Deixe-me entrar (II)

Mas... O que mesmo eu queria falar? Quem tinha errado era ela, porra! Ela tinha beijado o meu irmão! E parecia que era eu pedindo desculpas. Ou melhor, não parecia, “era” mesmo eu pedindo desculpas por ela ter beijado Jorel.

- Olívia... – Nunca na vida eu disse o nome dela tão devagar, saboreando cada letra, sentindo meu coração se partir só com a possibilidade de não falar mais aquela palavra na vida caso ela fosse embora – Por favor... Abra...

Não houve resposta do outro lado. E do jeito que Chuchu era eu não duvidava que não estivesse deitada, dormindo e sonhando com anjos, que certamente faziam sexo na sua frente... Se é que ela não transava com eles.

Minha camisa estava manchada de sangue e eu nem sabia se era de Jorel ou meu. Sentei no chão, escorado na porta e peguei o celular, ligando para ela.

Chuchu simplesmente me ignorou. Talvez eu devesse dar um pontapé na porta e entrar a força. E depois de encará-la... Dizer que... Precisava beijá-la para provar que meu beijo era melhor
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