Dio, eu não sou de ferro.
Momentos depois, Ruan nos levou de carro até o heliporto, onde pegamos o helicóptero. Felipe vibrou com o passeio. Ele já tinha andado nele, mas era menorzinho, e agora seus olhos brilhavam como se fosse a primeira vez. Lembrei da ocasião em que fomos todos conhecer o Cassino, quando ainda era uma novidade em nossas vidas. Tantas coisas pareciam promissoras naquela época... e hoje tudo parecia mais nublado, mais incerto.Durante todo o trajeto, Lucas e eu não trocamos uma palavra. O silêncio entre nós não era apenas a ausência de som, era um vazio carregado de tudo o que não conseguíamos dizer.Felipe, por outro lado, estava em êxtase. Falava sem parar, apontando tudo, fazendo perguntas, querendo a atenção do Lucas a cada segundo. Era como se o mundo todo dele girasse ao redor daquele homem. Nunca vi uma criança se apegar tanto a alguém.E isso... me comoveu. Mas também me confundiu.Porque mesmo sabendo que Lucas não me oferece a segurança que preciso, paradoxalmente, ao lado dele eu
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