Dio... amanhã à noite, tudo pode mudar.
O dia passou lento, arrastado como um filme em câmera lenta. Cada minuto parecia pesar em meus ombros, como se o tempo estivesse me testando, brincando com minha ansiedade. Meu coração, inquieto, batia num ritmo que não obedecia à lógica. Eu estava nervosa, ansiosa, inquieta... só conseguia pensar no dia de amanhã.Dei graças a Deus quando Felipe chegou da escola dizendo que tinha dever de casa. Foi como um alívio, uma desculpa perfeita para ocupar minha mente com algo real, concreto, que me trouxesse de volta ao presente. Sentei ao lado dele e, por alguns momentos, consegui focar apenas em letras, números e cadernos coloridos. Era bom, quase terapêutico, cuidar dele. Queria tanto ser mais leve, mais despreocupada... Queria ser como outras mulheres que confiam cegamente. Mas eu não sou mais assim. Algo em mim se partiu — e não voltou a ser inteiro.Mais tarde, depois que Felipe adormece com seu ursinho apertado nos braços, caminho em silêncio até meu quarto. A casa está mergulhada em
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