Sorri e levantei:- Vou recusar o beijo que me prometeu também. Mas... – olhei para Rarith – Eu gostaria de vê-lo beijando-a.- O quê? – Gabe arregalou os olhos.- Fetiche! – sorri – Eu, você... E ela. O que acha?- Você está louca?- Nunca teve vontade de comer duas mulheres ao mesmo tempo?Rarith sentou-se na sua espreguiçadeira e sorriu, parecendo interessada na conversa.- Não, eu nunca tive vontade.- Então fode ela. Eu fico olhando. E me masturbando.- Você é doente, assim como a sua família! – ele me olhou com escárnio.- E você um monstro! – Fiz um sinal com o dedo do meio para ele enquanto saía – Quero que você morra!- Quer que eu morra? – ele gritou enquanto eu saía – Minutos atrás pediu um ménage e agora quer eu
POV GABE“Olie”? Ele tinha mesmo chamado Olívia de “Olie”? E por que porra ela estava com os braços ao redor do pescoço dele? Tinham um caso? Há quanto tempo os dois filhos da puta me traíam?Jorel veio na minha direção:- Feliz dia, Gabe!Afastei-me, não deixando que ele me tocasse:- O que faz aqui?- Como já expliquei, vim lhe dar os parabéns e comemorar seu dia ao seu lado. Convidei Aneliese para vir, mas como você sabe ela odeia este lugar.- Vá embora.- Não, eu não vou. Acabei de chegar. E sou o seu irmão.- Quanta amargura, Gabe! – Olívia me criticou. E não, eu não vi um pingo de sarcasmo na sua carinha linda.Ok, eu era seguro e autossuficiente na maioria das situações. Mas não lidava bem com o ciúme. E descobri aquilo desde que conheci Olívia. Não era uma prática ao longo da minha vida, já que nunca senti nada parecia com Mônica, a ponto de me deixar transtornado, certo de que seria capaz de matar qualquer um que cruzasse o caminho dela.- Não irei embora. – Jorel deixou cla
Olhei para Ernest a alguns metros dali. O homem olhava para o lago, contemplando a esposa e a filha mais velha. Nunca me senti tão ridículo na vida.- Olívia, se me trair com Jorel...- Não vou traí-lo, querido marido. Só farei o que fez com Rarith... Nada mais. Dormirei na mesma cama que seu irmão, andaremos de jet sky e de mãos dadas por aí.- Não ouse!- Não estou mais sozinha, Gabe. Meu pai ainda não está totalmente recuperado da surra que levou e ainda assim tentou me defender de você. Mas Jorel está preparado para qualquer coisa. Não vou mais deixar que me humilhe. Isto acabou aqui e agora, Gabe! Siga com a sua vingança, vá até o fim. Mas não me usará mais. Eu cansei.Dizendo aquilo ela simplesmente saiu, me deixando ali, sozinho, pouco se importando com qualquer atitude que eu fosse tomar, como se eu tomasse a casa e os móveis do pai não fosse mais um problema. Mal ela sabia que Jorel não tinha onde cair morto e não a ajudaria em nada financeiramente. Ele dependia de mim, tanto
- Solte-a agora! – ouvi a voz imponente de Ernest, parado na minha frente, tentando me impedir de passar.- Você não manda porra nenhuma aqui.- Não entende que ela não quer ir com você? – a voz dele foi mansa, mas intensa, como uma espada apontada para o meu coração, que foi entrando lentamente na pele, girando enquanto terminava de dar o golpe final – Ela sempre gostou do seu irmão... A vida inteira foi apaixonada por ele. Acabou, Gabe! É tarde demais para você. Todo mundo sabe que é poderoso e pode ter tudo que quiser. Mas amor não pode ser vendido... “Nem pode virar um comprimido que você toma sempre que começa a se entediar e porque dizem que emagrece você toma antes do jantar... O amor não pode ser vendido, nem colocado em gôndolas de promoção... Imagine procurar pela embalagem mais bonita, ou uma outra, que traz amostra grátis de emoção.”A soltei. Mas não por causa das palavras poéticas de Ernest, certamente retiradas de uma música brega. Mas sim porque Chuchu estava uma fera
POV OLÍVIAJorel Clifford era exatamente do jeitinho que sempre imaginei. E mal tinha chegado e já tinha a atenção de toda minha família. Olhei ao longe Gabe e meu pai conversando enquanto observavam o lago e me deu um pingo de esperança de que pudessem estar tendo uma conversa franca, onde meu marido dizia ao meu pai o que ele havia lhe feito no passado.Eu podia estar longe de Gabe, mas sentia o olhar dele me queimando como uma tocha de fogo. Como aquele homem conseguia ter um poder tão grande sobre mim? Aquilo duraria para sempre? O amor fazia com que meus olhos não conseguissem desviar de onde ele estava? E era este sentimento tão grandioso que me deixava incerta e confusa, como nunca estive na vida?A parte boa de estar com Jorel Clifford é que ele não insistia em me levar para o fundo do lago, testando meus medos. Aceitava meus limites e não me obrigava a vencê-los nem cogitava usar meus medos contra mim.Fiquei ali bem menos tempo do que eu gostaria, porque me preocupei com meu
- O colete está bom – ele avisou – Não tenha medo. Se cair, não afundará.Ele não disse que se eu caísse me salvaria. Mas eu nunca fui o tipo de mulher que esperou ser salva por um playboy gostoso. Durante toda a minha vida eu salvei a mim mesma.Mesmo hesitante, fui abrindo os braços devagar até que consegui erguê-los e gritei de felicidade. A sensação de liberdade era simplesmente incrível. E eu poderia ter feito aquilo com Gabe e sabia que seria um momento que jamais esqueceria. Mas ele preferiu outra pessoa a mim.Demos algumas voltas e depois Jorel desligou o jet ski, no meio do lago. A visão da casa numa parte mais alta era de tirar o fôlego. E por sorte eu não via mais ninguém a não ser a água e a paisagem. Livre de Gabe e seus olhares maquiavélicos e ameaçadores.Jorel levantou-se e virou de frente para mim, me surpreendendo. Suas pernas se abriram e me deixou entre elas, encarando-me:- Por que você gostava de mim sem nem me conhecer? – Quis saber.Eu ri:- Acho que primeiram
- Eu não tinha noção do tamanho do meu patrimônio. Só queria dinheiro vivo e cartões. Só que a fonte foi secando. Quando sobrou somente a minha parte na empresa, Gabe propôs comprá-la e me pagar uma mesada até o final da vida. O que eu poderia querer mais? Ele me daria dinheiro e ainda garantiria o meu futuro. Enfim... Vendi por um valor bem abaixo do mercado e fiquei dependente de Gabe para o resto da vida.- Não teve advogados neste contrato de venda?- Eu tinha 18 anos... E só queria jogar, foder e beber. E ele era o meu irmão! Por que porra eu precisaria de um advogado? Gabe me pegou num momento de bebedeira e conseguiu facilmente que eu assinasse tudo.- Nunca pensou em fazer algo a respeito?- Meu irmão se tornou inatingível, Olie. Entrar na justiça contra Gabe é pedir para ser excluído da sociedade. Entende agora na porra que seu pai se meteu?- Ele propôs que você me traísse... E desta forma receberia ainda mais?- Exatamente isto.Engoli em seco:- E eu que achava que tinha p
- Olívia, não me tire do sério!- Você não é meu dono. – Provoquei.- Está se oferecendo para o meu irmão, porra!- Esqueceu que o nome dele está na minha aliança? Quantas vezes vou ter que lembrá-lo disto?- Pouco tempo... Logo terá um diamante tão grande no seu dedo que não conseguirá sequer mover a mão de tão pesada que ficará.Eu não duvidava que Gabe fizesse aquilo, com o intuito de provar sua superioridade.- Jorel é exatamente do jeito que eu pensava: incrível! – sorri, olhando para o meu cunhado.Gabe ligou o jet ski e se pôs ao nosso lado, me puxando de forma tão rápida que sequer deu tempo de eu me defender e impedir ser tirada de Jorel. Quando me dei em conta estava entre suas pernas, com seu braço direito me segurando pela barriga.- Com você eu falo depois! – Gabe disse para Jorel, entredentes.- Só fui levar sua esposa para ter uma experiência que você não foi capaz de dar. – Jorel provocou.- Filho da puta!Gabe me segurou pela cintura com força e saiu dali em alta velo