Ambhar foi jogada em meio a um arbusto. Ele picava seu traseiro e isso que a fez acordar.
- Mas que porcaria é essa? - xingou retirando um espinho da carne em seu glúteo. Olhou em volta e estranhou o local. Não era nada, absolutamente nada parecido com o que ela conhecia como seu lar. Sua cidade.Não podia ver muito, pois escurecia, e a mata em que ela estava era muito fechada. Olhou ao redor.- Saphyre! Em! Mamãe! Pai! Onde vocês estão? Tem alguém aqui? - Buscou o ar, inspirou e expirou. Esperou os olhos se acostumarem à escuridão, olhou em volta, não via nada além de plantas? Pareciam plantas, as grandes com certeza eram árvores. O cheiro do lugar era maravilhoso. Parecia a ela o cheiro de brownie assando. Caminhou devagar, tropeçando em alguns locais. Viu ao longe algumas luzes brilhando. - Saphyre! Em! Mamãe! Pai! Escutou um rugido. Um rugido? Ouviu algumas árvores balançando e resolveu não esperar para ver o que era aquilo. Correu o mais rápido que pôde, seus pés tocando o chão e tropeçando, não queria olhar para trás, mas ouvia o resfolegar alto do animal e as batidas das patas dele no chão. Seu coração parecia sair do peito de tão aterrorizada que estava. Saiu em uma parte que não havia árvores, ouviu o animal rugir novamente, correu mais, as pequenas luzes, iluminando seu caminho, pareciam insetos. Deuses, o animal estava a alcançando, fez a bobeira de olhar para trás e o que viu parecia um animal feito de pesadelos, o corpo era enorme, os pelos desgrenhados e colados, espetados como se tivesse pulado em piche, os olhos leitosos, fizeram arrepios subirem por sua coluna, a boca escancarada, soltava uma gosma, e os dentes era da cor do lodo e da sujeira da sarjeta. O grito que saiu de seus lábios, foi forte e horrorizado. Correu mais do que achou que podia um dia, suas grossas tranças batiam tão fortes em suas costas que ela achou que haveria marcas de roxo nelas depois. O animal chegou mais perto, e ela gritou mais porque, por mais que tivessem treinado lutas e até parkour, nunca que ela correria mais que isso que a perseguia. Era só uma humana. De repente, ouviu um bater de asas. Olhou para cima e viu um DRAGÃO? Ele gritou, soprou fogo no animal e me levantou em suas garras gigantescas. Eu estava perdida. Gritei, gritei, gritei. - Me escute - falou o dragão com voz de mulher. Eu me esperneei mais um pouco e parei assustada. Eu realmente estava louca, certeza que a casa havia caído em cima da minha cabeça com a explosão e eu morri, ou estava tendo alucinações - Fique calma! Eu te salvei do têntri. Está tudo bem. - Um dragão que fala, que isso? Eu só posso estar louca, quero acordar, quero acordar, por favor, quero acordar! - eu gritei como um mantra. O dragão pousou e me colocou em um local aberto. Eu corri dele, obviamente. Era um dragão! - Garota tola! Só quero lhe ajudar! Ela voou, passou por cima de mim e parou em frente a mim. Em um momento eu via um enorme dragão, no outro era um dragão se transformando em uma mulher! Uma mulher nua, de orelhas pontudas, e algumas escamas rosa escuro. Eu fiquei de queixo caído. Meus Deuses, nunca havia visto tamanha beleza. Mas ela era um dragão, se transformava em um ao menos. - O que você é? - Sou um dragão e você uma elfa. Não entendo a confusão, acho que ficou bem claro não é? - disse ela caminhando em minha direção, nua, os seios pesados balançando conforme ela andava. O corpo torneado e meus deuses, a vagina dela era completamente lisa. Sem nenhum pelo. Só algumas escamas rosas salpicavam seu corpo aqui e ali e de um lado dos cabelos platinados de pontas rosa combinando com as escamas. Ela me deu a mão, para me ajudar a levantar. Eu havia perdido a parte que ela disse que eu era elfa. Mas me lembrei e desatei a falar. Eu fazia muito disso, era tímida e quando me dava um clique eu falava mais do que deveria. - Eu não sou uma elfa, sou humana. Você está nua. Moro no planeta Sart. Eu não sei o que está havendo aqui, mas eu sofri um acidente, minha casa explodiu e acordei aqui no meio de uma, acho que floresta, e meus pais e irmãs estão sumidos. Você está nua. Eu preciso encontrá-los, estão lá com aquele... animal. O que era aquilo?! Você está nua e é uma mulher dragão. - Era um têntri. E você é sim uma elfa. Olhe suas orelhas. - ela apontou minhas orelhas. Eu as toquei e achei umas pontas que nunca estiveram ali antes. - O quê!? O que é isso, eu definitivamente estou maluca. Minhas orelhas são redondas. Sempre foram, de onde vieram essas pontas? Onde eu estou? - Você está no planeta Kalimares. E sobre minha nudez, eu não tive escolha, não trouxe roupas para me vestir, estava fazendo uma ronda pelo perímetro e a ouvi berrar, depois a vi e vi que estava sendo perseguida pelo têntri. E eu precisei me transformar para você parar de correr de mim. Não lhe farei nenhum mal. Vou levá-la até a vila mais próxima. Mas não se assuste, vou precisar me transformar em dragão novamente. Não tenha medo, não irei te comer. - Tudo bem. - O que eu tô pensando? Ela é uma mulher e vai se transformar em um dragão ou era um dragão que se transformou em mulher na minha frente? E que mulher. Ela se transformou e ficou enorme. Um dragão mesmo. Suas escamas eram lindas e gigantes e eu só fiquei com a boca aberta. - Sente-se em minhas costas, consegue subir? - Tentarei. - Ambhar subiu nas costas dela e tentou se segurar o máximo que pôde. - Eu não fui feita para ser montada, mas abrirei uma exceção para você. Aliás meu nome é Fayne e o seu? - Ambhar. Me chamo Ambhar. Eu realmente estou bem preocupada com meus pais e irmãs. - Eu não os vi, ou ouvi. Se eles estivessem na floresta, com certeza iriam gritar como você, estas florestas estão cheias de têntris ultimamente. Depois que a Escolhida chegou, para ser mais precisa. Parece que estão procurando ela. - Quem? - Uma moça que apareceu na floresta, assim como você. A creature Ciana a salvou de um têntri também. Há um tempo atrás, há um mês ou dois. A chamamos de a Esquecida, pois ela não tem nenhuma memória do que houve com ela, para que ela chegasse até aqui. - E ela é como, a aparência, você saberia me informar? Fayne levantou voo facilmente com um impulso das poderosas pernas e um bater de asas. Suas asas eram enormes e muito musculosas. - Não, não a vi ainda, não faço ideia de como ela seja. Pensa que pode ser uma de suas irmãs? - Eu não sei, faz mais de um mês que ela está aqui? - Fayne afirmou com a cabeça - Então não pode ser, pois caí dentro do portal antes dela. - Depende, se você saiu de dentro do buraco do portal por alguns instantes, você pode facilmente ter perdido um bom tempo antes de voltar. Mesmo que para você pareçam alguns segundos. Portais são extremamente instáveis. Apenas os criadores deles podem controlá-los. E eles já não existem mais. - Como assim? Eu não entendo. É como se fosse uma espécie de máquina do tempo? - Ambhar perguntou intrigada. - Não uma máquina do tempo. Por exemplo, os portais que temos em Kalimares foram feitos por uma espécie de feiticeiros que não existem mais, mas que foram tão poderosos que a magia de tudo que eles criaram perduram mesmo após sua morte. Não sabemos quem eles foram. Os buracos dos portais podem ser curvos, retos, curtos ou longos, dependendo de para onde vão. Se os locais forem muito distantes, poderemos percorrer um túnel mais longo do que seria se fosse para um destino próximo. É como se fossem uma estrada. E se você passar por ele muito rapidamente, pode deslizar para fora de uma curva mas seria puxada para dentro algum tempo depois. - Talvez tenha sido pela explosão aliado ao local que eu estava quando fui atirada para dentro do portal? - Sim. Mas o túnel sempre puxa de volta quem entrou nele. Por isso talvez tenha demorado a sair aqui, na floresta. Não sabemos. Saberemos quando averiguarmos quem é a Esquecida. Vamos agora à cidade da ponte de Sayra. Ela saberá nos dizer. - Está bem. E obrigada por me salvar. - Não se preocupe. - respondeu FayneVoaram por alguns minutos e Ambhar se encantou com as três luas. Tão distintas entre si. Pousaram logo após a ponte de Sayra, a creaturs que estava adormecida, emprestando sua força para a proteção de todos atrás do seu muro de forças que se unia com o muro de força de suas irmãs. Sayra as cumprimentou. Ambhar ficou encantada com a árvore da mulher falante. E obviamente surpresa. - Olá Fayne, olá moça dos meus sonhos, encontrou sua Saphyre? -- Minha Saphyre, dos seus sonhos? Você sonhou comigo? - Olá Sayra, viemos aqui pois eu encontrei esta elfa correndo de um têntri, a salvei mas ela não sabe como ela está neste planeta. Veio por um portal. Você sonhou com ela? - Sim, sonhei. Eu entendi. De outro planeta ? Temos tempo para falar sobre isto, apesar de sua busca. Se eu não me engano sua Saphyre, a Esquecida está na ponte Cadmy prestando socorros aos aldeãos que foram atacados por têntris. Informou Sayra. - Meus deuses, será a minha irmã Saphyre mesmo? Mas ainda me resta saber de Emeraldy e meus pais Satio e Mona. Eu não tenho certeza que eles caíram aqui, neste planeta, mas tenho esperança de encontrá-los. Soube de algo? - questionou Ambhar aflita. - Infelizmente nada sobre estes nomes. Sinto muito. Mas vamos, tenho alojamentos prontos para visitantes. Somente me sigam que levarei vocês até Fioder. Ele lhes dará abrigo e alimentos. - Graças, obrigada, estou com muita fome. E exausta. - Falou Ambhar. Caminharam pela vila pouco movimentada, Sayra as levou à uma cabana de três andares e um espaço enorme ao lado onde haviam… o quê eram aqueles cavalos? - São unicórnios? Vocês têm unicórnios aqui?? É esta a terra da fantasia ou o quê?! - Ela caminhou até os unicórnios. - Não temos unicórnios, eles pertencem somente a si mesmos. - Falou Sayra - Verá por si mesma. Ela entrou na cobertura onde haviam mais de dez unicórnios. E chegando mais perto, viu que eles estavam conversando. - Eles falam! Não posso acreditar! - Mas o que está acontecendo aqui? - perguntou um dos unicórnios, achando estranho alguém se surpreender por vê-los falar. - Me desculpe senhor unicórnio. Sou nova nessa coisa de seres mágicos. Me perdoem se os ofendi. Ele riu, e todos riram também. Ambhar ficou super envergonhada pela burrice dela naquele momento. Já devia saber que haveriam mil criaturas diferentes, já que já havia visto um têntri, um dragão e uma árvore lindíssima falante. -Não se preocupe. Sou Siath, e estes são meu irmãos e primos. Somos do clã Unithormnus. Estamos de passagem, vamos participar de uma competição. É um prazer conhecê-la, senhorita... - Ambhar! Meu nome é Ambhar. - É um prazer Ambhar. - Falaram todos. - Olá Sayra e senhorita Dragão. - Olá Siath, meninos. Boa competição para vocês amanhã. - Me desculpem, não sou daqui e de onde venho, vocês são apenas seres de fantasia, lenda sabe? Não são reais. - Não há problema e obrigada Sayra. - virou para Ambhar novamente e perguntou - Gostaria de ficar um pouco conosco? Nós vamos nos alimentar ali naquela mesa posta para refeição. - Apontou para a mesa posta em um local debaixo das árvores em meio a um jardim que estava além da parte coberta com baias espaçosas. - Me desculpem a pergunta burra, mas como se sentarão em uma mesa, já que são cavalos com chifre? - Ah não se preocupe, Badat servirá os alimentos e vamos nos transformar em nossas formas humanoides. Espere um momento que já voltamos, sentem-se ali por favor. - Ofereceu ele. Ambhar virou e olhou para Fayne e Sayra que ficaram apenas se divertindo com suas trapalhadas. - O que faço? Me sento? - Sim, claro. Vou pegar um quarto para nós com Fioder e já volto. - Falou Fayne. Me espere e já pode se servir, já que está faminta. - Ok. Obrigada. - Bom, já que já se habituaram ao local, posso retornar à ponte. Enviarei alguém para avisar que você busca Saphyre, tudo bem Ambhar? Talvez até amanhã ou depois de amanhã você já consiga vê-la. Fique à vontade e coma, parece estar com muita fome. - Obrigada Sayra. Sou muito grata a vocês por me receberem sem nem saber quem sou. - Não se preocupe Ambhar. Ninguém, vindo da floresta, passa pelo muro de proteção se for vil. Fora que, sonhei com você. Você pertence a este lugar. - Obrigada mais uma vez. - agradeceu Ambhar e Sayra se retirou. Ambhar caminhou até a mesa em meio ao jardim e sentou. Logo vieram alguns rapazes, todos bem vestidos, como se estivesse de fraque, mas todos muito brancos e em suas cabeças os pequenos chifres se destacavam. Cada um tinha uma cor de cabelos diferente do outro. E os sorrisos eram brilhantes. Realmente impressionantes. - Voltamos senhorita Ambhar. Venha, sente-se. Vamos comer esta deliciosa refeição. - Viu que ela se sentou mas que ficou um pouco exitante à comida - Não se preocupe, temos de tudo e sempre poderá experimentar para saber do que gosta. Sayra e sua amiga dragão foram embora? - Perguntou ele se sentando ao seu lado, enquanto os outros se dispersavam em outras cadeiras. - Sayra sim, mas minha amiga Fayne virá assim que arrumar quartos para nós. Neste momento, Siath se levantou, olhando atrás de Ambhar. - Oh, olá deslumbrante dragão. Venha, seja bem vinda. - Ambhar virou-se e a viu caminhar até a mesa. Os quadris balançando conforme ela andava. Siath caminhou até nela, deu-lhe a mão e acompanhou Fayne até a cadeira ao lado dele. - Obrigada. - Disse Fayne. - Vamos comer. Bom apetite à todos. Os rapazes que estavam só conversando e tomando algo em seus copos, começaram a pôr comida em seus pratos, rindo e conversando, um brincando com o outro, e muitos deles perguntando uma ou outra coisa para Ambhar e para Fayne. Fayne descobriu mais tarde os nomes de cada um deles. Carit, Glaze, Gatefull, Paladin, Moonhill, Furywave, Mooseby, Spear e sunhammer. Foi uma refeição divertida e Ambhar riu bastante das piadas que eles faziam. Muitas ela não entendia por não conhecer o assunto mas ria mesmo assim.. Tomaram uma bebida doce e ao mesmo tempo picante, e já havia tomado dois copos quando Fayne veio avisar para que ela não bebesse mais se não tinha idade suficiente. - E qual seria a idade suficiente para beber isto? - No mínimo cento e oitenta anos. Você tem isto? - Céus, não! Você tem??? Ela colocou a mão na cintura. - Duzentos e sessenta. Porquê? - Ambhar arregalou os olhos. - Meus deuses, qual a idade normal de vida de vcs? - Milênios - Ambhar encarou Fayne pensativa. - Bom, em meu planeta eu sou uma jovem adulta, não sou uma adolescente mais. Eu trabalho e faço faculdade. Na verdade é minha segunda faculdade. Bebo desde os dezoito, que pode ser que seja o seu cento e oitenta anos. E pode-se dizer que tenho duzentos e vinte anos. Que equivale a vinte e dois anos em meu planeta. Não vivo tanto como você vive mas, sim, eu tenho permissão de tomar bebidas apenas de adultos. - disse Ambhar já sentindo o efeito da bebida e ficando mais ousada. - Oh, acho que ela está correta. Aliás ela é elfa, não vê a sua orelha? Ela é uma elfa adulta - Falou Furywave a apoiando. - Obrigada Furywave. - Tudo bem, desculpe pela má interpretação. - Tudo bem. Não tem problemas realmente. Mas sou realmente uma mulher - pensou um pouco - elfa adulta. - disse levantando os ombros e estufando o peito. Fayne olhou e acenou com a cabeça. - Isso! Agora nós vamos nos aconchegar por aqui nas baías. Vocês gostariam de nos acompanhar? Vamos treinar, o último treino antes da competição de amanhã! - Claro! - disse Ambhar levantando e seguindo os rapazes. - Vocês vão competir com o quê exatamente? - Perguntou Fayne- Você verá! - falou SiathEles se sentaram todos bem aconchegados em uma das baias, nos montes de gramas fofas. Ela se sentou e logo Fayne sentou junto. Suas pernas junto das de Ambhar. E eles começaram a cantar. Sunhummer começou, uma voz grave, fazendo um som retumbante e lindo em afinação, os outros foram entrando, um a um, somando suas vozes e uma completava a outra. Ambhar nunca havia visto algo assim, não ao vivo e sem nenhum instrumento. Foi a coisa mais linda que ela já viu. Alguns tinham a voz grave, alguns cantavam em contralto e outros eram sopranos. Os vibratos entravam e saiam de seu corpo como uma corrente elétrica. E suas vozes se mesclavam de uma forma realmente espetacular e ao finalizarem a primeira música, já emendatam com outra. Eram músicas que diziam sobre o planeta deles, sobre os seres, o amor de alguns seres que eram tão perfeitos que nunca foi visto ou ouvido sobre em outro lugar. Falavam de magia e família. Honra e empatia. Quando Ambhar percebeu que havia dormido, já haviam se passado muitas horas, abriu os olhos e a baia estava escura, quase a meia luz apenas, e viu que seu corpo deslizara e que estava bem encostada em Fayne. Na verdade estava com as coxas em cima das dela, que a abraçava. Levantou a cabeça olhando para ela e notou que ela a encarava. Seu coração deu um salto. - Olá. - Fayne falou sussurrando. - Você dormiu e deslizou em mim, então apenas deixei. Estava cansada aposto. - Olá. - falei envergonhada. - Me desculpe por dormir em cima de você. Tenho um travesseiro que fica no meio das minhas pernas quando durmo em casa, deve ter confundido com você... - Eu disse me afastando. - Não precisa se desculpar, eu gostei. Sortudo, o travesseiro. - Oh, o quê? - falou Ambhar com o coração na boca. - Sortudo esse seu travesseiro. Você é muito sexy Ambhar. - Fayne sorriu. - Ah, você também é muito linda e sexy Fayne. - Falou Ambhar ainda bem desinibida pelo efeito da bebida tomada com os unicórnios. - Estou aqui me coçando para te beijar. Mas a acho muito jovem ainda, não consigo vê-la como uma adulta. - Pois é como já lhe afirmei, sou adulta sim! - e a beijou. Seus lábios deslizaram nos dela. Fayne a segurou pelos ombros. A afastou lentamente. Você tem certeza? Mal nos conhecemos. - Eu não me importo. Tenho certeza. Fayne a virou e ficou por cima, deitou seu corpo em cima do de Ambhar e a beijou, desta vez o beijo foi completo, lábios e línguas se duelando, deslizando uma na outra bem devagar. Ambhar sentia o corpo todo de Fayne, seus seios, suas barrigas e vulvas se esfregando, suas pernas entrelaçadas, enquanto suas bocas guerreavam. Fayne deu uma estocada, se esfregando com sua vulva na dela e seu núcleo se derreteu de tensão . Sentiu-se aquecer. Viu algo brilhar pelo breve abrir de suas pálpebras e percebeu que era fogo. Empurrou Fayne. - Fogo! Estamos pegando fogo! - Fayne rapidamente saiu da baia e pegou um balde de água, jogando nas gramíneas onde elas estavam. Ambhar levantou e suas mãos estavam com fogo, seu corpo flamejante. Fayne ficou horrorizada. Pegou o outro balde de água e jogou em Ambhar. E nada. Ambhar correu para fora e deitou no chão, começou a rolar rápido. Quando viu que nada apagava, pulou dentro do pequeno lago perto da mesa que elas comeram. Ela ainda pegava fogo. - Ambhar, essa chama é sua. Fique calma! Respire, inspire e expire, se acalme. Se controle. Ela levantou as duas mãos para olhar as chamas vermelhas, fazendo o que Fayne havia dito. As chamas foram diminuindo até se apagar. - Agora venha. A chama apagou. O que você é? - Até pouco tempo atrás apenas uma mulher, depois vocês me identificaram como elfa e agora não sei, uma dragão como você? - Não, dragão vc não é. Meu fogo vem de dentro de mim e não pelo meu corpo. - Deuses, não sei. Que maluquice. Os cantores e alguns outros estavam olhando elas. Viram Fayne correndo com água e pensaram que foi ela que colocou fogo no estábulo. Mas não Havia sido Ambhar. Estava toda molhada, saiu da água e Fayne a levou para o quarto falando a todos que estava tudo bem. Que não houve nenhum ferido. A baia havia ficado levemente chamuscada apenas. Entraram no quarto e Fayne deixou ela lá, apenas mostrou onde tomar banho e se trocar e falou para ela voltar a dormir. Ambhar, tomou banho e colocou roupas limpas, descartando as suas que ficaram arruinadas, ficou pensando em mil coisas, inclusive sobre uma memória que teve quando fez doze anos de ter colocado fogo em algo, de suas irmãs também terem casos semelhantes aos doze anos. Exatamente aos doze e depois nunca mais aconteceu, sua mãe cantou algo em sua cabeceira quando estava dormindo e pronto, o fogo se foi.Levou tempo para que averiguassem, se era possível que a Esquecida realmente, teria chances de ser sua irmã.Após a noite em que colocou fogo na baia, ela e Fayne apenas coexistiram um em volta da outra. Sem fazer mais nenhum tipo de aproximação, Fayne havia dito que não queria nada a sério. Os dias passaram lentos e angustiantes para Ambhar e eram permeados de esperança e cansaço. Todos os dias elas faziam uma caminhada até o centro comunitário para saber se alguém apareceu nas florestas. Então Sayra as chamou para uma conversa.Elas foram até a primeira parte da aldeia, próximas à ponte e já havia um outro ser as esperando, Caleb era seu nome. Uma cavalo alado com as duas patas dianteiras iguais às de um leão. Era magnífico! Ele as cumprimentou.- Olá Fayne e senhorita Ambhar. Fui enviado pelos reis Zoltark e Kaeidh para avisar que Saphyre ou a Esquecida, se encontram à caminho das ilhas flutuantes. Aparentemente a Esquecida é mesmo sua irmã. Eles estão indo p
Todos olhavam chocados para ela. - O quê? Acham realmente que fiquei lá apenas curtindo o tempo? Eu tinha uma lança e uma faca já amoladas, feitas com pedras de Diamar. Passei dias juntando coisas aqui e ali para fazer. Eu iria aceitar me unir a ele, só para ele me levar até o fundo da montanha. Eu o mataria e libertaria a todos, e estava planejando isto, até que vi Sírius, então tive um pouco de esperança de sair de lá. Alguém mais sabia onde eu estava e isso me deu forças porque eu vi em seu olhar, que a vontade dele de matar Borag, era igual a minha. E agora que estamos aqui, só quero ficar com vocês. Matar a saudade e saber o que houve com vocês todo esse tempo. - Falou Emeraldy abraçando novamente as meninas e seus pais. - Eu estou tão cansada e com muita fome ainda, - disse Mona - e acho que Satio também está. Estamos mesmo proteg
Ambhar encontrou-se todos os dias com Kasphio enquanto estavam arrumando suas carruagens para partir. Ele era encantador, extremamente inteligente e solícito. Estavam realmente empolgados para a viagem. Ela dividia seu tempo entre arrumar coisas, treinar, ajudar seus pais a se recuperarem e ler com Kasphio. Certa noite ele a beijou, delicada e docemente. Ela gostou do beijo. Do abraço que veio junto. Mas não podia enganá-lo. Ela parou o beijo e ficou ali no abraço dele. Ambos quietos. - Você sabe que eu não posso amá-lo, Kas. - ela disse suspirando. - Eu sei. Eu quero mesmo assim, estar com você ao menos, se você quiser. Sem compromissos. Me sinto atraído por você Ambhar. Eu nunca omiti isso. - Eu não sei o que fazer. Também me sinto atraída e gosto de ficar com você, mas não é como foi com Fayne, entende? É um turbilhão de sentimen
O dia seguinte amanheceu chuvoso e Ambhar acordou com os pingos batendo em sua janela. Com preguiça e vontade de ficar na cama aquele dia, simplesmente virou de lado e cochilou mais um pouco. Cochilou e acordou diversas vezes embalada pelo barulho da chuva. Era a primeira vez que chovia ali, não se lembrava de ter visto ao menos chuviscar. Não fossem pelas árvores aquosas, não haveria água para as plantas. Será? Se levantou e correu para se arrumar, para descer. Saiu e não encontrou ninguém. Estava com um sono impossível ainda. Havia tomado banho, o que estava acontecendo? Parecia se arrastar pelos degraus até lá embaixo. Não havia visto ninguém no caminho. Para onde foram todos? Que estranho. Nem Kasphio que costumava esperá-la para o café da manhã estava por ali. Estava ocorrendo algo. Ela ouviu um barulho de porta abrindo e olhou atenta para cima. A bruxa Filanth
Emeraldy ficou preocupada com as coisas que elas viram no sonho, que todos chamaram de premonição do que elas encontrariam. Ela não queria mais ser aprisionada. Não havia dito a ninguém mas seu fogo era tão tímido e quase nunca ela conseguia fazê-lo sair. Por isto estava criando armas das pedras. Ainda carregava a faca consigo. Olhou para Sírius, ela era como ele, mataria com as próprias mãos, mas ele era um leão, um metamorfo com poderes, e ela não tinha poderes. Não o suficiente para isto que elas estavam se preparando para enfrentar. Tinha medo de ser um elo fraco para algum deles e isso ser a ruína de todos. Estava indo a um local escondida, todos os dias, tentando fazer seu fogo despertar. Como o de Ambhar e Saphyre. Elas sim, estavam poderosas e podiam ajudar em caso de perigo. Havia tentado tantas coisas. Ela não sabia mais o que fazer. Havia corrido para os braços de Sírius e ele a acolhera, abraçara e protegera. Passaram dias conversando depois que Tamany havia ido at
Ela olhou para eles, os dois. As pessoas a quem ela confiava a vida. Fora as outras na sala da biblioteca. Ela se fechara para eles. - Eu não posso mais confiar em mim, você sabe, eu confiei em Borag e ele não era bom. - Ele enganou todos os reinos, inclusive o meu e perdi meus pais, irmãos e muitos a quem eu deveria proteger. Não sou confiável por isto? - falou Sírius. - Não. Não é assim. - Eu e Saphyre não percebemos que estava apaixonada, você tentou nos dizer, de fato nos disse, mas estávamos preocupadas com a faculdade, as provas e não dê-nos atenção. Se talvez tivéssemos falado com você ou ouvido você... Vocês não teriam sido levadas por Borag e sido mantidos presos. Sou culpada? Não sou digna? - Mas você não teve culpa...- Você teve culpa onde irmã? - Nenhu
O dia amanheceu e Ambhar acordou na cama de Kasphio, ele a abraçava ternamente. Deu um suspiro e lembrou de tudo que fizeram no dia anterior. Deuses. O que foi isto!? Surpreendente, que esse garoto meigo e carinhoso, arrasar com ela na cama. A enganou direitinho. Ela pensou que ele seria mediano ou até mesmo fraco e ele fez ela entrar em erupção. Não sabia nem onde estava depois de tanto prazer. Não foi para seu próprio quarto e ele foi super gentil ao buscar comida para os dois. Passaram o restante do dia de ontem comendo e fazendo sexo.Ele se moveu atrás dela e ela percebeu que ele estava pronto para ela de novo.- Bom dia. Estava pensando em tudo que fizemos ontem não é?- Bom dia. Sim. Está muito cansada de mim?- Não. Nenhum pouco cansada. - Ele virou ela bruscamente de bruços, deitou em cima dela e prendeu seus pulsos em cima da cabeça dela. Ela gemeu excitada
Tarwin acordou bem cedo, precisava levar mais algumas coisas para sua carruagem, queria providenciar o conforto de Leigh e Sorag. Por mais difícil que tenha sido a decisão que tomaram, não poderiam deixar Sorag na ilha flutuante, então, optaram por levá-lo e todos iriam tomar conta dele. Ele foi enfeitiçado com um mini muro de proteção criado por Filanthe e seu Leabhar Hecate. Além disto, todos iriam protegê-lo do que quer que fosse. Ele colocou várias pequenas coisas a mais nos cestos embaixo dos bancos. Alimentos que eles gostavam, principalmente, Leigh e Sorag. E um acolchoado para o banco que o deixava mais confortável, caso Sorag quisesse dormir. E ele iria pedir Leigh para que fosse sua rainha. Ela, ao aceitar, teria marcada em sua pele exatamente como ele, marcas e escritos que ficariam gravados de suas costas, do quadril, na curva das nádegas até os ombros. Esta era a marca de pa