QUATRO ANOS DEPOIS… Quatro anos se passaram e Emily com 8 anos de idade já estava bem adiantada em seus estudos, completando o primeiro grau. Para ela havia duas mães, Isabel e Sabrina que continuavam cada vez mais unidas. E por todos os lugares que elas iam despertava olhares curiosos pela semelhanças que tinham uma com outra, embora Isabel sendo ruiva e Sabrina loira de olhos azuis e Isabel olhos verdes. Quando Isabel voltou dos Estados Unidos mudou completamente seu visual se preocupando com ela mesma. A sua relação com Raul e Sabrina era mais estreita, algo que não era mais com a sua mãe Jane que se sentia um lixo de pessoa jogada, não que Isabel não amasse sua mãe? Amava sim, mas que não dava liberdade de sua mãe se meter como fazia quando era jovem. Sabrina e Isabel tinham muita coisa em comum. Uma delas era o amor por Emily e desprezo pelo pai Armando que sofria pela rejeição. Não só pelas duas filhas e sim o desprezo de todos da cidade e principalmente sua família. Após de
Sabrina e Ana colocam a conversa em dia após mais um dia cansativo de trabalho. E Sabrina estava sufocada, precisava desabafar com alguém. — Por que você está chorando, minha amiga? Perguntou Ana. — Há tantas coisas que não sei por onde começar, mas sinto que estou precisando te contar, você vai achar que é coisa de filme, mas infelizmente não é. — Diga-me o que aconteceu? Desde que te conheci eu te vejo triste, nunca te vi com um sorriso no rosto. Eu sinto que você está escondendo algo muito sério, seria melhor me contar quem sabe eu posso te ajudá-lo? — Impossível me ajudar. É coisa minha, é melhor ficar deixar assim, só quero chorar um pouco, será que posso? — É claro que pode. — Para falar a verdade, não tenho vontade de contar um segredo meu, que vou guardar comigo. Tem coisas minhas do passado que não vale a pena contar. O passado é só triste. E dolorosas lembranças que só de pensar fere
— E depois o que aconteceu, minha amiga, me conta essa história? — Eu entrei em Pânico. — Como assim eu grávida? — Sim senhorita, eu lhes garanto que a senhorita está grávida, os testes que foram feito comprovam que de fato está mesmo grávida. E o seu estado físico é causado por uma gravidez. E pelo que vimos, são dois meses de gravidez aproximadamente. — Meu Deus, como isso é possível eu com 17 anos, e agora como vai ser? Eu não posso dizer quem é o pai. Ele viajou para os Estados Unidos e nem vai saber. E nem pode saber. Que história eu vou inventar para os meus pais? — E seus pais como ele agiram quando eles souberem disso? — Da pior forma, imagina. Meu pai passou mal, minha mãe ficou uns dias sem falar comigo, meus irmãos nem olhavam para mim. E queriam uma explicação. Eu tive que criar uma história que eu fui numa festa e bebi demais, conheci um cara sei lá da onde e nem lembrava o nome. Eles queriam me obrigar a dizer
— Disse meu pai. — Tentei argumentar, mas nada que eu fizesse iria convencer ele de alguma coisa. — Porque filha minha, e mãe solteira não vive sobre o mesmo teto. Ou você tira essa criança ou sai dessa casa. — Mas pra onde eu vou? — É problema seu, vai ficar aqui até essa criança nascer depois, rua. Há e tem mais uma coisa, vai ficar presa dentro do quarto, e quando a barriga começar a crescer, até lá não quero que saia por aí mostrando a sua sem vergonhice. Fez a besteira agora assuma sua responsabilidade. Nós vamos te mandar para a capital onde mora a sua tia, se é que ela vai te aceitar. A minha mãe era a mais sensata e tentou convencer meu pai a mudar de ideia no que ele pretendia fazer. Mas ele estava revoltado não se conformando com o que aconteceu. Afinal eu era a única filha mulher que ele tinha, e sonhava que eu me casasse virgem. Era os costumes de família que passavam de geração em geração. E tinha que ser e com um bom pretendente, e eu
Mas eu não sabia quem era por ter assinado um contrato. E neste contrato havia uma cláusula que eu não podia saber quem era os pais adotivos da minha filha. E nem eles podiam me procurar caso fosse necessário. Falei com a freira responsável pela adoção implorando. — Por favor, Madre. A minha filha vai ficar bem com esse casal? — A freira me olha com uma fúria incontrolável. E balança a cabeça com expressão de incrédula. — Preste bem atenção minha jovem. Você assinou um contrato e se não cumprir vai pagar uma multa de dez mil dólares. Eu lhes garanto que ela vai estar em boas mãos. O casal ama a sua filha, e são ricos. Aliás, são poderosos e vão dar o bom e o melhor para sua filha. Como você mesma disse que não consegue emprego foi expulsa pela sua família, vai deixar sua filha morrer de fome por causa do seu orgulho? Seja sincera, é justo com a sua filha — Não! — Falei entre soluços com os olhos cheios de lágrimas. A dor imensa de ter que abrir m
Primeiro veio um segurança do prédio me analisando ligou o rádio transmitindo para que mulher descesse até portaria após eu ter apresentado minha identidade. A mulher saiu e me viu que eu estava parada em frente ao portão do prédio, atrás segurando a cadeira de roda ela ficou me olhando e analisando talvez estivesse me julgando. — Como você se chama — Eu me chamo Sabrina. — Sabrina: Como isso aconteceu ao meu pai quando você encontrou ele? — Eu estava sentada no banco de uma praça pensando na vida, são assuntos que não vem ao caso. Eu vi o senhor que estava tentando atravessar a rua que estava muito movimentada. Então eu me ofereci para ajudar a atravessar, pedi o endereço onde ele morava para que ele me informasse, e aqui eu trouxe ele, já tá entregue. Eu já vou indo. Quando eu estava saindo a mulher me chamou — Sabrina! Espere! — Parei e olhei para ela que estava querendo me dizer alguma coisa. — Pois
Uma tarde ensolarada Sabrina costumava ir passear num parque perto onde ela morava. Entrou num Bar lanchonete. E pediu um pastel pra comer, comeu, veio na sua direção o garçom. — A senhora deseja mais alguma coisa? — perguntou o garçom. — Senhora é sua mãe! Por acaso tenho cara de velha, garçom folgado. — Perdoe-me, eu não quis lhe ofender. Falei por respeito. — Está bem. Por favor, a conta? — Sim, senhorita. — Assim está melhor, mas que seja última vez, porque se não, não coloco mais os pés nessas peluncas. — Mais uma vez peço perdão. Aqui está sua conta. — Sabrina pagou a conta de um sanduíche que comeu e uma cerveja que eu bebeu, e saiu andando pela calçada. O dia estava lindo, ela estava de folga e não queria voltar tão cedo para o pequeno apartamento. Era uma tortura viver naquele canto pequeno. Era torturante viver sozinha, com as lembranças que atormentavam demais. Não tinha nada pra fazer. Pessoas
Depois do que aconteceu naquele parque da mulher batendo naquela menina, Sabrina não conseguiu dormir a noite. E se virava de um lado pro outro tentando se acalmar. Sentia que precisava fazer alguma coisa, sair um pouco e voltar para aquele bar, àquela menina não saia da sua cabeça. Precisava encontrar ela urgentemente e saber se estava tudo bem com ela. E tinha que ser uma hora antes de começar a trabalhar. Não podia perder o seu emprego, embora não sendo o emprego dos sonhos. Mas era o que tinha naquele momento. Ela levantou cedo, escovou os dentes, tomou um banho, e foi caminhar pelo parque. Precisava exorcizar seus pensamentos sobre aquela menina que não saia da sua cabeça sendo maltratada por aquela mulher maluca. Voltou naquele bar lancheria mais uma vez. O garçom ficou surpreso. — Você, aqui? — Porque a surpresa? Por acaso está proibida a minha entrada aqui? — Calma senhorita, achei que não voltaria mais aqui!