O escritório era cada vez mais sufocante. A tensão entre Helena e Eduardo atingia novos picos com cada interação. Ele parecia mais impaciente, mais seco, como se cada gesto dela o incomodasse profundamente. Helena, por outro lado, se mantinha firme. Trabalho era trabalho. E aquele casamento, apenas um contrato. Naquela manhã, Eduardo convocou Helena para uma reunião rápida na sala reservada. A postura dele era direta, os olhos fixos na tela do notebook enquanto passava por uma lista de exigências. — Certifique-se de que o discurso esteja alinhado com o perfil dos patrocinadores — disse ele, sem tirar os olhos da tela. — E cuidado com os improvisos, Helena. Esse evento representa a imagem da empresa. Ela ergueu os olhos das anotações, sentindo a provocação disfarçada no tom. — Vai estar tudo sob controle, senhor Vasconcelos. A troca de olhares foi rápida, mas carregada. Por um breve momento, ela sentiu algo ali — uma fagulha, talvez. Mas Eduardo desviou primeiro, encerrando q
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