O dia começou com o peso esmagador da decisão que Helena havia tomado. Após assinar o contrato, cada escolha parecia encaminhá-la a um destino inevitável, como uma peça de um tabuleiro que não podia ser movida de outra forma. Antes de seguir para o cartório, um impulso a fez desviar o caminho. Precisava visitar o pai. Era uma necessidade emocional que não conseguia ignorar. Queria vê-lo, ouvir sua voz e, de alguma forma, reafirmar sua própria coragem. Na clínica, o ambiente era acolhedor, mas carregado de uma tensão invisível. Helena caminhava pelos corredores com passos rápidos, ignorando os olhares dos enfermeiros que a reconheciam. Quando entrou no quarto, seu pai estava sentado na cama, com o semblante sereno e fragilizado. Os olhos dele se iluminaram ao vê-la. — Helena, que surpresa boa — disse ele, com a voz baixa, mas gentil. Ela se aproximou, sentando-se ao lado dele na cadeira de plástico. — Como o senhor está? — perguntou, segurando sua mão gelada. Ele sorriu, o
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