Sírius subiu e novamente se recostou à amurada, atento, olhava em todos os lugares. O convés estava vazio, todos já haviam ido dormir. Estavam em alta velocidade. E ele queria manter sua mente focada nos perigos que poderiam vir em direção deles. Ele não queria pensar em Emeraldy neste momento. Era a hora errada para se ter um romance. Precisavam focar na viagem e nos perigos à frente . Talvez ele estivesse maluco por prestar atenção à curva de seus lábios, aos cabelos macios e a pele de cor ambarina deliciosa e macia. Ele podia sentir o cheiro da excitação dela, de longe. Um cheiro que lhe dizia que ela era dele. Assim como ela era em seus sonhos. Estava enlouquecendo por querer viver isso em uma viagem perigosa. E ela não deixava de procurar por ele, por sua companhia, sempre procurando por seu olhar ou pelo toque em sua mão. E agora, que beijou seus lábios, sentiu seu sabor, sua língua quente e sinuosa, molhada na dele, tornaria ainda mais difícil para ele se concentrar. Teria qu
Ambhar levantou da cama, deu um beijo em Kasphio. Precisava trocar de turno com Fayne. Eram quase sete horas da manhã, ainda teriam mais um dia de viagem e a noite estariam chegando na ilha que haviam combinado, seria a última que eles conheciam. O limite de até onde a raça deles havia ido. Não se lembrava o nome da ilha, mas disseram que ela era a maior que eles iriam visitar, tirando a ilha de Faleey obviamente. Nele iriam descansar e refazer as energias e reabastecer os porões dos navios e as cestas dos dragões, para voltar a navegar e procurar a fonte de vida primária. Ambhar passou pelos corredores enormes e após, subiu as escadas até o convés principal. Além de Fayne, ainda via-se mais três dragões da guarda e a tripulação que estendia as velas, mexendo em cabos e fios enquanto o capitão manobrava para que o vento inflasse os panos e os levasse em alta velocida
Ambhar se despediu de Emeraldy e foi direto para o salão de refeições do navio. Precisava comer e recarregar as energias. Ficou pensando, sua irmã Em das três, era a que mais tinha controle sobre si mesma e só demonstrava algo para Ambhar e Saphyre. Até mesmo com os pais ela era reservada. E mesmo sendo mais aberta com as irmãs, ainda tinha muito que ela não falava ou demonstrava sentir. Ela não havia dito muito sobre o rapaz que estava envolvida e acabou que era Borag. Não disse muito sobre absolutamente nada do que sentia ou o que havia vivido naqueles meses e não havia dito nada sobre seus poderes. Fayne e Sora falaram que ela era a que melhor controlava seus poderes. Ela é Saphyre haviam explodido ou colocado fogo em lugares apenas ao beijar e sentir desejo por seus parceiros e Emeraldy nada. Havia deixado passar esse detalhe, mas sabia que provavelmente isso se deu por Em ter aprendido a controlar primeiro que Ambhar e Saphyre, antes de beijarem seus parceiros. Seus poderes tin
Os navios continuaram cortando os mares e já ao final do dia eles atracaram próximos a ilha. Alguns resolveram descer, outros ficaram nos navios mesmo.Tarwin mergulhou junto a seus tritōes e sereias para averiguar as águas.Não viram nada que parecesse ameaçador. Ficariam na ilha por um ou dois dias. A maioria dos que estavam nos navios foram para a ilha.Montaram as barracas e as fogueiras. Juntaram as provisões e sentaram junto às fogueiras, cozinhando. Já era meia noite e haviam deixado para jantar na ilha. Muitos dos que estavam responsáveis pelas refeições já haviam adiantado no navio a cocção dos alimentos mais demorados e os finalizaram na ilha. As mesas e os bancos foram montados em volta das fogueiras.Alguns cantarolavam, o que lembrou a todos que Ambhar também cantava. Obviamente pediram a ela que cantasse. Kas
Ambhar foi jogada em meio a um arbusto. Ele picava seu traseiro e isso que a fez acordar.- Mas que porcaria é essa? - xingou retirando um espinho da carne em seu glúteo. Olhou em volta e estranhou o local. Não era nada, absolutamente nada parecido com o que ela conhecia como seu lar. Sua cidade.Não podia ver muito, pois escurecia, e a mata em que ela estava era muito fechada. Olhou ao redor.- Saphyre! Em! Mamãe! Pai! Onde vocês estão? Tem alguém aqui? - Buscou o ar, inspirou e expirou. Esperou os olhos se acostumarem à escuridão, olhou em volta, não via nada além de plantas? Pareciam plantas, as grandes com certeza eram árvores. O cheiro do lugar era maravilhoso. Parecia a ela o cheiro de brownie assando. Caminhou devagar, tropeçando em alguns locais. Viu ao longe algumas luzes brilhando.- Saphyre! Em! Mamãe! Pai!Escutou um rugido. Um rugi
Levou tempo para que averiguassem, se era possível que a Esquecida realmente, teria chances de ser sua irmã.Após a noite em que colocou fogo na baia, ela e Fayne apenas coexistiram um em volta da outra. Sem fazer mais nenhum tipo de aproximação, Fayne havia dito que não queria nada a sério. Os dias passaram lentos e angustiantes para Ambhar e eram permeados de esperança e cansaço. Todos os dias elas faziam uma caminhada até o centro comunitário para saber se alguém apareceu nas florestas. Então Sayra as chamou para uma conversa.Elas foram até a primeira parte da aldeia, próximas à ponte e já havia um outro ser as esperando, Caleb era seu nome. Uma cavalo alado com as duas patas dianteiras iguais às de um leão. Era magnífico! Ele as cumprimentou.- Olá Fayne e senhorita Ambhar. Fui enviado pelos reis Zoltark e Kaeidh para avisar que Saphyre ou a Esquecida, se encontram à caminho das ilhas flutuantes. Aparentemente a Esquecida é mesmo sua irmã. Eles estão indo p
Todos olhavam chocados para ela. - O quê? Acham realmente que fiquei lá apenas curtindo o tempo? Eu tinha uma lança e uma faca já amoladas, feitas com pedras de Diamar. Passei dias juntando coisas aqui e ali para fazer. Eu iria aceitar me unir a ele, só para ele me levar até o fundo da montanha. Eu o mataria e libertaria a todos, e estava planejando isto, até que vi Sírius, então tive um pouco de esperança de sair de lá. Alguém mais sabia onde eu estava e isso me deu forças porque eu vi em seu olhar, que a vontade dele de matar Borag, era igual a minha. E agora que estamos aqui, só quero ficar com vocês. Matar a saudade e saber o que houve com vocês todo esse tempo. - Falou Emeraldy abraçando novamente as meninas e seus pais. - Eu estou tão cansada e com muita fome ainda, - disse Mona - e acho que Satio também está. Estamos mesmo proteg
Ambhar encontrou-se todos os dias com Kasphio enquanto estavam arrumando suas carruagens para partir. Ele era encantador, extremamente inteligente e solícito. Estavam realmente empolgados para a viagem. Ela dividia seu tempo entre arrumar coisas, treinar, ajudar seus pais a se recuperarem e ler com Kasphio. Certa noite ele a beijou, delicada e docemente. Ela gostou do beijo. Do abraço que veio junto. Mas não podia enganá-lo. Ela parou o beijo e ficou ali no abraço dele. Ambos quietos. - Você sabe que eu não posso amá-lo, Kas. - ela disse suspirando. - Eu sei. Eu quero mesmo assim, estar com você ao menos, se você quiser. Sem compromissos. Me sinto atraído por você Ambhar. Eu nunca omiti isso. - Eu não sei o que fazer. Também me sinto atraída e gosto de ficar com você, mas não é como foi com Fayne, entende? É um turbilhão de sentimen
O dia seguinte amanheceu chuvoso e Ambhar acordou com os pingos batendo em sua janela. Com preguiça e vontade de ficar na cama aquele dia, simplesmente virou de lado e cochilou mais um pouco. Cochilou e acordou diversas vezes embalada pelo barulho da chuva. Era a primeira vez que chovia ali, não se lembrava de ter visto ao menos chuviscar. Não fossem pelas árvores aquosas, não haveria água para as plantas. Será? Se levantou e correu para se arrumar, para descer. Saiu e não encontrou ninguém. Estava com um sono impossível ainda. Havia tomado banho, o que estava acontecendo? Parecia se arrastar pelos degraus até lá embaixo. Não havia visto ninguém no caminho. Para onde foram todos? Que estranho. Nem Kasphio que costumava esperá-la para o café da manhã estava por ali. Estava ocorrendo algo. Ela ouviu um barulho de porta abrindo e olhou atenta para cima. A bruxa Filanth