Capítulo 7
Depois de resolver minhas pendências, voltei pra casa e fiquei uns dias descansando.

Meus pais, anjos de paciência infinita, jamais apontaram dedos acusatórios pelo divórcio. Só queriam saber se eu tinha passado por humilhações durante esses anos. Senti um calor reconfortante tomando conta do peito, me arrependendo amargamente daquela decisão impulsiva de me casar.

Como fui cega a ponto de trocar esse porto seguro pelo vendaval que foi meu casamento? Tinha raízes sólidas, asas forjadas em diplomas, um coração que já havia batido em liberdade antes de se enclausurar na masmorra do "amor".

Um sorriso renascido florou em meus lábios ao declarar:

— Minha verdadeira vida começa hoje. De agora em diante, não me dobro mais a caprichos alheios.

Na quinta manhã de reconstrução, o telefone estridente fendeu minha paz matinal. Do outro lado, voz burocrática ecoou:

— Srta. Bruna, Arthur Costa cometeu homicídio. Se encontra detido na...

Interrompi o fluxo com frieza cirúrgica:

— Desculpe interr
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