CAPÍTULO 129 Otávio

Abraço seu corpo enquanto ela chora, trazendo-me uma angústia profunda. Eu a pego no colo, sem pensar duas vezes. A levo para a cama, deito-a com cuidado e me deito ao seu lado. Apago a luz e a envolvo em meus braços, sentindo o corpo dela ainda trêmulo.

Nunca pensei que a veria assim.

Desirée sempre foi forte, decidida, uma muralha intransponível. Eu me acostumei com seu olhar firme, com a forma como erguia o queixo diante das dificuldades, com sua postura de quem nunca se deixa abater. Mas agora… agora ela chora nos meus braços, e eu me sinto um maldito inútil.

Seu corpo estremece contra o meu, os soluços rasgam o silêncio do quarto, e tudo dentro de mim dói. Eu a seguro com força, como se pudesse impedir que a dor a levasse para longe, como se pudesse protegê-la de algo que, no fundo, eu mesmo causei. Como não percebi antes? Como fui cego ao ponto de achar que ela estava bem?

Uma mágoa amarga se instala no meu peito. Eu deveria ter previsto isso. Eu deveria ter visto além da armad
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