CAPÍTULO 130 Desirée

Passei horas organizando as coisas que Otávio trouxe, revendo cada item com um misto de alívio e inquietação. Para minha surpresa, muitas das minhas coisas que ficaram para trás estavam ali — roupas, livros, alguns pertences pessoais. Mas entre todas elas, duas coisas me fizeram estacar: o álbum de casamento e o vestido de noiva.

Minhas mãos hesitaram sobre o tecido branco, deslizando pelos bordados delicados. Embora aquele dia estivesse envolto em tristeza e dúvidas, eu não conseguia deixar de sentir uma melancolia amarga ao encarar o vestido. Ele era a lembrança de um momento que deveria ter sido feliz, mas que, para mim, foi uma prisão.

Coloquei-o de lado, como se afastá-lo pudesse afastar também as memórias, e me sentei no chão, com o álbum no colo.

As fotos estavam intactas. O sorriso que eu ostentava nelas, porém, era quase um insulto agora. Olhei para cada imagem, estudando meu próprio rosto, tentando enxergar além da aparência serena que tentei manter naquele dia. Meus olhos n
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