Capítulo 49
(Ponto de Vista de Joaquim)

Foi demais para suportar a dolorosa aceitação de tudo o que ouvi no quarto.

Eu andava pelo corredor do hospital sem rumo, com os pés se movendo automaticamente. De alguma forma, acabei no elevador, descendo até o primeiro andar. Os espelhos nas paredes refletiam uma imagem que, de certa forma, eu já esperava ver. Um homem pálido, de coração partido, deformado pela dor.

Do lado de fora, o sol escaldante da tarde queimava minha pele e meus olhos, mas eu não me importava. Estava tão absorvido pelas minhas emoções que não me preocupava com queimaduras de sol ou em ficar bronzeado.

Cheguei até o meu carro e agarrei a maçaneta da porta. O metal estava gelado contra a palma da minha mão, o oposto da sensação abrasadora no meu peito.

Me joguei no banco do motorista e fechei os punhos com força no volante. "Vocês dois mataram a minha criança!" As palavras de Anabela ecoaram na minha cabeça. A acusação me cortou profundamente, porque aquele também era meu bebê.

Meus o
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