- O que seria esta parte sinalizada como “pagamento”? – Gabe questionou.- Como você tem uma profissão, cada vez que passar sobre a casa verde escrito “pagamento” receberá o valor do seu salário mensal.- Hum – ficou olhando para o tabuleiro, pensativo – Jorel, será que pode vender a si mesmo em troca de um pagamento em dobro?Jorel ficou encarando-o, confuso. Abriu a boca para responder, mas pareceu hesitar.- Não pode vender a si mesmo nem a sua esposa ou esposo. – Rael sabia das regras do jogo.- Meu irmão se vende por mesadas em dobro... Até mesmo para ferir pessoas. – Gabe sorriu, olhando de forma sarcástica para o irmão.- Ferir pessoas... – Rita franziu a testa – Você sabe o que significa isto, Gabe Clifford?Rael tossiu, tentando amenizar a situação que começava a se criar.- Por que não tenta ser mais claro, Gabe? – Jorel desafiou-o, recostando-se para trás na cadeira, de forma tranquila.- No passeio que fez de jet ski com a minha esposa, disse a ela que fez um trato comigo
- Pode-se dizer que sim. E é isto... Jorel explicou perfeitamente.Jorel sorriu, satisfeito.- Ele entende tudo sobre isto. Vive a vida com este tipo de mulher. – Gabe não se conteve, em tom de crítica, óbvio.- Escolha minha – Jorel deixou claro – Gosto de sexo, pago por sexo e nunca nenhuma das mulheres que paguei pegou no meu pé. Não quero me envolver. Não quero alguém que ache que porque transei desejo namorar ou casar. Sou um adorador de mulheres bonitas e que cobram por umas horas de boa f... – olhou para Isabelle – Qualidade.- Espero que não esteja disposto a contratar os serviços dela. – Rael franziu a testa.- Lamento informar, cavalheiros, mas estou de folga. – Rita deixou claro, não sei se decepcionando seus futuros clientes.- Já lamentei. – Rael se manifestou.- Estou dizendo que sou Rita... Não quem você estará pagando para que eu seja. – O olhar dela para Rael foi encantador.- Com beijo ou sem beijo? – Isabelle quis saber, confusa.- E se eu quisesse pagar um acompanh
POV GABEQuando eu vi minha esposa beijando meu irmão, fiquei sem ação, imóvel. E nunca na vida senti algo como o que sentia naquele momento. Era como se o mundo inteiro estivesse em cima da minha cabeça, tão pesado que me fazia afundar na terra. Meu estômago começou a queimar e foi como se tudo ao redor dos dois se tornasse uma tela escura, negra, surreal.Numa situação normal eu teria gritado, feito qualquer coisa a respeito daquela atrocidade, da pior traição que já vi. No entanto tudo que senti foi medo... E uma dor sem precedentes dentro do peito, como se fosse sufocar e morrer ali mesmo.Deveria ter impedido aquilo de se estender por... Caralho, quanto tempo duraria? Eu conseguiria fazer algo, sair daquela sensação de estar congelado?Olívia estava escorada na árvore e Jorel segurava sua cintura fina, os lábios devorando os dela. E eu nem precisava me aproximar mais para ter certeza de que a língua do meu irmão estava dentro da boca da minha esposa.Puta que pariu!Quando os doi
Mas... O que mesmo eu queria falar? Quem tinha errado era ela, porra! Ela tinha beijado o meu irmão! E parecia que era eu pedindo desculpas. Ou melhor, não parecia, “era” mesmo eu pedindo desculpas por ela ter beijado Jorel.- Olívia... – Nunca na vida eu disse o nome dela tão devagar, saboreando cada letra, sentindo meu coração se partir só com a possibilidade de não falar mais aquela palavra na vida caso ela fosse embora – Por favor... Abra...Não houve resposta do outro lado. E do jeito que Chuchu era eu não duvidava que não estivesse deitada, dormindo e sonhando com anjos, que certamente faziam sexo na sua frente... Se é que ela não transava com eles.Minha camisa estava manchada de sangue e eu nem sabia se era de Jorel ou meu. Sentei no chão, escorado na porta e peguei o celular, ligando para ela.Chuchu simplesmente me ignorou. Talvez eu devesse dar um pontapé na porta e entrar a força. E depois de encará-la... Dizer que... Precisava beijá-la para provar que meu beijo era melhor
- Tira a porra deste relógio! – Olívia ordenou quando percebeu que o Patek Phillippe contornava meu pulso esquerdo.Não pensei duas vezes e joguei o relógio no chão, com o tapete que decorava o chão o acolhendo.O rosto de minha esposa brilhava por conta do quanto o limpei (ou espalhei minha própria porra por ele).- Vire de costas para mim! – Minha voz foi altiva, do jeito que ela gostava.Olívia era dominadora fora da cama. Mas nela gostava de ser totalmente dominada e eu jamais entenderia aquilo. No entanto para mim era fácil satisfazê-la sexualmente, já meu instinto era dominador em todos os sentidos.Fazer sexo com Mônica nunca foi ruim. Pelo contrário, era bom demais. E ela fazia um boquete como ninguém. Mas Chuchu fez com que eu até esquece o que era transar com outras mulheres, até mesmo a que amei. Desde que a fodi pela
Beijei a cicatriz e deitei ao lado dela, ambos atravessados na cama, exaustos. Chuchu deitou a cabeça sobre os braços e me olhou demoradamente. Mordi os lábios com força, para não dizer o quanto eu a amava, esquecendo que ainda estava ferido. Meus olhos lacrimejaram de tanta dor, mas segui firme. Eu jamais confessaria o que sentia por minha esposa... Nem no meu leito de morte.- Gostou? – Perguntei, ansioso pela resposta.Ela suspirou de forma demorada:- Sim.- Vamos fazer de novo?- Na verdade não quero fazer de novo – levantou-se e cobriu-se com um dos lençóis que estavam sobre a cama – Agradeço pelos orgasmos, mas estou cansada. Poderia sair do meu quarto, por favor?Engoli em seco, incerto se tinha ouvido:- O que você disse?- Eu disse sai do meu quarto. E esqueci de falar outra coisa... – se aproximou e deu um beijo na minha bochecha – Obrigada por tudo que me ensinou. Serei eternamente grata e saiba que levarei para sem
Peguei a mão dela, retirando-a do meu corpo e apertei seus dedos com força até que ela arregalasse os olhos e implorasse:- Por favor... Está doendo!Aproximei meu rosto o bastante do dela, a ponto de sentir seu hálito morno e disse, encarando seus olhos azuis, observando a expressão de pânico:- Você não me atrai em nada. E a próxima vez que disser que minha esposa é uma vagabunda... Ou melhor, quando sequer “pensar” nela desta forma, mandarei arrancarem todos os dentes da sua boca e cortarem sua língua para que nunca mais possa falar nada na sua vida. Entendeu, Rose?Ela assentiu, uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.- Olívia é sim uma vagabunda... Mas a “minha vagabunda”, do jeito que eu gosto. Ninguém a chamará assim novamente. E quem o fizer, pode se considerar uma pessoa morta.- Não f
- Como? Você cravou uma haste de ferro?Olívia assentiu e falou de forma tranquila:- Minha mãe estava trabalhando – olhou para todos, pouco se importando com os julgamentos – No que ela melhor de fazia, se prostituindo – sorriu e depois me encarou – Me deixou em casa, sozinha. E pediu para a vizinha me observar vez ou outra. Eu e a filha da vizinha estávamos jogando bola pelo muro que separava as casas. Era uma espécie de jogo de vôlei onde o muro era a rede. A menina, numa das jogadas, rebateu com tanta força que a bola foi parar no pátio do outro lado da minha casa. Lembro com se fosse hoje... Havia um muro de tijolos e a parte de cima era com uma grade. A vontade de me divertir jogando era tanta que decidi pular para o outro lado e recuperar a bola. Não cheguei a conseguir pegá-la...- Quem a ajudou? – A garota quis saber – Doeu muito?- Dor? &ndash