Liam, eu tentei ser a mãe que os pivetes precisavam, juro que tentei, mas isso não é para mim. Nunca quis me casar e ser dona de casa. Meu sonho era ser modelo, e por culpa da m*****a gravidez, eu perdi a oportunidade. Preciso refazer minha vida longe dos culpados da destruição do meu sonho, e por isso eu os deixo com você. Estarão muito melhores sem mim.
Adeus.
Lillie Kavanagh.
E Liam não conteve a fúria e muito menos a vontade de jogar o porta-retrato da família que se encontrava em cima da mesinha ao lado do sofá, na parede, antes de se lembrar de que havia alguém mais importante na vida dele, duas pessoinhas, que precisavam dele inteiro, e só por esse motivo não se deixou levar pela vontade de encontrar a egoísta de sua mulher e lhe jogar algumas verdades em sua cara.
Era o que ela merecia.
A jovem, que se chamava Freya, explicou que tentou fazer a amiga mudar de ideia, mas que não conseguiu, e que por isso decidiu cuidar dos gêmeos até que ele chegasse. E ele não pode deixar de agradecê-la por isso, porque tinha a certeza absoluta de que a mulher com quem se casou os deixaria sozinhos, se a amiga não estivesse presente.
E então sua vida virou outra, uma ainda mais complicada, e mesmo assim não desistiu, ou se revoltou, ou mesmo culpou seus filhos por tudo que estava acontecendo em sua vida desde que conheceu a Collins; porque era assim que ele a chamava, afinal, ela havia o abandonado, então não merecia o nome Kavanagh.
Hoje, ele era um homem bem-sucedido, que havia passado em administração com muito custo, principalmente porque não era um curso que ele gostava muito, apesar de gostar do que fazia na empresa, e tinha dois lindos filhos de cinco anos. E Liam dava tudo por eles, pelo bem deles, para que eles fossem tudo, menos o que a mãe foi; egoísta.
ATUALMENTE
Naquele momento, Liam só tinha uma coisa em seus pensamentos, apesar de estar trabalhando, algo que o preocupava, ou melhor, alguém: a babá de seus filhos. Aquele era o primeiro dia dela, e estaria com eles pelas próximas horas, sozinha, sem mesmo a governanta, que havia pedido uma folga por conta de seu filho mais novo que havia adoecido e não tinha ninguém para ficar com ele no hospital. E esse era mais um motivo para ele se preocupar com os três. Na verdade, se preocupava com o que ambos seus filhos pudessem aprontar para colocar a nova babá para fora de suas vidas. Não duvidava que isso poderia acontecer naquele mesmo dia.
Realmente, conhecendo como os conhecia, temia pela mulher.
Já fazia praticamente um ano que os gêmeos não mais eram cuidados pela amada avó, Ivy Kavanagh, simplesmente porque ela e seu pai estavam sempre viajando agora que ele estava no comando da empresa junto de seus amigos, e ele tinha de concordar que ambos mereciam se divertir, e por isso no instante em que seus pais tomaram a decisão de aproveitarem a vida agora que um deles não mais precisasse cuidar da empresa, começou a procura de babás experientes e que pudessem cuidar bem do seu bem mais precioso.
Haviam sido seis até agora, e nenhuma conseguia ficar mais de um mês, infelizmente, por conta dos pestinhas de seus filhos. Uma delas, ele podia dizer apenas para ele mesmo, que ela mereceu, já que havia sido grossa com sua garotinha, e seu filho, todo protetor que era, havia lhe jogado na piscina gelada, no meio da tarde de um intenso inverso, fazendo-a ficar extremamente resfriada. Ela não voltou no dia seguinte, e Liam já esperava por isso.
As outras, ele havia apenas ficado sabendo por ambos o que fizeram, diferente do que foi com a outra, e por isso haviam se vingado; mas Liam os conhecia bem para saber que mesmo se elas fossem boas pessoas, ainda assim eles fariam o que fosse para expulsarem-nas de suas vidas.
E por esse motivo ficou tentado em ligar para casa, para perguntar por ambas as crianças, e claro, pela babá da vez, mas tinha coisas importantes pela frente e não podia se dar ao luxo de desistir da reunião que estava prestes a começar apenas porque tinha medo do que seus filhos estariam aprontando com a jovem.
Esperava que eles não dessem trabalho dessa vez, afinal havia gostado da moça.
Havia pedido para que eles se comportassem, mas não sabia se eles realmente o fariam; conhecendo como os conhecia, ele já imaginava a resposta e estremecia só de imaginar mais além.
Natalie e Thomas Kavanagh tinham cinco aninhos, mas diferente do que toda babá que os conhecia, pensavam, eles não eram crianças normais; eram extremamente inteligentes e com uma mente incrivelmente diabólica. Não que não fossem crianças boas, adoráveis e obedientes, mas eles não admitiam, concordavam ou confiavam nas mulheres que o amado pai contratava para lhes cuidar. E o único motivo de não aceitarem uma babá é por temerem que elas tirassem o pai deles; e isso eles nunca aceitariam. Liam Kavanagh não tinha dona e eles queriam que continuasse assim eternamente. Naquele momento, ambos esperavam pela refeição da nova babá. A mulher tinha longos cabelos castanho-claros com algumas mexas loiras e os olhos eram em um tom azul-escuro. Enquanto preparava o almoço uma música tocava em seu celular, e por mais que soubesse que os gêmeos estivessem a alguns passos de si, ela não lhes dava atenção; estava totalmente focada em sua cantoria enquanto picava uma cebola. As crianças cochichavam en
Quando descobriu por seu irmão mais velho que ambos seus filhos haviam desaparecido e que a babá estava possessa por conta de um chiclete mascado que seu filho havia pregado em seus cabelos, ele realmente se preocupou; primeiro, porque eles estavam sozinhos pelas ruas de Dublin e segundo, porque com certeza seria processado. Bom, não seria a primeira vez. E naquele momento, o que mais importava para ele era a segurança de seus pequenos. E por esse motivo não se demorou em correr para fora de sua grande sala e pedir para que sua secretária cancelasse tudo que tivesse em sua agenda para aquele dia e o dia seguinte, enquanto seguia para o elevador, completamente nervoso. Imaginava que seus filhos pudessem estar assustados, afinal, nunca estiveram sozinhos pelas ruas da cidade antes. Era perigoso, sempre os avisou disso, em especial das pessoas que podiam lhes fazer mal, e mesmo assim, mesmo depois de tantas e tantas vezes que havia avisado a ambos, eles saíram, e para piorar, ninguém
Aquele seria um daqueles dias no qual ele não ia a empresa por conta da falta de uma babá, infelizmente perderia alguns dias de trabalho para que as crianças não ficassem sozinhas, e por mais que soubesse que ambos não lhes dariam trabalho se os levasse para a KC, não achou que seria confortável para eles ficarem tantas horas por lá. Liam não culparia os filhos pela forma como expulsaram a babá, não dessa vez, não quando sabia que eles tinham certa razão em mandá-la embora. Claro que não concordava com o modo no qual fizeram, mas compreendeu prontamente, ao saber toda a história da boca de Naty, sua princesinha, que realmente havia ficado chateada com a forma que a mulher lhe tratou. Ambos eram muito carentes e extremamente manhosos, mas tinha de confessar de que Naty era muito mais; talvez por ser uma garotinha. Estava extremamente cansado. Ser pai solteiro não era fácil, mas ele não reclamava, mesmo quando estava exausto e precisava dar banho em ambos e colocá-los para dormir, ind
Mia Lafferty é uma jovem que sonha em terminar a faculdade de medicina, mas a única forma de isso se concretizar é ela ter um trabalho fixo que dure o bastante para poder pagar os anos que ainda faltavam para se formar. E isso estava ameio difícil ultimamente; mais especificamente desde que foi despedida a pouco mais de três meses. O único motivo de ainda não ter sido expulsa do campus, era pelo simples fato de que sua melhor amiga pagava sua mensalidade, mesmo que tivesse dito várias vezes de que não precisava – apesar de que sim, precisava –; se não fosse por ela, estaria sem sua casa e sem seu curso amado, e por isso precisava de um bom emprego para poder tirar esse peso das costas da loira de olhos azuis. A rosada conheceu a melhor amiga no jardim de infância, e desde então, ela esteve sempre consigo, principalmente no dia em que perdeu sua mãe; para ela, havia sido um dia catastrófico, pois também havia descoberto que a mãe de sua prima, Aurora Devlin havia sofrido um acidente e
Realmente aquela estava sendo a notícia mais bombástica do dia. Isso com certeza era mais bombástica do que ela conhecendo aqueles dois e os filhos de um deles. Quando ouviu os nomes dos empresários mais conhecidos de Dublin, além de seu amigo ruivo, ficou completamente surpresa; tanto, que mal conseguiu dizer uma palavra, e só o fez depois de alguns minutos. Tudo bem, sabia que as empresas eram vinculadas, mas não imaginou que os donos delas eram amigos. Pelos próximos minutos, o Fitzgerald contou sobre como conheceu ambos; eles eram ainda crianças e desde então, se tornaram melhores amigos, junto de seu cunhado e Noah Devlin. Já sabia que ele conhecia seus primos, mas nunca imaginou que ele seria melhor amigo dos outros dois. Estudaram juntos até o fim da faculdade, e mesmo que tivessem menos tempo para se divertirem ou pelo menos se reunirem para fazerem uma refeição juntos, ainda assim, continuavam muito amigos. Soube também, que o Maher era o marido de sua prima Aurora. Era
Liam ainda não conseguia acreditar no quanto o mundo era pequeno. Tão pequeno ao ponto de ele ter conhecido alguém que também era da família Devlin, mas que só não conviveu com eles por conta do pai que tinha problemas com eles. E quando o melhor amigo contou que a esposa, na qual era sua amiga desde pequena e que também haviam estudados juntas desde o jardim, era prima da mulher na qual não só cuidou da segurança de seus filhos, como os entregou a ele sãos e salvos, custou a acreditar. Era muito surreal, principalmente porque a mulher e o marido da prima dela nunca haviam se conhecido, e em um único só dia ela conhece não só o ele, como também os afilhados dele. Compreendeu no instante em que ouviu a história junto a sua família, o porquê de o amigo confiar tanto que a rosada seria a mulher perfeita para cuidar de seus filhos; era alguém da família da esposa dele, alguém confiável e que gostava intensamente de crianças. Liam só não sabia se ela conseguiria durar mais que as outras
— Oi, querido. – Ela abre a porta sorrindo. – Quando vi seu carro, quase não acreditei. — Eu preciso conversar. — Claro. Liam percebeu um tom de ironia, mas não se importou, apenas entrou e a deixou fechar a porta. Antes que pudesse dizer alguma palavra, seus lábios foram tomados, e o corpo da mulher o empurrou contra a parede. Pegando em sua cintura, a empurrou; não podia negar que sentiu o corpo esquentar, mas não era hora para sexo. — Preciso conversar, Amelia. — Você veio mesmo conversar? – Se afastou, completamente confusa, principalmente por ele não a chamar por Amy como sempre fazia. – Pensei que estava com saudades de mim. — O que você anda falando por aí sobre nós? Ela pareceu surpresa com a grosseria, mas não esperou pela resposta dela, já que percebeu sua completa surpresa. — Ouvi dizer que você tem falado sobre estarmos namorando. — Claro que não. – Negou rapidamente. – É um segredo, lembra? Foi a sua decisão manter nosso relacionamento em segredo. — Nós dois..
— Já cansou? – Provocou. – Você não é o mesmo Liam Kavanagh. — Eu sou o mesmo Liam Kavanagh. – Pegou em sua cintura, aproximando os lábios de sua orelha. – Mas eu também sei das minhas responsabilidades. – Retirou a mulher de seu colo. – Eu preciso ir para casa. – Completou, se levantando para colocar sua roupa. — Vai me deixar assim? – Ficou de joelhos no sofá. – Completamente nua e sozinha? Ele sorriu ladino. — Se eu não tivesse que ficar com os gêmeos, eu com certeza, não a deixaria assim, na verdade, teria você agora em sua cama. Ela mordeu o lábio. — Mas Thomas e Natalie me esperam na casa dos meus pais. – Terminou de vestir sua calça. – Além disso, estou sem preservativo. — Você pode gozar fora. — E acabar não conseguindo como consegui agora? – Balançou a cabeça. – Nem pensar. – Se sentou para colocar seus tênis, sentindo logo em seguida, a mulher nua atrás de si. — Eu posso te recompensar se ficar. — Eu adoraria, mas não. — Nem mesmo se eu... – A mão direita dela d