Constança e Eduardo apareceram em um grande salão, bem decorado com candelabros sofisticados, quadros e tapeçaria nas paredes, pé direito alto. Algumas janelas com cortinas pesadas, e uma mesa para 12 lugares, mas posta para dois, no meio do aposento.
-É aqui que nos despedimos, boa sorte minha amiga. - Ele segurou sua mão com delicadeza e fez uma expressão de pesar, desaparecendo logo depois.
Constança olhou em volta, andou até as janelas acendendo um cigarro, e observou a rua. Não sabia onde estava, mas já não era mais final da tarde, provavelmente meio da noite, ou madrugada. Observou o pátio tranquilo com árvores e flores, apertou os olhos tentando ver a rua. Ouvia carros passando ali perto, andou até a mesa, bebidas e comida em uma das pontas, pegou a g
Chegaram na grande propriedade rural longe alguns quilômetros da cidade, estacionaram longe da entrada e ele segurou sua mão desaparecendo dali. Foram parar na frente de uma espécie de igreja antiga e simples, ao lado de uma casa de fazenda que deveria ter a mesma idade.-Estão aqui?-Sim, e espero que ainda não tenham realizado o ritual. Vamos. - Ele empurrou a porta com violência, e entraram no que pareceu o meio de uma cerimônia. - Senhores, péssima ideia, realmente, uma ideia terrível.O que parecia um corpo no meio de um círculo de homens, todos com máscaras de coelho, e uma jovem loira e angelical amarrada com braços e pernas abertos em madeiras formando um x grande. Constança respirou fundo e tirou o casaco, segurava o m&a
Já fazia um mês desde que vira Samael pela última vez, Constança temeu por sua família, por tudo o que ele poderia fazer. Mas aparentemente, ele resolveu a deixar em paz, algumas coisas ainda martelavam em sua mente. Ele parecia conseguir falar exatamente o que era preciso para plantar dúvidas, para fazer com que se sentisse errada. Não pensava muito nisso, mas às vezes as palavras vinham à sua mente, como quando Damian a procurou, alguns dias depois de encontrá-lo no bar com a tal noiva.Saía do banho quando ouviu os passos se aproximando de sua porta. A abriu com o semblante fechado, ele sorriu parecendo envergonhado.-Posso entrar?Ela abriu mais a porta se afastando e fazendo um sinal com a mão, para que ele entrasse. Passou
O escritório onde Constança trabalhava consistia em uma sala ampla com decoração moderna, no alto de um grande prédio comercial, um prédio cheio de empresas de tecnologia e escritórios de advocacia, alguns consultórios médicos. Tudo dentro da normalidade e da lei, ela costumava atender com hora marcada, clientes de alto nível, fossem da máfia russa, japonesa, italiana ou qualquer outra que tivesse dinheiro suficiente para bancar o carregamento mínimo das Alfa. Sua fachada era um consultório de psicologia, quando algum cliente verdadeiro aparecia, era indicado para uma profissional da área, com consultório próximo, uma competente Alfa como elas, mas que trabalhava dentro da lei.É claro, nem todos os clientes sabiam quem eram as irmãs que herdaram os negócios da mãe, os
Lucius e Angelina voltavam de um final de semana na praia quando tudo aconteceu, estavam felizes, ela já estava no final do sétimo mês, uma menina estava a caminho, e eles se sentiam felizes e realizados. Às vezes Lucius ainda ficava com o olhar perdido, às vezes ainda sonhava, e dizia algo ininteligível para “minha Alfa furiosa”, mas Angelina não dizia nada, não queria brigar por isso, entendia que ele a amava, mas também amava Connie, e que jamais eles fariam nada. Era apenas saudade, foram muitos anos, muitas lembranças.Ao mesmo tempo em que ele pensava e sonhava com Connie, a adorava, todo o seu poder, sua beleza e sua personalidade o faziam louco por ela. Amor não precisa ser para apenas uma pessoa, e não funciona sempre como queremos.Ela dirigia e cantava uma
Constança abriu os olhos e os fechou novamente, a claridade do meio dia era insuportável, como não fechou as janelas na noite anterior, - porque sequer sabia como chegou em casa - toda a luz desta hora do dia entrava pela janela, ou no caso, a parede de vidro do seu apartamento. Praguejou e levantou com a mão na frente dos olhos, cerrou as pesadas cortinas e correu para o banheiro, vomitou o que parecia toda a bebida do mundo.Ligou a água quente mais forte do que a fria na banheira grande, parou na frente do espelho sobre a pia e se olhou fazendo uma careta, as olheiras fundas e roxas se misturavam com a maquiagem borrada. Suspirou olhando para seus próprios olhos, um verde escuro e um azul quase transparente.-Que merda você fez ontem, garota?Pegou a esc
Damian abriu os olhos lentamente, o toque do telefone parecia desconhecido, uma música antiga sobre um psicopata assassino tocava baixo. Praguejou e esticou o braço pálido para fora das pesadas cobertas, sua cabeça ia explodir, tinha certeza. Tateou a mesa de cabeceira e atendeu.-O que!? - A voz sonolenta e irritada.-Constança?-Damian, o que você quer?-Este telefone não pertence a você, onde está a Constança? - A voz irritada parecia ameaçadora.-Você é o marido dela? - Um sorriso debochado, o dia começava em 220 volts.-Sou o chefe, onde ela está? Passe o telefone para
Constança passava instruções para sua equipe, era um trabalho simples, apenas uma entrega rápida de carregamentos especiais para os demônios residentes, explosivos e alguns outros brinquedinhos, eram ladrões especializados em obras de arte e bancos com grandes cofres.-Hela, você fica no telhado com Astrid, Nansica acompanha Ludmilla e Cintia na entrega, comigo, e vocês meninas. - Sorriu para as três meninas gêmeas que eram seu principal trunfo, tamanha sua ferocidade. - Aguardem na caminhonete, se as coisas saírem do controle, meu sinal será esse - Ergueu a mão mostrando o dedo do meio, todas riram.Seu celular tocou e ela atendeu, era Lucius, ainda parecia nervoso.-Você resolveu? Damian entrou na casa da mãe como um furacão, gritando e derrubando tudo o que via pela frente, subiu o primeiro lance de escadas chamando Mina a plenos pulmões.-Mas o que é isso!? O que foi que aconteceu? - Mina apareceu com uma taça de sangue pela metade, usando uma camisola fina e um penhoar por cima.-Você deu a ordem para a retaliação Mina? - Ele parou transformado, seus grandes dentes brilhando na luz indireta das paredes da escada.-Ordem para que? O que houve?-Para retaliar as lobas que atacaram nosso pessoal!-É claro que não, você disse que resolveria, eu não gastei energias com nada do que deixei para você, meu filho, por que CAPÍTULO 4: VINGANÇA