Capítulo 5
Deslizei o acordo de divórcio pela mesa até Arthur, mantendo o tom suave, porém firme:

— Chega, Arthur. Quero o divórcio.

Seu maxilar tensionou enquanto um sorriso ácido lhe deformava os lábios.

— Você está falando sério, Bruna?

Mantive o olhar fixo no dele, imóvel.

— Como a aurora depois da noite.

Ele agarrou a caneta com ar desdenhoso, como se estivesse anotando uma lista de compras.

— Ótimo! Só não apareça depois chorando no meu portão, hein? Já passou da idade para pantomimas.

Deixei escapar um sorriso de canto de boca e respondeu com firmeza:

— Nem no seu enterro.

A caneta dançou sobre o papel num movimento fluido, deixando a marca negra de sua letra angulosa. Foi quando Helena irrompeu como um furacão de chiffon.

— Espera aí! — Ela arrancou o documento de minhas mãos, seus olhos escaneando as cláusulas. O rosto lhe descorou, e gritou. — Arthur! Olha a parte patrimonial! Essa sanguessuga quer sugar até os ossos dos seus pais! Eu não permito!

Arthur arrebatou o documento como q
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