Capítulo 2

— Cara, eu estou morrendo de fome.

— Isso não é nenhuma novidade. – Noah provocou o cunhado.

— Vou te ignorar. 

— Ignore mesmo, temos que terminar isso. – Liam diz, apontando para os livros em cima da mesa. – Eu estou exausto e não estou reclamando.

— Reclamou agora.

Liam mostrou o dedo do meio rapidamente.

— Lindo. – Shay debochou. – Quando vocês vão amadurecer?

— Só porque é um ano mais velho que agente, e está namorando a irmã do Connor, não quer dizer que possa nos dar sermão.

Os outros apoiaram o Kavanagh.

— Mas não vamos falar sobre esse namoro, por favor, porque ainda não me acostumei.

— Eu te entendo muito bem. – Noah diz após o ruivo, olhando para o amigo loiro. – Você não está dando suas escapadas, não, né?

— Você sabe muito bem que eu nunca machucaria a Aurie. – Retrucou. 

— Não diga nunca, porque você já ficou com a Ruby uma vez, durante o namoro.

— Eu estava bêbado! – Praticamente gritou. – Sacanagem, eu já expliquei isso, Noah. E eu nem tive culpa, aquela doida me agarrou. Eu mal me lembro do que aconteceu.

— Vamos nos focar aqui, por favor? – Shay pediu, mas o outro não o ouviu.

— E isso é desculpa para trair ela?

— Noah, o meu melhor amigo aqui é o mais certinho de nós em questão de relacionamento, acha mesmo que ele faria algo que pudesse destruir o namoro dele com a sua irmãzinha? 

— Obrigado, irmão.

— Realmente, nunca o vi tão apaixonado na vida. – Connor concordou com o outro.

— Se Ruby não tivesse colocado algo na bebida dele, aquele beijo nunca teria acontecido. Eu posso afirmar isso. – Sasuke completou.

— Podemos esquecer esse erro do passado do nosso amigo loiro e nos focar no nosso trabalho? – Shay pede, praticamente gritando, fazendo-se ouvir. – Cara, temos que entregar essa merda na sexta.

— Beleza. – Dizem juntos. 

— O meu cunhado está certo. 

— Você o chamou de cunhado?

— Você bebeu, Connor? – Ryan diz após o melhor amigo, rindo junto dele e dos outros dois, vendo o amigo ruivo revirar os olhos.

— Foi um momento.

E novamente as risadas, e dessa vez até o Fitzgerald os acompanhou.

— Beleza, vamos lá. 

Mudaram a postura ao ouvir a voz do Devlin, mas então a campainha tocou, interrompendo a voltarem para o “trabalho”.

— Puta que... – Shay se interrompeu, apoiando a cabeça em cima da mesa de centro.

— Está esperando alguém?

— Não. – Connor respondeu a Liam. 

— Eu vou ver quem é. – Ryan diz, se levantando e seguindo para a porta.

Liam chamou o amigo MacCarthy para voltar os olhos para o trabalho mesmo que tivesse um a menos na sala com eles, e começou a explicar o que cada um deveria falar, além de deixar claro que ele e Connor ficariam com metade do trabalho escrito, enquanto os outros dois ficariam com a outra parte. Não muito tempo depois, ouviram passos, e imaginaram que o amigo loiro estivesse acompanhado já que havia mais passos do que deveria.

— Ei, Liam. 

Olhou para trás, encontrando o amigo ao lado de Lillie Collins.

— Ela veio falar contigo.

Imediatamente o moreno franziu o cenho, surpreso por ver aquela garota depois de tantos meses, e muito mais por saber que ela gostaria de lhe falar.

— O que faz aqui?

— Precisamos conversar, e é sério.

— Okay. – Diz devagar, nenhum pouco preocupado, enquanto se levantava. 

— É melhor estarmos sozinhos.

— Eu nunca escondi nada dos meus amigos, então diz de uma vez. – Deu de ombros. 

Os outros quatro trocaram um olhar, voltando a observar o amigo com a antiga colega de classe. Eles não diriam, mas estavam curiosos. Minto, Ryan diria. 

— Você quem pediu. – Diz, se aproximando. – Se lembra do nosso último encontro?

— Ah, ele se lembra, sim.

— Cala a boca, Ryan. – Os amigos dizem juntos, com exceção de Liam.

— O que tem? 

— Bom, eu estou atrasada. 

Ele franziu o cenho, dessa vez confuso, não compreendendo suas palavras.

— Como é?

— Estou atrasada, Liam, muito atrasada, e eu nunca na minha vida, me atrasei antes.

— Puta que pariu! – Ouviu cada um dos amigos dizerem; eles tinham os olhos arregalados para cima do Kavanagh.

— Isso...

Ele mal conseguia dizer uma palavra, de tão surpreso que se encontrava; e assustado, muito assustado.

— Eu fiz um teste de farmácia e então, depois de surtar um pouco, eu fiz um exame de sangue. – Retirou um papel de dentro da bolsa, e Liam o pegou rapidamente quando ela o levou em sua direção. 

Suas mãos tremiam.

Realmente não esperava ser pai, muito menos naquele momento. Ainda tinha dezessete anos, não havia terminado a faculdade, e com toda a certeza levaria o maior sermão de seu pai; e ainda tinha o fato de que ele poderia expulsá-lo de casa. 

— Droga!

O enorme positivo no centro do papel não deixava dúvidas. E mesmo que pudesse pensar que aquele filho pudesse não ser seu, principalmente porque aquela garota já havia passado na mão de outros garotos antes, ele não seria canalha o bastante de perguntar se era ele mesmo o pai, principalmente na frente dos amigos. Poderia ser muita coisa, mas nunca humilharia alguém dessa forma.

— E só para deixar claro que esse filho é realmente seu... – Seus olhos se encontraram. – Eu aceito fazer um exame de DNA.

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