- Assim eu não fico com medo! – confessou enquanto me enlaçava com força.- Eu não a deixaria se afogar, Chuchu! – Fui sincero – Se fosse preciso, morreria, mas a deixaria viva.Eu disse mesmo aquilo? E caralho, não foi da boca para fora. Falei porque saiu do fundo do meu coração. E não tenho certeza se eu a manteria viva porque gostava de Olívia ou porque sabia que no passado fui responsável, mesmo que de forma indireta, pela morte de Mônica.- Não se o meu pai estivesse vendo! – ela sorriu, desconfiada.- Pensando bem – dei alguns passos para o fundo – Acho que vou jogá-la para lá.- Morreremos nós dois, porque eu não o soltaria em hipótese alguma. – Afirmou. E eu não tinha dúvidas de que se ela disse que me levaria junto, o faria.- Relaxa, Chuchu. – Sorri e dei um beijo no seu ombro, abaixando um pouco o corpo e fazendo com que afundasse um pouco mais, a segurando com firmeza.- E os médicos não conseguiram curar a sua mãe? O seu pai que montou uma indústria de medicamentos? Foi p
Embora realmente meu pai tivesse morrido com um tiro na cabeça, tendo sido encontrado sem vida dentro de casa, enquanto minha mãe dormia a base de tantos medicamentos que sequer foi capaz de ouvir ou ver qualquer coisa, poucas pessoas sabiam daquela versão da história.Conseguimos disseminar na imprensa que tinha sido um ataque cardíaco, provavelmente causado pelo excesso de trabalho. Ninguém se preocupava muito com a forma como ele tinha morrido e sim com quem herdaria tudo. Na época eu tinha 17 anos e estava ingressando na faculdade. Tinha conhecido Mônica há pouco tempo. A Clifford já era uma grande empresa, a maior do ramo no país. Mas foi eu que a deixei no patamar mundial.Olívia, depois de alguns minutos, voltou para mim, com os cílios piscando rapidamente, a respiração acelerada e um sorriso triste:- Sinto muito!- Eu não. – Deixei claro.- Não sente?- Eu não tinha uma boa relação com ele. Meu pai não significava nada na minha vida. Para você ter noção, eu vi mais o meu moto
- Não posso mentir. Eu não me importo com você! – Foi minha resposta, seca, enquanto a segurava e sentia sua respiração acelerada, nossos corpos totalmente unidos, como se fossem um só, embalados pelo movimento da água.- Ok, se não se importa comigo, merece saber só o básico: nasci de uma prostituta que teve um caso com um homem casado. Quando ela morreu, este homem fez um teste de DNA e impediu que a filha fosse para um abrigo, onde certamente seria adotada ou passaria a vida lá, até completar a maioridade. Esta garota aos 10 anos se mudou para um lugar totalmente desconhecido, onde haviam pessoas que se diziam sua família. Descobriu que tinha duas irmãs e conheceu o amor. E viveu feliz... Mas não para sempre. Um dia, um certo CEO, em busca de vingança por um passado que o atormentava, mas escondia, decidiu casar com a garota e transformá-la em sua escrava, até que a morte os separasse... E... Fim.- E a garota... Gostava do CEO?- Tanto quanto ele dela. – Encarou-me de forma séria.
- Vamos sair então. E pedirei que sirvam o almoço.Enquanto eu ia em direção à margem do lago, com ela ainda grudada ao meu corpo, segurando com força, confiando que eu jamais a deixaria se afogar, senti-me bem de alguma forma. A presença de Olívia fazia os dias passarem mais rápido e serem menos tristes ou entediantes. Desde que ela tinha surgido na minha vida, tudo virou de ponta cabeça. Ela conseguiu até fazer com que eu perdesse uma das reuniões mais importantes do ano, por ter contratado garotos de programa para minha casa.No entanto eu sabia que tudo que Chuchu queria era chamar a minha atenção e me punir de certa forma pelas coisas que eu lhe fazia. Ela era uma incógnita... A minha mais doce incógnita. A mulher que vendeu o relógio que ganhei de Mônica e ainda assim estava viva... E mais que isto... Nos meus braços.Quando chegamos na margem, ela ainda estava junto do meu corpo como se tivesse pares e pares de pernas e braços, me deixando com a sensação de ter saído do lago co
- Hum... Tenho uma médica que fugiu da faculdade aqui! – Provocou, me puxando de encontro ao seu corpo.Ah, Gabe, você pensa que me usa... Mas eu que uso todinho o seu corpo! Só me deixe usar o seu coração e eu garanto que ficaremos bem.Passei a mão no seu peito, sentindo os pingos refrescantes de água que caíam de seus cabelos, me excitando completamente. Nossos olhos se encontraram e peguei uma de suas mãos, levando ao meu pescoço.- Sabe o que fazer, marido! – Mordi o lábio.Gabe me pegou pelo pescoço e jogou-me na cama, com voracidade. Pôs o corpo sobre o meu e retirou a toalha, tocando longe. Em seguida, com a mão livre, passeou os dedos pelo meu corpo, sem pressa. E depois beijou cada centímetro por onde os dedos passaram.Deixando de lado o doce Gabe, me puxou com uma só mão, obrigando-me a ficar de quatro. Abriu os cordões laterais da parte de baixo do biquini e apertou minha bunda, levando-a de encontro ao seu pau completamente duro.- Vai, Gabe! – Implorei, sentindo minha b
- Não... Você não está grávida! – Papai me olhou atordoado, em busca de uma resposta.- Não, pai, não estou. – Garanti – Gabe está somente falando de seu desejo de ser pai, mas não definimos nada sobre isto ainda.- Embora não usemos nenhum tipo de método contraceptivo! – Gabe sorriu antes de beber o restante do vinho de sua taça, de forma irônica e provocante.- Olívia... Você não pode ser tão relapsa com isto. É a sua vida! – Rita disse, preocupada.- Eu estava naquela consulta quando o médico disse que não recomendava que você engravidasse – Isabelle estava com os olhinhos arregalados – E foi bem tenso. Já estava até me acostumando ao fato de que não teria sobrinhos.- Como vocês são dramáticos! – Rose se intrometeu – Se eles querem ter um filho, que tenham! Quem se preocupa?- Eu me preocupo – Rita disse empurrando o prato para frente, certamente sem intenção de comer mais devido ao rumo da conversa – Quer você goste, quer não, Olívia é nossa irmã!- Pelo visto Rose é a única aqui
Virei as costas e saí, sentindo as lágrimas me traírem. Malditas lágrimas, que eu havia jurado não derramar mais a não ser por algo muito importante. E aquilo não era importante. Eu mesma sabia que Gabe tinha mil planos para aqueles dias na casa do lago. Porém não estava preparada para a forma como meu coração iria reagir.E doía! Doía pra caralho! E quando eu pensei que não podia doer ainda mais... Doeu.Desci em direção ao lado, entre os pinheiros enormes que pareciam uma típica cena de filme de terror, onde tudo que se via era aqueles troncos estreitos e altos, com folhas lá em cima, como se quisessem fugir dali e ir embora para a lua.Eu também queria ir embora para a lua. Achei que seria tão fácil Gabe se apaixonar por mim. Afinal, eu lhe dei o meu melhor. Mas não era suficiente para o meu marido. Aquela vingança teria fim algum dia? Quando seria? Porque eu não estava preparada para a morte do meu pai. E se Gabe fizesse isto eu nunca o perdoaria.No fim, estive enganada o tempo t
Não entramos na casa. Naquela noite ficamos na areia, conversando até o sol nascer. E o que era para ser um dos piores momentos das nossas vidas foi uma volta ao passado, de nós três juntas de novo.Conversamos sobre vários assuntos, rimos, nos divertimos e não houve mais espaço para lágrimas ou tristeza. Porque era assim quando eu estava com elas: amor, cumplicidade e um mundo inteiro de possibilidades.E agora que tínhamos um plano, nada nos faria entristecermos. Eu havia dito a Gabe que tudo que ele fizesse, receberia de volta. Mas meu marido tinha a péssima mania de não me escutar.Fomos acordadas pelos gritinhos da tal Rarith, que não queria que a areia tocasse seus pés. Abri os olhos e me deparei com Gabe pegando a sua amante no colo, a fim de facilitar seu acesso ao lago sem pisar na areia.Espreguicei-me vagarosamente e senti meu corpo dolorido. Rita e Isabelle sentaram na areia e nos olhamos, não contendo o riso. Não sei qual de nós tinha a cara pior.Até que olhei para Gabe