Constança não admite se submeter a um casamento arranjado, prefere perder a condição de Alfa e o status de pertencer a família real. Leva a vida entre as festas onde fica doida esquecendo seu verdadeiro amor, e os trabalhos na empresa da família, agora como operária nas entregas de carregamentos de armas. Até que se envolve com um estranho lindo que conhece em um bar, descobrindo que ele deveria ser seu marido. No trabalho, realiza um ataque vingando acusações de um cliente mal intencionado, e a ferocidade e força que demonstra - normal para ela e aqueles que a conhecem - chama atenção de forças poderosas. Agora ela precisará decidir seu destino, e isso será mais louco do que imaginaria.
Ler maisLucius e Angelina voltavam de um final de semana na praia quando tudo aconteceu, estavam felizes, ela já estava no final do sétimo mês, uma menina estava a caminho, e eles se sentiam felizes e realizados. Às vezes Lucius ainda ficava com o olhar perdido, às vezes ainda sonhava, e dizia algo ininteligível para “minha Alfa furiosa”, mas Angelina não dizia nada, não queria brigar por isso, entendia que ele a amava, mas também amava Connie, e que jamais eles fariam nada. Era apenas saudade, foram muitos anos, muitas lembranças.Ao mesmo tempo em que ele pensava e sonhava com Connie, a adorava, todo o seu poder, sua beleza e sua personalidade o faziam louco por ela. Amor não precisa ser para apenas uma pessoa, e não funciona sempre como queremos.Ela dirigia e cantava uma
O escritório onde Constança trabalhava consistia em uma sala ampla com decoração moderna, no alto de um grande prédio comercial, um prédio cheio de empresas de tecnologia e escritórios de advocacia, alguns consultórios médicos. Tudo dentro da normalidade e da lei, ela costumava atender com hora marcada, clientes de alto nível, fossem da máfia russa, japonesa, italiana ou qualquer outra que tivesse dinheiro suficiente para bancar o carregamento mínimo das Alfa. Sua fachada era um consultório de psicologia, quando algum cliente verdadeiro aparecia, era indicado para uma profissional da área, com consultório próximo, uma competente Alfa como elas, mas que trabalhava dentro da lei.É claro, nem todos os clientes sabiam quem eram as irmãs que herdaram os negócios da mãe, os
Já fazia um mês desde que vira Samael pela última vez, Constança temeu por sua família, por tudo o que ele poderia fazer. Mas aparentemente, ele resolveu a deixar em paz, algumas coisas ainda martelavam em sua mente. Ele parecia conseguir falar exatamente o que era preciso para plantar dúvidas, para fazer com que se sentisse errada. Não pensava muito nisso, mas às vezes as palavras vinham à sua mente, como quando Damian a procurou, alguns dias depois de encontrá-lo no bar com a tal noiva.Saía do banho quando ouviu os passos se aproximando de sua porta. A abriu com o semblante fechado, ele sorriu parecendo envergonhado.-Posso entrar?Ela abriu mais a porta se afastando e fazendo um sinal com a mão, para que ele entrasse. Passou
Chegaram na grande propriedade rural longe alguns quilômetros da cidade, estacionaram longe da entrada e ele segurou sua mão desaparecendo dali. Foram parar na frente de uma espécie de igreja antiga e simples, ao lado de uma casa de fazenda que deveria ter a mesma idade.-Estão aqui?-Sim, e espero que ainda não tenham realizado o ritual. Vamos. - Ele empurrou a porta com violência, e entraram no que pareceu o meio de uma cerimônia. - Senhores, péssima ideia, realmente, uma ideia terrível.O que parecia um corpo no meio de um círculo de homens, todos com máscaras de coelho, e uma jovem loira e angelical amarrada com braços e pernas abertos em madeiras formando um x grande. Constança respirou fundo e tirou o casaco, segurava o m&a
Constança e Eduardo apareceram em um grande salão, bem decorado com candelabros sofisticados, quadros e tapeçaria nas paredes, pé direito alto. Algumas janelas com cortinas pesadas, e uma mesa para 12 lugares, mas posta para dois, no meio do aposento.-É aqui que nos despedimos, boa sorte minha amiga. - Ele segurou sua mão com delicadeza e fez uma expressão de pesar, desaparecendo logo depois.Constança olhou em volta, andou até as janelas acendendo um cigarro, e observou a rua. Não sabia onde estava, mas já não era mais final da tarde, provavelmente meio da noite, ou madrugada. Observou o pátio tranquilo com árvores e flores, apertou os olhos tentando ver a rua. Ouvia carros passando ali perto, andou até a mesa, bebidas e comida em uma das pontas, pegou a g
Mina estava sentada em seu escritório, bebia um copo de absinto, costume que adquiriu com Vlad, há muitos anos, quando o conheceu e se encantou com ele, seu charme e a adoração que sentia por ela. Sempre foi furiosa, extremamente inteligente, forte como nenhuma outra de sua espécie. Agora seguia com as mesmas características, mas havia se tornado uma vampira, perdendo seu poder de transformação em loba, mesmo que ainda pudesse ter dentes grandes e uma força sobre humana.Neste momento, sua preocupação era notável, mas costumava resolver sempre seus problemas, desde muito tempo atrás. O filho estava apaixonado por Constança, no final, não fosse a rebeldia da loba, eles se dariam muito bem como companheiros de eternidade.Suspirou resignada, tudo ocorria
Constança entrou em casa deixando as chaves sobre o aparador ao lado da porta, entrou no banheiro e tirou a calcinha e o sutiã, não tomou mais conhecimento de Samael, ele que fizesse o que bem entendesse, não faria diferença de qualquer forma. Deixou a água muito quente e entrou debaixo do chuveiro, se ensaboou, esfregando com força todo o corpo com uma esponja macia. Macia demais em sua opinião, queria conseguir tirar a pele, trocar por outra. Saiu do banho enrolada em uma toalha, foi até as araras com suas roupas, pegou o que queria, e voltou para o banheiro, se vestiu e saiu o olhando séria.Pegou uma garrafa de vodca, uma carteira de cigarros e sentou próxima da janela, ele caminhou lentamente até ela, olhou a vista fazendo uma expressão satisfeita, depois sentou ao seu lado. O grande pátio da mansão estava apinhado de convidados, Constança e Damian tentaram entrar discretamente, mas todos pareciam olhar o casal impossível que andava pelo gramado cumprimentando conhecidos.-Sinto que todos nos olham, poderíamos estar com algo luminoso em nossas roupas?-Não, o que brilha é o desaforo de eu trazer você aqui, depois de não aceitar me casar. Não sei, acho que Kat nos deu uma péssima sugestão quando disse que deveríamos vir juntos.-Não seja boba, eu não me importo com os olhares, porque estou ao lado da mulher mais linda e poderosa daqui, sou um dragão de sorte. - A abraçou cochichando em seu ouvido e ela riu bebendo um gole generoso de seu uísque.CAPÍTULO 10: SURREAL
Os preparativos para a grande festa de noivado estavam a todo vapor, quase uma centena de trabalhadores andavam pela casa e o gramado recém aparado da casa de Lucius, arrumando mesas e cadeiras, carregando flores e bandejas com taças, pratos e talheres, além da comida é claro. Diversas espécies foram convidadas, então seriam servidas toda sorte de comidas especiais, para cada um deles. Fossem demônios, vampiros e até mesmo humanos. Os licantropos poderiam ser ferozes, mas ainda eram os melhores anfitriões que existiam. Angelina chamou Constança no escritório, Katarina estava ocupada coordenando toda a “operação”, como as irmãs mais novas chamavam. Constança entrou fumando um cigarro, beijou a irmã no rosto, pegou um copo servindo uma dose generosa de uísque e sentou. Parecia feliz e tranquila, mas sentia que suas entranhas se reviravam causando uma dor inexplicável em seu peito. Não era físico, apenas a s