A vila estava iluminada por centenas de pequenas luzes penduradas entre as árvores e postes, criando um brilho dourado que contrastava com o céu escuro e estrelado. As ruas de paralelepípedos estavam repletas de pessoas sorrindo, dançando e celebrando a estação das flores.A brisa da primavera era morna, carregada com o perfume suave das flores recém-desabrochadas. O aroma de pétalas de laranjeira e lavanda misturava-se ao cheiro de comida sendo preparada nas barracas espalhadas pela praça. O som de risadas e conversas se misturava à melodia animada que ecoava pelo lugar.A música era um convite para o corpo se mover, com violinos, sanfonas e violões tocando ritmos animados que faziam os casais girarem pelo salão improvisado no centro da praça. Algumas crianças corriam entre os adultos, segurando pequenos ramalhetes de flores que compravam nos estandes.Parei por um momento para observar Desirée. Ela parecia diferente ali, sob aquela luz suave e quente. O brilho das lanternas refletia
Depois de um jantar agradável na vila e um passeio tranquilo pelas ruas iluminadas, Otávio me trouxe de volta para a fazenda. No entanto, em vez de seguirmos para a casa principal, ele desviou o caminho, guiando o carro por uma estrada de terra que serpenteava entre as colinas.— Para onde estamos indo? — perguntei, observando a paisagem escura ao redor, apenas iluminada pelos faróis do carro e pelo brilho distante da lua crescente.Ele sorriu de lado, mantendo uma das mãos no volante e a outra descansando sobre minha perna.— Você vai ver. Confia em mim?Suspirei, cruzando os braços.— Você sempre me pergunta isso, como se eu ainda tivesse opção.Ele riu, acelerando levemente. O vento morno da primavera no Texas entrava pelas janelas abertas, trazendo o cheiro da terra úmida e do capim recém-cortado.Depois de alguns minutos, ele estacionou ao lado de uma cabana de madeira no topo de uma colina. Eu já havia estado ali antes, depois do nascimento de Íris, acompanhada de Colton e Zenai
Otávio deslizou o vestido para fora do meu corpo com uma calma quase cruel, como se saboreasse cada segundo de minha exposição. Suas mãos quentes começaram a explorar minha pele, deslizando do meu pescoço até os ombros antes de pararem sobre o sutiã. Com um gesto preciso, ele desabotoou o fecho frontal e o deslizou por meus braços, jogando-o ao chão como se fosse uma peça inútil. Seus olhos verdes escurecidos queimavam sobre mim, como se cada detalhe do meu corpo estivesse sendo gravado em sua memória. — Você não tem ideia do que me faz sentir... — seu tom roucoe possessivo, inundou a minha alma de expectativa. — Tão perfeita... e só para mim. Permaneci sentada, permitindo que ele me tocasse, absorvendo o calor de suas mãos firmes e seguras. Sentia falta disso—do seu toque, da maneira como seus dedos pareciam desenhar promessas invisíveis sobre minha pele. Meu peito subia e descia em expectativa, meu corpo inteiro ansiando por mais. Quando sua mão finalmente tocou meu seio expost
Seus olhos me devoram conforme ela avança em minha direção, cada movimento carregado de uma confiança perigosa. Ela se move como uma deusa, ciente do efeito que tem sobre mim, sabendo que eu estava pronto para me ajoelhar diante dela e oferecer minha total adoração.Eu me sento na cabeceira da cama, deixando-a assumir o controle. Não há nada que eu mudaria nela—absolutamente nada. Seus seios estão ainda mais fartos, sua cintura desenhada na medida exata para minhas mãos, sua bunda perfeitamente arrebitada, e sua boceta… Deus, mais deliciosa do que em qualquer lembrança que eu pudesse ter.Eu estava destinado a me curvar a ela, e não hesitaria em fazer isso.Sua íris azul-clara escureceu com desejo, e eu mal consigo conter a excitação que percorre meu corpo.— No que está pensando? — questiono, minha voz saindo rouca, carregada de antecipação.Ela não responde de imediato. Apenas se aproxima, diminuindo a distância entre nós até que sua mão desliza entre nossas peles e envolve meu pau,
Acordo com os primeiros raios de sol iluminando o quarto. Olho para o teto e vejo a luz dourada do amanhecer se espalhando suavemente pelo ambiente. Viro-me na cama, sentindo meu corpo protestar pela intensidade da noite anterior, mas um sorriso surge em meus lábios ao encontrar Otávio. Ele dorme pacificamente ao meu lado.Levo minha mão até sua barba, traçando com delicadeza a linha da sua cicatriz. Não é um corte grande, tem aproximadamente o tamanho do meu dedo indicador, mas, pelo relevo e textura, deve ter sido profundo.Meu coração aperta, e eu tento afastar as lembranças do nosso passado. Por mais que eu conheça a verdade, a culpa ainda pesa sobre mim. Mas prometo a mim mesma que não tocarei mais nesse assunto.— Acordada... — Otávio murmura, segurando minha mão que acaricia seu rosto e a beijando suavemente.— Precisamos voltar... Quero ver Íris. — Foi minha primeira noite longe da minha pequena, e a saudade já apertava no peito.Otávio me puxa para mais perto, e eu sinto seu
Oito meses depois...Tivemos que esperar a guerra entre a Outfit e a Yakuza terminar para finalmente realizarmos nosso casamento. De certa forma, passei esse tempo preocupada com a situação, mas, graças a Deus, tudo se resolveu.Agora, diante do espelho, finalizo os últimos retoques da minha maquiagem enquanto admiro meu vestido de noiva. Ele era exatamente como eu queria: elegante, leve e fluido. O corpete ajustado, com um decote V profundo, trazia um toque sensual e sofisticado. O busto e a cintura eram ricamente adornados com aplicações florais rendadas, que se estendiam suavemente pela saia de camadas de tule translúcido, criando um efeito esvoaçante. A fenda lateral revelava parte da minha perna direita, adicionando um toque ousado.Dessa vez, o vestido não tinha tanto brilho nem aquele volume exagerado do primeiro. Mas era meu. Feito para mim.Olho para minha antiga aliança enquanto ela desliza do meu dedo, sento seu peso pela última vez. Desde o dia em que voltamos da cabana, q
Nossa primeira viagem em família precisava ser especial, e Otávio fez questão de me levar para conhecer alguns pontos turísticos antes de chegarmos ao nosso destino principal, Angra dos Reis que é sem sombra de dúvidas um verdadeiro paraíso tropical.Agora, em pé na areia macia e morna, contemplo Otávio sentado na areia, concentrado em ajudar Íris a construir um castelo. Ele sorri para ela, os olhos brilhando com um carinho que sempre me aquece o peito.Seguro o teste de gravidez em minhas mãos, sentindo meu coração disparar. O pequeno visor confirma aquilo que, no fundo, eu já suspeitava a dias...Estou grávida, grávida do homem que mudou meu mundo.É certo que...Eu nunca acreditei em contos de fadas. Sempre mantive meus pés no chão, convicta de que, se eu não corresse atrás, nada aconteceria. Cresci cercada por poucos, trabalhei duro, estudei ainda mais e, muitas vezes, me desdobrava entre o serviço e os cuidados com Paulo, o homem que considerei como um pai.Até que um dia, Otávio
Oito anos depois...Desço do cavalo, amarrando-o com cuidado, e tiro o chapéu ao entrar na casa. Subo os degraus como faço todos os dias, exceto hoje, que é o aniversário de Íris. Minha pequena completa 10 anos, e, como sempre nessa data, comemoramos a vida em dobro. No mesmo dia em que Íris nasceu, foi também quando despertei do coma.Coincidência ou não, as coisas aconteceram assim, e até hoje acredito que aquele sonho que tive foi Desirée e Íris me chamando, me tirando do que eu pensava ser real, mas que, no fundo, não era.Já na entrada, escuto a discussão de Mason e Aiden.A gravidez gemelar foi uma grande surpresa quando descoberta. Nem eu nem Desirée desconfiávamos mas, mais surpreendente ainda é como brigam por qualquer coisa. Se estão discutindo agora, com certeza Desirée não está por perto—os dois morrem de medo da mãe.— Pai! — Íris grita assim que entro, vindo correndo para me abraçar. — Faz eles pararem, são insuportáveis!Eu sorrio, apertando-a contra mim, enquanto ouço