Liz fechou os olhos, sentindo a dor de ser acusada tão injustamente por Valéria. A lembrança era amarga, mas nada se comparava à intensidade do olhar de Alexander, que a queimava. — Ela disse que você voltou para as ruas, onde, segundo ela, nunca deveria ter saído. E eu fiquei desesperado. Desde aquela noite em que te socorri, algo em mim despertou. Me senti responsável por você, Liz. Como se… como se te conhecesse antes. Como se fosse meu dever te proteger. Por mais estranho que isso possa parecer, eu sinto que já te conhecia… só não lembro de onde. Ele se abaixou levemente, ficando à altura dela, os rostos perigosamente próximos de novo. Liz pôde ver cada detalhe do rosto dele, o calor dos olhos, a tensão no maxilar. A respiração dele roçava sua pele, e tudo em seu corpo clamava por algo que ela mesma não queria admitir. Seus rostos se inclinaram, inconscientemente, como se um beijo fosse inevitável… mas ela se conteve no último instante, respirando fundo. — Posso falar agora? —
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