Ao encerrar a ligação, o policial sacudiu a cabeça com o rosto nublado de preocupação. Mesmo com a chamada direta dos sequestradores, o rastreamento continuava impossível.Ao me virar, encontrei Valentino paralisado a alguns passos. Seu rosto tinha perdido todas as cores e as palavras saíam entrecortadas: — Bruna, meus tios foram realmente sequestrados? Mas o Arthur me jurou que era tudo armação sua...Ignorei sua perplexidade e não tinha ânimo para explicações, cortando seco: — Ligue para ele. Agora. Conte a verdade. Meus olhos não saíam do relógio. Como o tio do Arthur, dono de uma fortuna, ainda não tinha transferido os cinco milhões? Após minutos de espera inútil, decidi ligar.— Bruna? — A voz envelhecida ecoou na linha. Abri a boca para falar, mas ele antecipou com um suspiro carregado. — Bruna, mentira tem perna curta. Naquela família, só seus sogros te toleram, ninguém realmente se importa com você. Até quis te ajudar por pena, coitadinha... Mas até a piedade tem limite. Se
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