Peguei a pequena nos braços, sentindo seu peso leve e acolhedor. Ela não demonstrou resistência alguma, como se estivesse completamente à vontade comigo, como se já soubesse quem eu era. Suas mãozinhas se estenderam até minha barba, brincando com os fios de maneira curiosa, antes de voltar a olhar para Desirée, que se aproximava com um sorriso suave.— Você precisa dizer algo a ela — Desirée falou, com um tom delicado, me observando de perto.Eu a encarei por um momento, atordoado. O que eu poderia dizer? As palavras pareciam escapar, como se eu ainda estivesse tentando entender a profundidade daquele instante.Respirei fundo, olhando para a minha filha, que me fitava com aqueles olhinhos, mas com tanta intensidade. Finalmente, as palavras que eu precisava dizer surgiram, simples, mas cheias de significado.— Oi, eu sou seu papai — falei, tentando sorrir, minha voz falhando um pouco, cheia de emoção.— Papai — Íris respondeu, com uma voz suave, e mesmo que eu soubesse que ela só estiv
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