- Tira a porra deste relógio! – Olívia ordenou quando percebeu que o Patek Phillippe contornava meu pulso esquerdo.
Não pensei duas vezes e joguei o relógio no chão, com o tapete que decorava o chão o acolhendo.
O rosto de minha esposa brilhava por conta do quanto o limpei (ou espalhei minha própria porra por ele).
- Vire de costas para mim! – Minha voz foi altiva, do jeito que ela gostava.
Olívia era dominadora fora da cama. Mas nela gostava de ser totalmente dominada e eu jamais entenderia aquilo. No entanto para mim era fácil satisfazê-la sexualmente, já meu instinto era dominador em todos os sentidos.
Fazer sexo com Mônica nunca foi ruim. Pelo contrário, era bom demais. E ela fazia um boquete como ninguém. Mas Chuchu fez com que eu até esquece o que era transar com outras mulheres, até mesmo a que amei. Desde que a fodi pela
Beijei a cicatriz e deitei ao lado dela, ambos atravessados na cama, exaustos. Chuchu deitou a cabeça sobre os braços e me olhou demoradamente. Mordi os lábios com força, para não dizer o quanto eu a amava, esquecendo que ainda estava ferido. Meus olhos lacrimejaram de tanta dor, mas segui firme. Eu jamais confessaria o que sentia por minha esposa... Nem no meu leito de morte.- Gostou? – Perguntei, ansioso pela resposta.Ela suspirou de forma demorada:- Sim.- Vamos fazer de novo?- Na verdade não quero fazer de novo – levantou-se e cobriu-se com um dos lençóis que estavam sobre a cama – Agradeço pelos orgasmos, mas estou cansada. Poderia sair do meu quarto, por favor?Engoli em seco, incerto se tinha ouvido:- O que você disse?- Eu disse sai do meu quarto. E esqueci de falar outra coisa... – se aproximou e deu um beijo na minha bochecha – Obrigada por tudo que me ensinou. Serei eternamente grata e saiba que levarei para sem
Peguei a mão dela, retirando-a do meu corpo e apertei seus dedos com força até que ela arregalasse os olhos e implorasse:- Por favor... Está doendo!Aproximei meu rosto o bastante do dela, a ponto de sentir seu hálito morno e disse, encarando seus olhos azuis, observando a expressão de pânico:- Você não me atrai em nada. E a próxima vez que disser que minha esposa é uma vagabunda... Ou melhor, quando sequer “pensar” nela desta forma, mandarei arrancarem todos os dentes da sua boca e cortarem sua língua para que nunca mais possa falar nada na sua vida. Entendeu, Rose?Ela assentiu, uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.- Olívia é sim uma vagabunda... Mas a “minha vagabunda”, do jeito que eu gosto. Ninguém a chamará assim novamente. E quem o fizer, pode se considerar uma pessoa morta.- Não f
- Como? Você cravou uma haste de ferro?Olívia assentiu e falou de forma tranquila:- Minha mãe estava trabalhando – olhou para todos, pouco se importando com os julgamentos – No que ela melhor de fazia, se prostituindo – sorriu e depois me encarou – Me deixou em casa, sozinha. E pediu para a vizinha me observar vez ou outra. Eu e a filha da vizinha estávamos jogando bola pelo muro que separava as casas. Era uma espécie de jogo de vôlei onde o muro era a rede. A menina, numa das jogadas, rebateu com tanta força que a bola foi parar no pátio do outro lado da minha casa. Lembro com se fosse hoje... Havia um muro de tijolos e a parte de cima era com uma grade. A vontade de me divertir jogando era tanta que decidi pular para o outro lado e recuperar a bola. Não cheguei a conseguir pegá-la...- Quem a ajudou? – A garota quis saber – Doeu muito?- Dor? &ndash
POV OLÍVIAAs palavras de Jorel me deram um nó na garganta. Não consegui sequer engolir a saliva. E o pior de tudo: foram diretamente para o meu coração.Eu não queria acreditar que era verdade. Sabia que Gabe não era uma pessoa boa, mas nunca imaginei que pudesse ir tão longe, ferrando com a vida de várias pessoas somente para se vingar de algo que meu pai fez e nenhum de nós sabia o que era.Se tivesse feito algo somente para prejudicar a mim eu até entenderia e talvez pudesse perdoar. Mas ele tinha ido longe demais. Pôs a vida de muitas pessoas em risco.O silêncio no ambiente era simplesmente mortal. E praticamente todos os olhares estavam na direção de Gabe, exceto o de Jorel e de Rael, que estavam em mim.- Não é verdade! – Gabe falou de forma firme – Jorel é um mentiroso.- Não sou um mentiroso
- Me conte sobre a mulher que você amou, Gabe! – mesmo que isto me destrua ainda mais.Gabe manteve a cabeça junto da minha e seguiu:- Ela era bonita e chamava a atenção de qualquer homem... E mulher. Desde que a vi, sabia que faria qualquer coisa para tê-la. Então começaram os olhares enquanto estávamos na aula... E poucos dias depois nos encontramos numa boate nos arredores do campus. Tínhamos alguns amigos em comum e naquela noite finalmente nos falamos e ao final dela transamos.- Você era virgem?- Teoricamente sim.- O que é “teoricamente”?- Não tinha comido uma mulher, mas já tinha gozado em algumas bocas.- Gozou na boca dela?- Sim.- Gozou na cara dela?- Sim.- Lambeu seu esperma diretamente da cara dela?- Não... – Ele estreitou os olhos e riu – Há coisas q
- E Aneliese e a parte dela?- Aneliese casou com Rowan e embora eu tenha a alertado e me posicionado contra, optou por comunhão de bens. Em poucos anos ele jogou toda a parte dela fora, em investimentos duvidosos.- O que você acha do seu cunhado?- Um filho da puta interesseiro. Jogou o dinheiro de Aneliese fora e depois se fez de vítima usando minha irmã para conseguir entrar na Clifford como sócio. Não faço sociedade com pessoas burras ou que não gostam de trabalhar duro. Abri mão de boa parte da minha vida para ter o patrimônio que tenho hoje.Antes que ele dissesse que tudo que batalhou ao longo dos anos foi para destruir meu pai, perguntei:- Aneliese nunca desconfiou de Rowan? No sentido de... Ser interesseiro e... Quem sabe trai-la...- Minha irmã sempre reclamou dos nossos pais. Mas quando se foram, escolheu alguém exatamente igual a eles para partilh
POV GABEPor mais que eu amasse Olívia, não poderia perdoar a dor que o pai dela me causou. Foram dez anos planejando uma vingança lenta e dolorosa, que eu não poderia botar a perder por uma mulher que apareceu em menos de quatro meses na minha vida.Mas não era “uma” mulher. Era Olívia, a “minha” mulher. Eu não tinha mais dúvidas dos sentimentos que tinha por ela. Ainda assim, por mais fortes que fossem, jamais conseguiria abrir mão de tudo. Eu odiava Ernest Abertton tão intensamente quanto amava sua filha.Enquanto eu pensava numa resposta, que certamente não a contentaria, Olívia levantou-se. Me olhou e sorriu de forma triste:- Eu sabia que você não voltaria atrás.- Entenda o meu lado, chuchu.- É bem difícil, Gabe. Principalmente porque você nunca entendeu o meu... Nem o do meu pai... Tampo
- Acho que não, Gabe.- Irá se arrepender, Olívia.- Você já disse isto! – Ela provocou.- Falo com relação também a Jorel.- Sempre se achou melhor que eu, não é mesmo, Gabe? – Jorel me fitou, com o sarcasmo visível em seu rosto – Olívia pode até não me conhecer o suficiente, mas conhece você. Então... Não é muito difícil fazer a escolha, não é mesmo?- Por favor, chuchu... Não vá! – Pedi numa última tentativa.- Tantas vezes pedi que você ficasse na nossa casa, Gabe. E nunca me ouviu.Afastei-me, deixando que Olívia entrasse no carro do meu irmão. Foda-se! Ela que se ferrasse ao descobrir quem era Jorel de verdade. Meu irmão posava de bom moço, mas era um bêbado que não dava valor ao dinheiro, um irr