CAPÍTULO 5

Primeiro veio um segurança do prédio me analisando ligou o rádio transmitindo para que mulher descesse até portaria após eu ter apresentado minha identidade. 

      A mulher saiu e me viu que eu estava parada em frente ao portão do prédio, atrás segurando a cadeira de roda ela ficou me olhando e analisando talvez estivesse me julgando.

           — Como você se chama 

           — Eu me chamo Sabrina.

           — Sabrina: Como isso aconteceu ao meu pai quando você encontrou ele?

           — Eu estava sentada no banco de uma praça pensando na vida, são assuntos que não vem ao caso. Eu vi o senhor que estava tentando atravessar a rua que estava muito movimentada. Então eu me ofereci para ajudar a atravessar, pedi o endereço onde ele morava para que ele me informasse, e aqui eu trouxe ele, já tá entregue. Eu já vou indo. Quando eu estava saindo a mulher me chamou 

           — Sabrina! Espere! — Parei e olhei para ela que estava querendo me dizer alguma coisa.

            — Pois não senhora deseja alguma coisa, ou dizer alguma coisa para mim

             — Nada, nada, pode ir. A propósito, você mora longe daqui?

             — Não senhora, eu moro perto da praça de vez em quando eu venho espairecer um pouco a cabeça.

              — Certo! Olhando assim para você me parece que não é estranha! Será que a gente não se conhece de algum lugar?

              — Eu acredito que não, até porque não sou daqui de Porto Alegre, sou lá de fora. Estou aqui há dois meses atrás, estou procurando emprego.

              — Ah você é de fora, o que você sabe fazer?

              — Para dizer a verdade qualquer coisa! No momento não estou escolhendo emprego, aceito qualquer coisa de faxineira empregada doméstica, e assim vai. — Ela ficou me olhando e me analisando. Ela estava querendo me ajudar, eu achei estranho? Eu não conheço ela, e ela querendo me ajudar, como sou uma pessoa que veio do interior e desconfia de tudo e de todos. Fiquei com um pé atrás, mas naquele momento eu não tinha escolha.

      — Bom, pelo jeito meu pai gostou de você e achou você simpática, você não quer trabalhar como cuidadora dele? Quando ela me falou isso eu senti que estava se abrindo uma porta e as coisas podem estar melhorando para mim. Eu não tinha escolha, então, é claro que eu disse.

          — Mas é claro que eu aceito. É só me dizer o que eu tenho que fazer, que eu farei tudo para ajudar, porque estou precisando de fato.

             — Quantos anos você tem?

             — Tenho 18 anos.

             — Há você tem 18 anos? Não parece. Olhando assim pra

 você parece que tem uns 20 anos, me perdoe não quero te achar você velha, mas você tem personalidade de uma mulher madura. Eu acredito que tem capacidade para muita coisa.

            — Mas o que eu tenho que fazer?

           — Em primeiro lugar, quero que você traga todos os documentos, já vai fazer uma entrevista comigo amanhã, aqui mesmo no meu apartamento. E traga a carteira de trabalho.

             — Eu não tenho carteira de trabalho, só identidade.

            — Então temos que resolver isso. Você tem como fazer a carteira de trabalho para que não seja problema no futuro?

           — Posso sim sem problema. — No dia seguinte, com ajuda da minha tia, que é a única pessoa que está me ajudando no momento. Ela ficou muito feliz que eu tinha conseguido um emprego, mesmo sendo cuidadora. Mesmo sabendo que eu ia ter muito trabalho cuidar de um senhor idoso que deveria ter 95 anos.

  A mulher que me contratou parecia ser a neta, mas o que importava era eu ter uma ocupação na minha cabeça.

E assim eu começava a ganhar meu dinheirinho.

      Já que eu ia morar no emprego, até quando eu ia trabalhar, não sei. Eu fiquei muito feliz, senti que as coisas podiam mudar, porque eu precisava muito daquele emprego, não pensei duas vezes. E dois dias depois fui lá e comecei trabalhar com carteira assinada. 

       Eu sabia que era grande a minha responsabilidadea de cuidar de um senhor de cadeira de rodas com 95 anos de idade. Eu tinha plena consciência de que ele era quase igual a uma criança. É claro que é mais complicado porque era o início e eu não tinha nenhuma experiência. Nunca trabalhei na vida. Mas a motivação de quem sabe um dia eu possa encontrar a minha filha que falava mais alto. 

    Assim eu tinha um motivo a mais para lutar e da minha sobrevivência, tudo era novo, e tudo era um desafio para mim.

 Cheguei a conclusão que não era tão difícil assim cuidar de um senhor idoso.

        O único problema era que às vezes eu tinha que colocar ele na cadeira de rodas, tirar a roupa para dar banho nele. Era um pouco complicado, o primeiro dia não foi fácil. Ana percebeu que lágrimas descia dos olhos de Sabrina.

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