Naquele momento, Liam só tinha uma coisa em seus pensamentos, apesar de estar trabalhando, algo que o preocupava, ou melhor, alguém: a babá de seus filhos. Aquele era o primeiro dia dela, e estaria com eles pelas próximas horas, sozinha, sem mesmo a governanta, que havia pedido uma folga por conta de seu filho mais novo que havia adoecido e não tinha ninguém para ficar com ele no hospital. E esse era mais um motivo para ele se preocupar com os três. Na verdade, se preocupava com o que ambos seus filhos pudessem aprontar para colocar a nova babá para fora de suas vidas. Não duvidava que isso poderia acontecer naquele mesmo dia.
Realmente, conhecendo como os conhecia, temia pela mulher.
Já fazia praticamente um ano que os gêmeos não mais eram cuidados pela amada avó, Ivy Kavanagh, simplesmente porque ela e seu pai estavam sempre viajando agora que ele estava no comando da empresa junto de seus amigos, e ele tinha de concordar que ambos mereciam se divertir, e por isso no instante em que seus pais tomaram a decisão de aproveitarem a vida agora que um deles não mais precisasse cuidar da empresa, começou a procura de babás experientes e que pudessem cuidar bem do seu bem mais precioso.
Haviam sido seis até agora, e nenhuma conseguia ficar mais de um mês, infelizmente, por conta dos pestinhas de seus filhos. Uma delas, ele podia dizer apenas para ele mesmo, que ela mereceu, já que havia sido grossa com sua garotinha, e seu filho, todo protetor que era, havia lhe jogado na piscina gelada, no meio da tarde de um intenso inverso, fazendo-a ficar extremamente resfriada. Ela não voltou no dia seguinte, e Liam já esperava por isso.
As outras, ele havia apenas ficado sabendo por ambos o que fizeram, diferente do que foi com a outra, e por isso haviam se vingado; mas Liam os conhecia bem para saber que mesmo se elas fossem boas pessoas, ainda assim eles fariam o que fosse para expulsarem-nas de suas vidas.
E por esse motivo ficou tentado em ligar para casa, para perguntar por ambas as crianças, e claro, pela babá da vez, mas tinha coisas importantes pela frente e não podia se dar ao luxo de desistir da reunião que estava prestes a começar apenas porque tinha medo do que seus filhos estariam aprontando com a jovem.
Esperava que eles não dessem trabalho dessa vez, afinal havia gostado da moça.
Havia pedido para que eles se comportassem, mas não sabia se eles realmente o fariam; conhecendo como os conhecia, ele já imaginava a resposta e estremecia só de imaginar mais além. Eles eram crianças geniosas, e sabia do que poderiam ser capazes. E era isso que fazia Liam pensar se não devia ligar e descobrir se estava "ainda" tudo bem. Talvez devesse. Ou talvez devesse pedir ao seu irmão para dar uma olhadinha neles. Ou...
Liam estava preocupado. E não conseguiria trabalhar com aquela preocupção em mente, mas antes que pudesse se levantar a porta se abriu de forma um tanto bruta.
— Senhor? Desculpe entrar assim, mas é sobre seus filhos.
Liam suspirou longamente, fechando os olhos, e já preparado para tudo que fosse sair dos lábios de sua secretária.
Ah, aquele prédio. Ela conhecia bem ele. Já esteve ali antes. Há dias atrás. A empresa mais importante daquele país estava contratando pessoas, mas infelizmente ela nem mesmo conseguiu passar pela entrevista. Outra pessoa já tinha sido contratada. Se ela tivesse sido mais rápida não estaria agora tentando sobreviver com o pouco que a restava. Bem, isso é mentira, os amigos estavam ajudando-a com boa parte da grana deles. O aluguel da casa, o restante da faculdade, que infelizmente ela não pode continuar, até mesmo algumas coisas necessárias para sua casa. Se sentia envergonhada. E chateada por ainda estar naquela situação. E agora ela tinha acabado com o restante que ainda tinha. Não que estivesse de alguma forma arrependida, foi por uma boa causa. Há meses não estava com sorte. Desde que seu pai havia se casado novamente, com uma golpista que ela odiava desde os dez anos – que foi o dia em que a conheceu verdadeiramente –, tudo desmoronou, principalmente por perceber que seu pai est
Quando descobriu por seu irmão mais velho que ambos seus filhos realmente haviam desaparecido e que a babá estava possessa por conta de um chiclete mascado que seu filho havia pregado em seus cabelos, ele realmente se preocupou; primeiro, porque eles estavam sozinhos pelas ruas de Dublin e segundo, porque com certeza seria processado. Bom, não seria a primeira vez. E naquele momento, o que mais importava para ele era a segurança de seus pequenos. E por esse motivo não se demorou em correr para fora de sua grande sala e pedir para que sua secretária cancelasse tudo que tivesse em sua agenda para aquele dia e o dia seguinte, enquanto seguia para o elevador, completamente nervoso. Imaginava que seus filhos pudessem estar assustados, afinal, nunca estiveram sozinhos pelas ruas da cidade antes. Era perigoso, sempre os avisou disso, em especial das pessoas que podiam lhes fazer mal, e mesmo assim, mesmo depois de tantas e tantas vezes que havia avisado a ambos, eles saíram, e para piorar
Aquele seria um daqueles dias no qual ele não ia a empresa por conta da falta de uma babá, infelizmente perderia alguns dias de trabalho para que as crianças não ficassem sozinhas, e por mais que soubesse que ambos não lhes dariam trabalho se os levasse para a KC, não achou que seria confortável para eles ficarem tantas horas por lá. Liam não culparia os filhos pela forma como expulsaram a babá, não dessa vez, não quando sabia que eles tinham certa razão em mandá-la embora. Claro que não concordava com o modo no qual fizeram, mas compreendeu prontamente, ao saber toda a história da boca de Naty, sua princesinha, que realmente havia ficado chateada com a forma que a mulher lhe tratou. Ambos eram muito carentes e extremamente manhosos, mas tinha de confessar de que Naty era muito mais; talvez por ser uma garotinha. Estava extremamente cansado. Ser pai solteiro não era fácil, mas ele não reclamava, mesmo quando estava exausto e precisava dar banho em ambos e colocá-los para dormir, ind
Mia Lafferty é uma jovem que sonha em terminar a faculdade de medicina, mas a única forma de isso se concretizar é ela ter um trabalho fixo que dure o bastante para poder pagar os anos que ainda faltavam para se formar. E isso estava ameio difícil ultimamente; mais especificamente desde que foi despedida a pouco mais de três meses. O único motivo de ainda não ter sido expulsa do campus, era pelo simples fato de que sua melhor amiga pagava sua mensalidade, mesmo que tivesse dito várias vezes de que não precisava – apesar de que sim, precisava –; se não fosse por ela, estaria sem sua casa e sem seu curso amado, e por isso precisava de um bom emprego para poder tirar esse peso das costas da loira de olhos azuis. A rosada conheceu a melhor amiga no jardim de infância, e desde então, ela esteve sempre consigo, principalmente no dia em que perdeu sua mãe; para ela, havia sido um dia catastrófico, pois também havia descoberto que a mãe de sua prima, Aurora Devlin havia sofrido um acidente e
Realmente aquela estava sendo a notícia mais bombástica do dia. Isso com certeza era mais bombástica do que ela conhecendo aqueles dois e os filhos de um deles. Quando ouviu os nomes dos empresários mais conhecidos de Dublin, além de seu amigo ruivo, ficou completamente surpresa; tanto, que mal conseguiu dizer uma palavra, e só o fez depois de alguns minutos. Tudo bem, sabia que as empresas eram vinculadas, mas não imaginou que os donos delas eram amigos. Pelos próximos minutos, o Fitzgerald contou sobre como conheceu ambos; eles eram ainda crianças e desde então, se tornaram melhores amigos, junto de seu cunhado e Noah Devlin. Já sabia que ele conhecia seus primos, mas nunca imaginou que ele seria melhor amigo dos outros dois. Estudaram juntos até o fim da faculdade, e mesmo que tivessem menos tempo para se divertirem ou pelo menos se reunirem para fazerem uma refeição juntos, ainda assim, continuavam muito amigos. Soube também, que o Maher era o marido de sua prima Aurora. Era
Liam ainda não conseguia acreditar no quanto o mundo era pequeno. Tão pequeno ao ponto de ele ter conhecido alguém que também era da família Devlin, mas que só não conviveu com eles por conta do pai que tinha problemas com eles. E quando o melhor amigo contou que a esposa, na qual era sua amiga desde pequena e que também haviam estudados juntas desde o jardim, era prima da mulher na qual não só cuidou da segurança de seus filhos, como os entregou a ele sãos e salvos, custou a acreditar. Era muito surreal, principalmente porque a mulher e o marido da prima dela nunca haviam se conhecido, e em um único só dia ela conhece não só o ele, como também os afilhados dele. Compreendeu no instante em que ouviu a história junto a sua família, o porquê de o amigo confiar tanto que a rosada seria a mulher perfeita para cuidar de seus filhos; era alguém da família da esposa dele, alguém confiável e que gostava intensamente de crianças. Liam só não sabia se ela conseguiria durar mais que as outras
— Oi, querido. – Ela abre a porta sorrindo. – Quando vi seu carro, quase não acreditei. — Eu preciso conversar. — Claro. Liam percebeu um tom de ironia, mas não se importou, apenas entrou e a deixou fechar a porta. Antes que pudesse dizer alguma palavra, seus lábios foram tomados, e o corpo da mulher o empurrou contra a parede. Pegando em sua cintura, a empurrou; não podia negar que sentiu o corpo esquentar, mas não era hora para sexo. — Preciso conversar, Amelia. — Você veio mesmo conversar? – Se afastou, completamente confusa, principalmente por ele não a chamar por Amy como sempre fazia. – Pensei que estava com saudades de mim. — O que você anda falando por aí sobre nós? Ela pareceu surpresa com a grosseria, mas não esperou pela resposta dela, já que percebeu sua completa surpresa. — Ouvi dizer que você tem falado sobre estarmos namorando. — Claro que não. – Negou rapidamente. – É um segredo, lembra? Foi a sua decisão manter nosso relacionamento em segredo. — Nós dois..
— Já cansou? – Provocou. – Você não é o mesmo Liam Kavanagh. — Eu sou o mesmo Liam Kavanagh. – Pegou em sua cintura, aproximando os lábios de sua orelha. – Mas eu também sei das minhas responsabilidades. – Retirou a mulher de seu colo. – Eu preciso ir para casa. – Completou, se levantando para colocar sua roupa. — Vai me deixar assim? – Ficou de joelhos no sofá. – Completamente nua e sozinha? Ele sorriu ladino. — Se eu não tivesse que ficar com os gêmeos, eu com certeza, não a deixaria assim, na verdade, teria você agora em sua cama. Ela mordeu o lábio. — Mas Thomas e Natalie me esperam na casa dos meus pais. – Terminou de vestir sua calça. – Além disso, estou sem preservativo. — Você pode gozar fora. — E acabar não conseguindo como consegui agora? – Balançou a cabeça. – Nem pensar. – Se sentou para colocar seus tênis, sentindo logo em seguida, a mulher nua atrás de si. — Eu posso te recompensar se ficar. — Eu adoraria, mas não. — Nem mesmo se eu... – A mão direita dela d