Sabrina e Ana estavam novamente conversando a respeito de tudo o que estava acontecendo. — E aí amiga, como foi seu dia? — Cansativo, mas emocionalmente. — O que aconteceu? — Fui fazer as unhas de uma cliente importante. — Me conta como foi? — Bom, quando cheguei lá custou acreditar que o lugar era uma mansão. E para ser sincera, me apaixonei por aquele lugar. Senti aquela sensação gostosa e estranha de que um dia já morei nessa mansão, ou quem sabe um dia vai ser minha. É claro que é sonhar demais, mas eu tinha que colocar os pés no chão e voltar a realidade. Toquei a campainha, nem imagina a pessoa que me atendeu! — Quem? — Perguntou minha amiga curiosa. — Era nada mais e nada menos que aquela louca que eu quase quebrei o braço dela batendo na menina. — Minha nossa! E aí o que aconteceu? — Sinceramente fiquei desanimada, eu não sabia se ela era empregada, ou se era a dona
Ana estava ansiosa e curiosa para saber o que Sabrina tinha a falar. — E o que aconteceu depois? — perguntou Ana. — Eu ajudei ela a levar as compras para dentro de casa para a fúria da babá que parecia ser a dona da casa. Alguma coisa não me cheirava bem nessa mulherzinha de quinta categoria. Como diz o ditado, quem nasce no interior é chamado de bicho do mato. Mas na verdade não é nada disso, e sim é um instinto protetor que conhece bem quem é quem. Eu senti que Isabel por ser uma boa pessoa era refém dos seus princípios éticos e medo de sofrer alguma ameaça. Senti isso quando me aproximei dela tentando ajudar com as compras de supermercado. Mas voltando àquele assunto que eu estava dizendo, eu entrei com as sacolas na mão. E fiquei observando a beleza da decoração dentro da casa, aliás, não era casa e sim uma mansão, que mais parecia um castelo de tão bonito que era! Os detalhes, os quadros na parede, os móveis de última geração.
Eu tinha que controlar as minhas emoções. Ela apertou seu abraço em mim como nunca tivesse sido abraçada por alguém. Quando de repente Isabel apareceu na sala vendo aquela cena comovente. E eu tive que voltar à realidade, colocar os pés no chão. Afinal de contas ela não era minha filha, era apenas uma nova amiga que eu estava conquistando. — Parece que ela gostou de você! — A senhora acha? — Perguntei para Isabel. — Com certeza! Porque ela não costuma abraçar ninguém, tem medo de se aproximar das pessoas. — Talvez ela tenha algum motivo. Ou alguém tenha maltratado ela! — Por que você está dizendo isso? — Toda criança tem uma sensibilidade muito grande, e ela não costuma mentir. Deveria perguntar para ela se ela não está sendo maltratada pela babá. Me desculpe senhora, eu me meter. Eu sou assim mesma, a minha língua é muito solta, eu tenho que falar o que eu sinto, o que eu penso, e às vezes acabo indo longe dema
As duas continuavam conversando como se conhecesse a muito tempo. — Dá pra perceber. A propósito está ficando linda as minhas unhas, nossa adorei, ficou perfeito. — Nossa ouvindo a senhora dizer que gostou do meu trabalho é a melhor coisa que já ouvi na minha vida. — Eu amei mesmo de verdade, falando nisso você trabalha num salão de beleza, mas é só as unhas que você faz? — Não, eu também faço cabelo, mas como tem muitas lá que fazem o cabelo, então eu faço mais as unhas de mãos e pés, já que as clientes preferem que eu faça as unhas. — Então na próxima vez você vai cortar o meu cabelo! — Eu? — Sim, você, qual é o problema em cortar o meu cabelo? — Nenhum problema! — Então está decidido. Assim que eu tiver uma folga na minha agenda você vai vir aqui em casa pode ser? — Pode ser. —Você faz alguma coisa a mais além de ser manicure? — Essa pergun
— É claro, que eu vou voltar, se sua mãe quiser? — Ela vai voltar minha filha. Disse Isabel para Emily.Fui embora com aquela menina na minha cabeça tentando encontrar uma explicação porque daquele sentimento em meu coração? Contava os minutos para voltar e rever aquele rostinho lindo e triste. E isso me deixava intrigada porque aquela menina tinha um olhar triste? Como se ela estivesse sendo maltratada por alguém? Pela Isabel acredito que não. Suspeito que seja aquela babá que eu não fui com a cara dela.Alguma coisa me diz que eu tenho que ter cuidado com essa tal Verônica. Mas não tenho medo dela, o que temo é pela segurança de Emily, e de Isabel. Porque dessa necessidade em proteger essas pessoas? Isabel é apenas uma cliente da minha patroa? O que me intriga é essa ligação com Emily desde o primeiro dia que eu a vi. Senti falta da minha filha pela semelhança, com a mesma cor dos olhos azuis. Isabel é intrigante que me despertou curiosidade em saber mais
SABRINA Quando Isabel me chamou, que queria falar um assunto sério comigo fiquei preocupada e com medo que ela quisesse cortar a amizade por alguma coisa que eu tenha falado. Para se ter uma ideia ela tinha conversado com a minha patroa se pudesse me liberar, o assunto era de máxima urgência. . Queria entender qual era essa urgência pelo fato de eu ter falado para ela que eu trabalho numa boate de luxo como uma dançarina? Minha patroa me disse: — Sabrina, a cliente Isabel quer que você vá até a casa dela com urgência. — Sim senhora, estou indo, vou levar a minha mochila dos produtos talvez ela queira fazer a unha! — Não precisa levar nada, o assunto é outro que não tem nada haver com trabalho. — Sim, senhora. — Ordens eram ordens, eu tinha que obedecer. Fiquei um pouco desorientada sem saber o que que ela queria comigo. Chegando lá Isabel me recebeu com todo carinho e me chamou para sala dela para conversar em particular. E Emi
SABRINA As coisas estão confusas na minha cabeça. Fui ao salão de beleza falar com a patrona. Ela estava triste, mas ao mesmo tempo feliz por mim e por Isabel, porque as duas eram amigas. Ela acertou minhas contas e pagou todos os meus direitos. É mais um dinheirinho entrando na minha conta. Eu tinha que falar com a minha amiga Ana, que estava saindo do apartamento e só ficaria no final de semana, eu teria que ver ou o que eu faria, não podia gastar meu dinheiro pagando um apartamento que não usei. Ela entendeu o meu problema, e me deu maior força, ela ficou feliz por mim. Ela estava voltando para casa dos pais dela. Arrumei a minha mala e coloquei no lugar tudo, o que era necessário, assim como roupas íntimas. Não foi fácil para mim me despedir de Ana, para mim ela era uma irmã que eu nunca tive. Mas por outro lado, me senti eufórica. Porque ela estava ansiosa e não conseguia encontrar uma explicação, porque ela tinha a sensação estranha que eu estava sent
Isabel me levou para o quarto de hóspedes. É bem verdade que eu nasci de uma família bem de vida, mas nunca imaginei estar num lugar como aquele. Um luxo que só vi em filmes. Não sei como descrever tamanho do quarto, espelho grande e cama espaçosa, um guarda roupa de 12 porta espelhado. Nossa Ana precisa saber. Assim que dê eu ligo pra ela contando as novidades é claro. O tamanho da mansão não dá para descrever realmente são podre de ricos, meu Deus como uma rica e linda como Isabel pode se sentir tão insegura? Enquanto Isabel me mostrava o quarto que eu ia ficar e o quartinho da Emily nossa tudo lindo cheio de brinquedos de todos os tipos e cores. Emily chegou da escolinha e veio correndo para os meus braços me abraçando forte. — Voxê veio? — Sim, minha princesa, e vim para ficar se você quiser é claro. — Mas é claro que sim. O abraço era tão apertado e gostoso, que por incrível até eu deixei uma lágrima descer dos meus olhos