofá, relaxados. Sem qualquer resquício da confusão de minutos atrás, Damon pega o controle remoto e, com a maior naturalidade do mundo, liga a televisão direto no canal de desenhos animados preferido deles, como se essa fosse a sequência lógica dos acontecimentos.— Sem televisão para vocês hoje. — Dominic afirma, pegando o controle remoto e desligando a televisão com um clique seco. O silêncio que se instala é pesado. — Já não conversamos sobre vocês pegarem as coisas da irmã de vocês? — Pergunta, observando os meninos abaixarem a cabeça imediatamente, os ombros encolhidos, como se tentassem desaparecer. — Fiz uma pergunta.
Vivienne observa Dominic, os olhos refletindo uma admiração serena, enquanto seus dedos deslizam suavemente pelo rosto dele, mapeando cada traço com ternura. Era um toque silencioso, mas carregado de significado, um gesto que transmitia amor, gratidão e a certeza inabalável de que, independentemente de qualquer coisa, ele sempre seria o seu porto seguro. E da mesma forma, ela seria o dele. — Você está melhor? — Vivienne pergunta, a preocupação transparecendo em sua voz, enquanto o analisa atentamente, como se quisesse garantir que, de fato, tudo estava bem com ele. Na noite anterior, Dominic estava exausto, cada movimento era um esforço devido à dor intensa causada pela doença. Esses episódios, embora menos frequentes do que no início do relacionamento, ainda a deixam profundamente preocupada. Vivienne o observa com olhos atentos e cheios de carinho, como se quisesse detectar qualquer sinal de desconforto, temendo o que não poderia ver. No fundo, ela agradece silenciosamente pelo f
Vivienne Bettendorf desliza a mão pelo espelho embaçado da suíte do hotel Sofitel Le Grand Ducal, em Luxemburgo. Com os lábios entreabertos, ela observa seu acompanhante através do reflexo. Ele está no box, os movimentos lentos e provocantes enquanto seca os cabelos molhados. Cada gesto é um convite silencioso, cheio de intenções. Os músculos dele se destacam sob a pele úmida, e ela sente um arrepio percorrer sua espinha ao se lembrar de cada toque e suspiro que dividiram há pouco.O vapor do banho ainda envolve o ambiente, mas não o suficiente para ocultar o corpo dele, que brilha sob a luz suave do banheiro. Vivienne morde o lábio, incapaz de desviar o olhar, enquanto as lembranças do prazer recente inundam sua mente. Seu coração acelera, e ela ainda consegue sentir as mãos dele explorando sua pele, os gemidos abafados que escaparam de seus lábios.Ele percebe o olhar dela e, com um sorriso malicioso, ergue o rosto, os olhos cravados nela, carregados de luxúria. Sem pressa, ele se a
A viagem inesperada de Noah deixou Vivienne com um gosto amargo de frustração e decepção. Ele esteve com ela na noite passada, e nem se deu ao trabalho de avisar que partiria. A realidade de ser apenas mais uma mulher disponível para ele começou a corroê-la por dentro. E, enquanto as horas passavam, Vivienne se viu refletindo sobre tudo o que abriu mão. Ela se formou em finanças com louvor, aos vinte e quatro anos, sonhando em construir uma carreira sólida e promissora. Mas, em vez disso, se vê aprisionada ao papel de assistente do CEO da maior empresa de finanças do país, lidando com tarefas que não fazem jus à sua capacidade. — Onde estou errando? — Vivienne murmura, sentindo o incômodo crescer. Ela sabe que aceitou ser tratada dessa forma. Permitindo, ao longo do tempo, que ele invadisse sua vida e se apoderasse de seus sentimentos. Os dias passaram, e Vivienne manteve a rotina, esperando um contato de Noah que nunca chegava. Um mês depois, ela sentia-se à beira de um colapso, p
Vivienne desliza a mão pela curva das costas, próxima à base da coluna, sentindo a dor intensa onde o impacto a atingiu. O homem que ela acreditava ter algum espaço em seu coração, a observa de cima, o olhar frio e calculista, como se ela fosse um incômodo temporário, algo a ser descartado.— Por que está agindo assim, Noah? — Vivienne pergunta, a voz carregada de uma mistura de frustração e vulnerabilidade, cortando o silêncio sufocante que paira entre eles.Ele não responde de imediato. Uma risada curta, cheia de sarcasmo, escapa de seus lábios. Ele se inclina levemente sobre a mesa, mantendo os olhos fixos nela, o olhar pesado com um desprezo que ela nunca havia visto antes. Com um gesto desdenhoso, ele pressiona o botão do telefone e leva o aparelho à orelha sem desviar o olhar, sua presença imponente dominando o ambiente.— Na minha sala, agora! — Ele ordena com uma voz fria, autoritária, encerrando a chamada antes que qualquer resposta pudesse ser ouvida. Era como se qualquer re
As palavras de Dominic atingem Vivienne como um golpe certeiro, inflamando cada parte de sua fúria. Seus olhos permanecem fixos em Noah, e a presença da mulher ao lado dele apenas intensifica o ódio pulsante em seu peito. As lágrimas ameaçam escapar, mas Vivienne as reprime com um controle feroz. Sem pensar, ela avança, o peito cheio de raiva crescente, sua mão se ergue e, em um movimento rápido, desce com força, estalando no rosto de Noah com um som cortante que ecoa pela sala. A mulher ao seu lado permanece paralisada, em choque, enquanto Dominic solta uma risada baixa, saboreando cada segundo daquele confronto explosivo.— Noah Muller, você é um miserável! — Vivienne explode, o desprezo contido em cada palavra. — Espero que você queime no inferno! — Com um movimento brusco, ela se vira, os passos ecoando como marteladas enquanto a porta bate com uma força que reverbera pela sala, deixando um silêncio denso e incômodo no ar.— Noah, querido, o que foi isso? — A mulher murmura, com u